sexta-feira, 13 de junho de 2014

Corpus Christi... Participem conosco!


Como preparar-se para a Comunhão?


“A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra”, por isso devemos nos preparar para recebê-la.

Jesus, na noite de Sua Paixão, instituiu o sacramento da Eucaristia, a comunhão. Este é o sacramento dos sacramentos, por meio do qual estamos sempre em profunda comunhão com o Corpo e o Sangue de Cristo.

Para meditar sobre esse grande mistério da fé [a Eucaristia] e saber como podemos nos preparar para recebê-Lo, gostaria de apresentar alguns textos do Magistério da Igreja que nos serão de grande proveito:

A Eucaristia é “fonte e ápice de toda a vida cristã”. “Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e todas as tarefas apostólicas ligam-se à Sagrada Eucaristia e a ela se ordenam, pois a Santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa” (Catecismo da Igreja Católica, 1324).

“A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra; é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho” (Ecclesia de Eucharistia, João Paulo II, § 19).

O Senhor nos convida, insistentemente, a recebê-Lo no sacramento da Eucaristia: “Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a Carne do Filho do homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53). Para responder o convite, devemos nos preparar para este momento tão grande e tão santo. São Paulo nos exorta a um exame de consciência: “Todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor, indignamente, será réu do Corpo e do Sangue do Senhor. Por conseguinte, que cada um examine a si mesmo antes de comer desse pão e beber desse cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação” (1Cor 11,27-29). Quem está consciente de um pecado grave deve receber o sacramento da reconciliação antes de receber a comunhão” (Catecismo, 1384-1385).

“Conforme o mandamento da Igreja, ‘todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar seus pecados graves, dos quais tem consciência, pelo menos uma vez por ano’. Aquele que tem consciência de ter cometido um pecado mortal não deve receber a Sagrada Comunhão, mesmo que esteja profundamente contrito, sem receber previamente a absolvição sacramental, a menos que tenha um motivo grave para comungar e lhe seja impossível chegar a um confessor” (Catecismo, 1457).

“Diante da grandeza desse sacramento, o fiel só pode repetir humildemente e com fé ardente a palavra do centurião: ‘Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo’ (Mt 8,8)” (Catecismo, 1386).

“A Igreja obriga os fiéis ‘a participar da divina liturgia aos domingos e nos dias festivos’ e a receber a Eucaristia pelo menos uma vez ao ano, se possível no tempo pascal, preparados pelo sacramento da reconciliação. Mas recomenda vivamente aos fiéis que recebam a Santa Eucaristia nos domingos e dias festivos, ou ainda com maior frequência, e até todos os dias” (Catecismo, 1389).

“A fim de se preparar convenientemente para receber esse sacramento, os fiéis observarão o jejum prescrito em sua Igreja” (Catecismo, 1387). “Quem vai receber a Santíssima Eucaristia abstenha-se de qualquer comida ou bebida, excetuando-se somente água e remédio, no espaço de, ao menos, uma hora antes da sagrada comunhão” (Cân. 919, § 1). “Pessoas idosas e enfermas, bem como as que cuidam delas, podem receber a Santíssima Eucaristia, mesmo que tenham tomado alguma coisa na hora que antecede” (Cân. 919, § 3).

Com relação aos divorciados novamente casados, o Magistério da Igreja afirma que “são numerosos, hoje, em muitos países, os católicos que recorrem ao divórcio segundo as leis civis e contraem civilmente uma nova união. A Igreja, por fidelidade à Palavra de Jesus Cristo (‘Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e desposar outro comete adultério’: Mc 10,11-12), afirma que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro casamento foi válido. Se os divorciados tornam a casar-se no civil, ficam numa situação que contraria objetivamente a lei de Deus. Portanto, não podem ter acesso à comunhão eucarística enquanto perdurar essa situação” (Catecismo, 1650). Esses cristãos, no entanto, mesmo não tendo acesso aos sacramentos, não devem se considerar separados da Igreja, “pois, como batizados, podem e devem participar da vida dela” (cf. Catecismo, 1651).

“A atitude corporal (gestos e roupas) há de traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste momento em que Cristo se torna nosso hóspede” (Catecismo, 1387).

Outro conselho de grande valor é chegarmos à Santa Missa com alguns minutos de antecedência, para depositarmos aos pés de Nosso Senhor as nossas intenções e preocupações, e, assim, estar mais atentos e participar com maior fruto da Liturgia da Palavra e da Liturgia Eucarística. Após a comunhão, é importante também termos um tempo de ação de graças, para agradecermos a Jesus por Seu Corpo e Sangue, que recebemos, e por todas as graças que nos são dadas por meio dessa comunhão. A cada Eucaristia, Jesus vem habitar em nós para nos santificar, curar e salvar. Temos, pois, muito para agradecer cada vez que O recebemos.

Não existe sobre a terra momento mais intenso de comunhão com Jesus do que quando recebemos Seu Corpo e Seu Sangue. Por isso, cada vez que vamos participar da Santa Missa, queremos nos preparar para esse encontro com Cristo, para que Ele nos conduza a uma amizade cada vez mais íntima e intensa com Ele. O nosso amor por Jesus e a observância de tudo aquilo que o Magistério da Igreja nos pede será sempre a melhor maneira de nos prepararmos para receber Cristo com dignidade. Procuremos, pois, fortalecer, cada vez mais, os nossos laços de amizade com Jesus, pois é Ele quem nos conduz com alegria em meio às muitas provações da nossa vida.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Participem:


A unidade perfeita


Estamos vivendo às vésperas de Pentecostes, ouvindo o capítulo 17 de São João, no qual lemos a oração que o Senhor fez ao Pai antes de ser entregue aos soldados. A característica dessa oração de Jesus ao Pai é de intercessão, sendo Ele o grande intercessor da humanidade. 

Nesta semana, temos a oportunidade de rezar pela unidade dos cristãos; e é desejo do Senhor que nós estejamos assim, em unidade, como Ele esteve em unidade perfeita com o Pai. Que nós também possamos viver como um único rebanho, com Jesus sendo o Bom Pastor. 

“Pai Santo, não rogo somente por eles, mas por aqueles que virão para ouvir a Tua Palavra.” Somos chamados a viver essa unidade até mesmo dentro de nossa casa. A primeira coisa que somos convidados a viver é a unidade para gerar o testemunho: aquilo que falo deve ser seguido por aquilo que faço e vice-versa. 

Jesus é o Senhor, não por que nós assim O fizemos, mas porque Ele o é. Jesus já intercedia por nós, pois acreditava no nosso testemunho. Mas será que, realmente, estamos vivendo essa união? Amados, quantas guerras temos feito entre nós mesmos! Estar unido não é acertar tudo, mas ter o mesmo objetivo, partindo da crença em Jesus Cristo. 

Há outras denominações cristãs que acreditam em Jesus, por isso precisamos estreitar o caminho do diálogo. Mas como vamos viver essa realidade com os outros se, dentro de nossa casa, isso não existe? Como vamos querer que nossos filhos acreditem em Jesus se não somos os primeiros a caminhar com Ele, a ir além na nossa fé, abraçando o modo de viver de Cristo. O seu modo de viver é o de Jesus Cristo? Se as religiões estão divididas, é porque nós, participantes delas, já estamos vivendo a desunião entre nós. A unidade perfeita é para que nós possamos ser unidos no que cremos e no que vivemos. A nossa religião não é feita de conveniência, ou seja, não vivemos aquilo que queremos crer. Não! Nós devemos assumir o compromisso de viver ao modo de Cristo. 

A unidade perfeita vai acontecer a partir do momento em que nós pararmos para viver aquilo em que cremos. Se creio em Jesus, serei impulsionado por Ele, que rezou e ainda reza por nós. 

Você conhece a sua fé? Se você a conhecer, de fato, não viverá contra aquilo que a Igreja está dizendo. Muita coisa mudou, mas os valores não mudam. 

Se, na época dos apóstolos, eles deixassem de pregar e anunciar aquilo que o Espírito Santo os impulsionava, nós não viveríamos a religião nos dias atuais. E nós estamos preocupados com as gerações futuras? Jesus rezou por nós para que acreditássemos e vivêssemos a unidade perfeita e a testemunhássemos às gerações futuras. 

A nossa unidade deve revelar Jesus Cristo, mas que não aconteça apenas no fato de irmos à Igreja, mas que seja anunciada entre aqueles a quem somos enviados. Esta será a unidade perfeita. Viver como Jesus, nos unirmos a Ele e revelar ao mundo a pessoa de Cristo.

Há pessoas, meus amados, que ainda não conhecem Jesus. Permita, portanto, que, no seu modo de viver, Ele seja conhecido. 

Padre Anderson Marçal 
Missionário da Comunidade Canção Nova