terça-feira, 30 de setembro de 2014

Relato do último dia na terra de Santa Teresinha

Relato do último dia na terra de Santa Teresinha , numa quinta-feira do dia 30 de setembro de 1897, feito pela irmã Inês de Jesus: 

“Durante a manhã eu (irmã Inês) a (Santa Terezinha) vigiava durante a Missa. Ela não me dizia nada. Ela estava esgotada, ofegante; seus sofrimentos, eu presumia, eram inexprimíveis. 

Num determinado momento, ela juntou as mãos e olhando à estátua da Virgem Maria disse:- Oh! Eu rezei a ela com grande fervor! Mas é uma agonia pura, sem mistura alguma de consolação.Eu lhe disse algumas palavras de compaixão e de afeição e acrescentava que ela tinha bem me edificado durante sua convalescência.- E você, as consolações que tinha me dado! Ah! Como elas são enormes!

Durante todo o dia, sem um instante de trégua, ela permaneceu, podemos dizer sem exageros, sob verdadeiros tormentos. Ela parecia estar no fim de suas forças e, todavia, para nosso espanto, ela podia se mexer, se sentar no seu leito.- …Veja, nos dizia ela, como tenho forças hoje! Não, eu não vou morrer! Eu ainda tenho forças por vários meses, talvez até mesmo vários anos!E se o bom Deus o quisesse, diz a Nossa Madre, você o aceitaria?

Ela começou a responder, na sua agonia:- Seria bem necessário…

Mas se corrigindo na mesma hora, ela diz com um tom de resignação sublime e caindo novamente sobre seu travesseiro:- Eu quero com certeza!Eu pude recolher essas exclamações, mas é bem difícil de transmitir o seu tom:- Eu não creio mais na morte para mim… Eu creio apenas no sofrimento… melhor assim!- Ó meu Deus!… Eu amo o bom Deus! O minha boa Virgem Maria, venha em meu socorro!- Se isso é a agonia, o que é então a morte?!…- Ah! Meu bom Deus!… 

Sim, ele é muito bom, eu o vejo muito bom…E olhando para a Virgem Maria:- Oh! A senhora sabe que estou me sufocando!Para mim:- Se você soubesse o que é se sufocar!O bom Deus vai ajudá-la, minha pobrezinha, e terminará logo mais.- Sim, mas quando?- …Meu Deus, tenha piedade de vossa pobre menina! Tenha piedade!Para Nossa Madre:- Ó minha Madre, eu vos garanto que o cálice está cheio até a boca!…- …Mas o bom Deus não vai me abandonar, certamente… …Ele nunca me abandonou.- …Sim, meu Deus, tudo o que quiser, mas tenha piedade de mim!- …Minhas irmãzinhas! Minhas irmãzinhas rezem por mim!- …Meu Deus! Meu Deus! Vós que sois tão bom!!!- …

Oh! Sim, vós sois bom! Eu o sei…Depois do ofício de Vésperas, Nossa Madre colocou sobre seus joelhos uma imagem de Nossa Senhora do Monte Carmelo. Ela olhou por um instante e disse o quanto Nossa Madre lhe tinha garantido que ela logo mais iria acariciar Nossa Senhora como também o Menino Jesus nessa imagem:- Ó minha Madre, apresentai-me logo à Virgem Maria, eu sou um bebê que não agüenta mais! … Prepare-me para bem morrer.

Nossa Madre lhe respondeu que tendo sempre compreendido e praticado a humildade, sua preparação já estava feita. Ela refletiu por um instante e pronunciou humildemente essas palavras:- Sim, me parece que nunca busquei outra coisa senão a verdade; sim, eu compreendi a humildade de coração… parece-me que sou humilde.Ela repetiu ainda:- Tudo o que escrevi sobre meus desejo de sofrimento. Oh! É bem verdadeiro!- Eu não me arrependo de me ter entregado ao Amor.Com insistência:- Oh! Não, eu não me arrependo, muito pelo contrário!Um pouco depois:- Eu nunca teria crido que era possível sofrer tanto [nota: nunca aplicamos nela injeção alguma de morfina]! Nunca! Nunca! Eu não posso compreender tal coisa senão pelos desejos ardentes que tive de salvar as almas.Por volta das 5 horas, eu estava sozinha perto dela. Seu rosto mudou de repente, compreendi que era a última agonia. 

Quando a Comunidade entrou na enfermaria, ela acolheu todas as irmãs com um doce sorriso. Ela segurava seu Crucifixo e o olhava constantemente. Durante mais de duas horas, a respiração rouca arranhava seu peito. Seu rosto estava congestionado, suas mãos roxas, ela tinha os pés congelados e tremia todos seus membros. Um suor abundante caia em gotas enormes sobre seu rosto e inundava suas bochechas.

Ela estava sob uma opressão cada vez maior e lançava às vezes pequenos gritos involuntários para respirar. Durante esse tempo tão cheio de agonia para nós, escutávamos pela janela – e eu sofria bastante – o canto de vários pássaros, mas tão fortemente, de tão perto e durante tanto tempo! Eu rezava para o bom Deus de os fazer calar, esse concerto me perfurava o coração e tinha medo que ele cansasse nossa Terezinha.Durante outro momento, ela parecia ter a boca tão ressecada que a irmã Genevieve, achando que a aliviaria, lhe colocava nos lábios um pequeno pedaço de gelo.Ela o aceitou lhe fazendo um sorriso que nunca me esquecerei. Era como um supremo adeus.

Às 6 horas o Angelus soou, ela olhou longamente para a estátua da Virgem Maria.Enfim, às 7 horas e pouco, Nossa Madre tendo despedido a Comunidade, ela suspirou:- Minha Madre!? Não é isso a agonia?… Não irei morrer?…Sim, minha pobrezinha, é a agonia, mas o bom Deus quer talvez prolongá-la por algumas horas. Ela retoma com coragem:- Ora bem!… Vamos!… Vamos!… Oh! Eu não quereria sofrer menos tempo…E olha seu Crucifixo:- Oh! Eu o amo!

Meu Deus… Eu vos amo…

De uma hora para outra, após ter pronunciado essas palavras, ela caiu suavemente para trás, com a cabeça inclinada para a direita. Nossa Madre fez soar imediatamente o sino da enfermaria para chamar a Comunidade. “Abram-se todas as portas” dizia a Madre no mesmo instante. 

Essas palavras tinha algo de solene, e me fizeram pensar que no Céu o bom Deus o dizia também a seus anjos.As irmãs tiveram o tempo de se ajoelhar em torno do leito e foram testemunhas do êxtase da pequena Santa que morria. Seu rosto tinha tomado a cor de uma flor-de-lis que tinha quando em plena saúde, seus olhos estavam fixados no alto, brilhantes de paz e de alegria. Ela fazia alguns movimentos de cabeça, como se Alguém a tivesse divinamente ferido com uma flecha de amor, depois retirado a Flecha para a ferir novamente… 

A irmã Maria da Eucaristia se aproximou com uma vela para ver de mais perto seu olhar sublime. Diante da luz dessa vela, não houve movimento algum de suas pálpebras. Esse êxtase durou o tempo de um “Credo”, e ela deu seu último suspiro.Após sua morte, ela conservou um sorriso celeste. Ela estava com uma beleza encantadora. Ela segurava tão forte seu Crucifixo que foi necessário arrancá-lo de suas mãos para enterrá-la. A irmã Maria do Sagrado-Coração e eu fizemos tal serviço, com a irmã Amada de Jesus, e notamos que ela não parecia ter mais do que 12 ou 13 anos. Os membros do seu corpo permaneceram flexíveis até o dia do seu enterro, numa segunda-feira, no dia 4 de outubro de 1897.”

Equipe do site do Pe. Paulo Ricardo

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Fazer o bem nas coisas simples



O amor consiste em fazer o bem. Para amar é preciso “fazer-se um” com todos, em tudo aquilo que os outros precisam, mesmo nas coisas mais simples do dia a dia. Façamos o bem a todos, principalmente naquelas situações que talvez não tenham importância para nós, mas são importantes aos outros.

“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (I Jo 4 7-8).

Peçamos a Jesus hoje a graça de fazer o bem a todos para que se sintam amados, confortados, aliviados e compreendidos por nós.

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Por que tanta fragilidade nos relacionamentos?


Vivemos num mundo no qual todos somos treinados a não revelar quem somos. Temos medo de nos machucar, de que descubram nossas fraquezas, que saibam quem, de fato, somos.

Dessa forma, acostumamo-nos a pensar assim: "E para que ninguém me conheça, não vou revelar meus sentimentos!" É por isso que nossos relacionamentos andam tão frágeis. Escondemos o que sentimos.

Minhas ideias e conhecimentos jamais poderão revelar quem sou; apenas meus sentimentos revelam minha vida. Se continuarmos assim, estaremos cada vez mais sozinhos!

Por favor, pense sobre isso e mude o que tem de ser mudado!

Com carinho e orações, 


Seu irmão,

Ricardo Sá

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Não desista diante das dificuldades



Aguente firme, meu filho, por mais duro que tudo esteja! Lembre-se de que o próprio Jesus foi perseguido.

Aguente firme, meu filho! Aguente firme, minha filha! Eu sempre costumo dizer isso para que você não desista diante das dificuldades.

Preste atenção! À medida que nós resistimos às provações, nós recebemos mais e mais o Espírito Santo para enfrentá-las.

Foi no momento em que a lança transpassou o coração de Jesus que foi derramado todo o Seu Espírito Santo. Por isso é no momento de sofrimento e de dor que você mais vai se encher do Espírito Santo de Deus. E tenha a certeza de que, ao aguentar firme, nessa hora sua “caixa vai se encher” das graças d’Ele.

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Adorar a Deus



“Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o «nada da criatura», que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que o seu Nome é santo” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2.097).

Hoje é um dia especial dedicado ao Santíssimo Sacramento. Reconhecendo a nossa pequenez e dependência do Senhor, paremos um momento do nosso dia para estar diante do Senhor, com o coração grato, porque pertencemos a Ele e nascemos para adorá-Lo e glorificá-Lo.

Rezemos ao longo do dia: “Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos; peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam”.

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Como renunciar o sentimento de revolta?


Muitas pessoas têm o coração bloqueado e não conseguem se abrir ao amor de Deus e à ação do Espírito Santo. Esse bloqueio é causado, muitas vezes, por revoltas que ficaram armazenadas no coração delas.

Nosso grande erro é pensar, em nosso senso de justiça, que é justo nos revoltarmos contra as pessoas e as situações. Esse é um grande erro! Mas de onde vem nossa revolta? Ela vem do diabo! Ele se revoltou contra Deus e consigo mesmo, porque, por orgulho, perdeu tudo. Ele é o revoltado contra tudo e contra todos, e seu objetivo é nos transmitir esse mesmo “vírus”.

Além de compreendermos a verdade, também é preciso renunciarmos ao mal. Diga ao Senhor, agora, de coração:

“A revolta, que está no meu coração, não é minha, por isso eu a rejeito, a refuto e a renuncio. Não quero mais saber dela. Ela não veio de Deus, mas do demônio. Eu renuncio, agora, a toda revolta! Não a quero mais, não vou mais dar lugar a esse sentimento. Perdoe-me, Senhor, eu não sabia o que estava fazendo. Limpe, Senhor, o meu coração”.

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Ame e perdoe sempre


“Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3,13-14).


Diante de todos os sofrimentos pelos quais você já passou pelo mal que alguém lhe causou, é preciso ter uma atitude de compaixão para com esta pessoa.


Decida-se hoje a perdoar a todas as pessoas que o feriram e contra as quais você guarda algum ressentimento, para viver a verdadeira liberdade em Jesus. Ao se determinar a tomar essa direção, você encontrará a verdadeira liberdade do amor, da alegria e da paz. Por isso o perdão é essencial para que vivamos como filhos de Deus.


Reze ao longo do dia: “Pai nosso, que estais no Céu, perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.


Jesus, eu confio em Vós!



Luzia Santiago

terça-feira, 9 de setembro de 2014

FESTA DA PADROEIRA 2014



Nossa Comunidade está desde 2010 sob responsabilidade dos padres do Santuário Eucarístico Diocesano Nossa Senhora da Penha. Pe. Ataíde R. Fontes foi nomeado Administrador da Comunidade Santa Teresinha do Menino Jesus, pelo bispo Dom Manuel Parrado Carral e juntamente com o Pe. Edmílson Dias, Vigário Colaborador, conduz com amor, carinho e humildade o povo de Deus. 

Por isso convidamos a todos a fazer parte das Festividades da Padroeira 2014, venham conhecer e fazer parte desta belíssima devoção a Santa Teresinha do Menino Jesus, a Santa da Pequena Via, proclamada Doutora da Igreja por São João Paulo II.


Você se critica muito?



Como você está em seu autoconhecimento? É muito crítico? Conhece muito ou pouco de si mesmo e de suas características?

Quantos de nós já não nos pegamos avaliando nossas atitudes e nosso jeito de ser, e, muitas vezes, “exagerando” na dose? Poderíamos chamar esse exagero de autocrítica excessiva.

No entanto, em muitas situações por diversos motivos, temos uma visão distorcida dos fatos e de nós mesmos – devido à forma como fomos criados e à influência das pessoas com as quais convivemos – e adotássemos um comportamento perfeccionista e preocupado em realizar tudo da melhor maneira possível.

Muitas vezes, torna-se difícil aceitar algo que não saia de forma correta (pelo menos na nossa forma de ver o mundo) e também de aceitar que não somos perfeitos, que somos passíveis de erro.

Mas, então, ser perfeccionista é um erro!? Características como zelo, responsabilidade, empenho em fazer tudo bem feito são boas, claro, mas podem esconder uma imensa dificuldade em errar e um sofrimento exagerado quando isso acontece. Podemos estender esta exigência não só com relação à visão que temos de nós, como também com relação à crítica excessiva ao outro, fato que acabo criando dificuldades em nossos relacionamentos.

E o que pode gerar essa crítica excessiva? Mau humor, pensamentos negativos, baixa autoconfiança, dificuldade para decidir. Como um círculo vicioso, estas características alimentam umas às outras, se não aceito um erro, fico de mau humor, penso negativamente e cada vez mais deixo de ter confiança em mim.

Uma ótima possibilidade para mudar este quadro é a ampliar sua capacidade de autocompreensão e de avaliação mais clara e objetiva das situações e com uma maior dose de racionalidade. Pergunte-se: “Será que, de fato, eu não posso errar?” e “Será que meus resultados realmente são ruins ou eu sempre estou insatisfeito com tudo?”.

Outro passo importante para superar esse sentimento é reconhecer seus pontos fortes, suas qualidades. Nossos amigos e pessoas com as quais convivemos podem ser ótimas fontes de referência para estas perguntas, quando nós mesmos não conseguimos respondê-las. Muitas vezes, o olhar do outro é muito mais claro e desprovido de crítica do que nosso próprio olhar.

Por mais que estejamos errados, se nossa visão não é tão distorcida, conseguimos ter, até mesmo no erro, uma visão mais adequada, uma capacidade de corrigir-nos sempre que errarmos sem sofrer exageradamente e ter um diálogo interno positivo, com menos punição e mais ação em busca de novas possibilidades.

Cuidado ainda com as pessoas que têm esta opinião crítica em excesso. Já imaginou dois críticos juntos?

Você acredita mesmo que não tem nada de bom ou que tudo aquilo que faz está ruim ou não tem valor? Se você se identificou com estas características, experimente este exercício de reflexão e de cuidado consigo e com as qualidades, que certamente, você possui. Não se trata de negar o que é ruim, mas dar o peso adequado para as situações e comportamentos e, especialmente, de compreender que falhamos, mas que temos a possibilidade de dar a volta por cima.

Elaine Ribeiro

Precisamos resgatar o interesse pela boa política, diz padre


“Padre, eu não gosto de política e acho que a Igreja não deveria falar de política”

Algumas vezes, já escutei de cristãos católicos: “padre, eu não gosto de política e acho que a Igreja não deveria falar de política”. Até entendo estas pessoas. Este tipo de política que vemos em nosso país, marcada pela corrupção, desvio de dinheiro, violência, injustiças, busca de interesses pessoais, etc., realmente nos provoca certa aversão. Portanto, devemos entender que a política faz parte da nossa realidade, da nossa estrutura de vida. Ela está presente no governo, nas famílias, Igrejas, na sociedade… O cristão realmente comprometido com o Reino de Deus não fica fora desta realidade.

O cristão comprometido com a vida do povo sabe, sente e compreende o que significa a fé para a luta pela libertação. Salvação e libertação de toda e qualquer opressão, dominação e exploração humana, seja em qualquer tipo de regime político ou condição. Muita gente ainda tenta separar a fé da política, a vida da realidade.

Os cristãos não querem uma vida fora do mundo concreto, fora dos fatos sociais. Os cristãos querem o céu na terra e a terra no céu, sempre. O cristão deve ser fermento, sal, caminho e luz. Deve lutar pelos princípios básicos da mensagem cristã, como defesa da ética, da vida desde a concepção, da família, da democracia, da participação social e da liberdade, assumindo responsabilidade social e política.

Nossa fé precisa capacitar-se para criticar, avaliar, comparar e intervir na realidade à luz do Evangelho, fazendo uma política com ética, compromisso, reforma, transformação e realização de justiça social. A fé e a política devem ajudar os cristãos a decidir, optar e assumir os compromissos que nos são dados viver e transformar, historicamente.

Precisamos resgatar o interesse do povo, eu diria até o encantamento, pela boa política. Resgatar a esperança através de políticos comprometidos. Hoje se torna necessário organizar ações e práticas sociais como instrumentos de concretização para construção de uma sociedade solidária conforme a proposta cristã.

Os Bispos do Estado do Rio de Janeiro e a Pastoral Fé e Política do Regional Leste 1, prepararam a cartilha cívica contendo recomendações para os eleitores das próximas eleições do presente ano.

Configura numa lista de 10 critérios, são eles:

1. Votar é um exercício importante de cidadania, por isso, não deixe de participar das eleições. Seu voto contribui para definir a vida política de nosso país.
2. Verifique se os candidatos estão comprometidos com a superação da pobreza, com a educação, saúde, moradia, saneamento básico, respeito à criação e ao meio ambiente.
3. Veja se seus candidatos estão comprometidos com a justiça, segurança, combate à violência, dignidade da pessoa, respeito pleno pela vida humana desde a sua concepção até a morte natural.
4. Observe se os candidatos representam o interesse apenas de seu grupo ou partido e se pretendem promover políticas que beneficiam a todos. O bom governante governa para todos.
5. Dê o seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”. O homem público deve ter honestidade (idoneidade moral).
6. Fique atento à prática de corrupção eleitoral, ao abuso de poder econômico, à compra de votos. Voto não é mercadoria.
7. Procure conhecer os candidatos, sua conduta, suas ideias e seus partidos. Voto não é troca de favores.
8. Vote em candidatos que respeitem a liberdade religiosa e de consciência, garantindo o ensino religioso confessional e plural.
9. Escolha candidatos que promovam e defendam a família, segundo sua identidade natural conforme o plano de Deus.
10. Acompanhe os políticos depois das eleições, para cobrar deles o cumprimento das promessas de campanha e apoiar suas opções políticas e administrativas.

Para terminar, reflitam esta frase do Papa Francisco: “É muito difícil que um corrupto consiga voltar atrás”. Vote certo, vote bem, somos responsáveis pelo futuro de nossa pátria. Não esqueça que seu voto terá consequências, um novo mundo e uma nova sociedade ou a mesmice da corrupção e do terror e insegurança diários.

Nestas eleições de 2014, mais do que em qualquer outra será necessário identificar os programas de governos e os candidatos que se comprometam a priorizar a defesa da vida desde a concepção, o combate à fome, à miséria, à corrupção, à violência no nosso país. O povo brasileiro deverá escolher o Presidente da República, os Governadores dos Estados, Senadores, Deputados Federais e Estaduais.

Fonte: Canção Nova