domingo, 30 de novembro de 2014

PROGRAMAÇÃO DE FIM DE ANO


Por que chamamos a Virgem Maria de Nossa Senhora?


Rainha dos Anjos, Rainha dos Santos, Rainha dos Apóstolos, Rainha dos Mártires…

O título de Senhor e Senhora, desde os primeiros séculos do Cristianismo, eram usados para os senhores de escravos, muito comum naquele tempo. Dentro desse contexto, a Virgem Maria disse ao anjo: “Eis aqui a escrava do Senhor” (Lc 1, 38).

Mas “Jesus é o Senhor”, como disse São Paulo (Fl 2,11); é o Rei dos Reis; e Sua Mãe é Rainha por consequência. Por isso, a Igreja entendeu que deveria chama-lá de Senhora. Os súditos do Rei eram também servos da Rainha. Ora, se somos súditos de Jesus, o somos também de Maria. A Ladainha Lauretana chama a Virgem Maria de Rainha dos Anjos, Rainha dos Santos, Rainha dos Apóstolos, Rainha dos Mártires, Rainha dos Confessores, Rainha da Virgens, Rainha dos Profetas. Ora, toda Rainha é Senhora em seu reino.

A Virgem Maria é aquela “cheia do Espírito Santo”, como a saudou sua prima Santa Isabel, que em alta voz disse: “Bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1,42). Ela é “a filha predileta de Deus”, diz o Concílio Vaticano II (LG n. 53), “aquela que, na Santa Igreja, ocupa o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós” (Lumen Gentium, n. 54).

São Bernardo, doutor da Igreja, o apaixonado cantor da Virgem Maria, no Sermão 47 diz: “Ave Maria, cheia de graça, porque é agradável a Deus, aos anjos e aos homens. Aos homens, por causa de sua fecundidade; aos anjos, por sua virgindade; a Deus por sua humildade. Ela mesma atesta que Deus olhou para ela porque viu sua humildade”.

São Tomas de Aquino afirmou: “A bem-aventurada Virgem Maria, pelo fato de ser Mãe de Deus, tem uma espécie de dignidade infinita por causa do bem infinito que é Deus”. Ela é Senhora!

“A graça que adornou a Santíssima Virgem sobrepujou não só a de cada um em particular, mas a de todos os santos reunidos”, afirma Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja. Por isso ela cantou no Magnificat: “Desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo…” (Lc 1,42). Ela é Senhora!

Maria é um “espelho especialíssimo de Deus”, diz São Tomás de Aquino: “Os outros santos são exemplos de virtudes particulares: um foi humilde, outro casto, outro misericordioso, e assim nos são oferecidos como exemplos de uma virtude. Mas a bem-aventurada Virgem é exemplo de todas as virtudes”, diz o santo.

São Bernardo e Santo Antônio, doutores da Igreja, afirmam que, “para ser eleita e destinada à dignidade de Mãe de Deus, devia a Santíssima Virgem possuir uma perfeição tão grande e consumada que nela excedesse todas as outras criaturas”. Ela é Nossa Senhora!

“Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado” (Mt 23,12). Repetiu várias vezes o Senhor. Logo que Deus determinou fazer-se Homem para redimir o homem decaído e assim manifestar ao mundo Sua misericórdia infinita, certamente buscava entre todas as mulheres aquela que fosse a mais santa e humilde para ser Sua Mãe. Como diz o Livro dos Cânticos: “Há um sem número de virgens (a meu serviço), mas uma só é a minha pomba, a minha eleita” (Ct 6, 8-9).

Foi por sua imensa humildade que Deus tanto exaltou Maria e a fez Sua Mãe, Rainha e Senhora nossa. E a própria Virgem diz no seu canto: “porque olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1,48).

Foi essa “humildade” profunda e real que tanto encantou o coração de Deus, fez com que a elegesse a “bendita entre as mulheres”, Sua Mãe, nossa Mãe e Senhora.

Prof. Felipe Aquino

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Deus nos surpreende



“Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5).

Aproximemo-nos de Deus e nos deixemos surpreender por Ele, pois o Senhor quer realizar em nós uma obra nova, transformar o nosso interior para que possamos, com a nossa vida, ser testemunhas do Seu infinito amor.

Quando estamos com o coração aberto a Deus, Ele nos surpreende com a Sua graça, mas é preciso nos deixarmos encontrar por Ele sem resistências, para que façamos a experiência com a Sua divina providência.

Peçamos ao Espírito Santo que Ele nos dê a graça de estarmos sempre com o coração aberto e bem disposto para acolher as surpresas de Deus.

Deus provê, Deus proverá, Sua misericórdia não faltará!

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago - Canção Nova 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Precisamos estar em Deus a todo momento



Quando pensamos na vinda de Jesus, imaginamos um fim horrível, mas o que realmente acontecerá é o que o Senhor virá e acabará com todo o mal do mundo, acabará com aqueles que persistiram numa vida errada. Embora, o inimigo de Deus nos atormente para que não alcancemos a salvação, quando Jesus vier, o inferno será fechado e lacrado, e todo o mal que existe na terra será eliminado. A nossa família se reencontrará no Céu. Será uma vida eterna.

Se você soubesse que o Senhor viria hoje ou amanhã, como seria a sua vida? Como você procederia? Com certeza, seria um corre-corre, não é verdade? Você, com certeza, desejaria mudar de vida radicalmente! É assim que precisamos viver sempre, mas o mundo nos ensina a ser como aquelas moças descuidadas. Por isso, quantos de nós, por causa de nosso relaxamento, perderemos a vida eterna?

Não dá para improvisar. Na hora em que Jesus vier, é com essa vida que seremos julgados, do jeito que estivermos. Seremos medidos de acordo com a vida que estivermos vivendo, e muitos gritarão e baterão à porta, mas o Senhor lhes responderá: “Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!” (Mt 25,12). Jesus nos convida a estar com Ele, mas se formos relaxados e vivermos uma vida “morna”, ficando na “coluna do meio”, quando Ele vier não nos reconhecerá. Portanto, vigiai e orai, como ensina a Palavra.
Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Como viver a santidade?


“Sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19,2).

Para viver a santidade é preciso ter uma vida de intimidade com Deus. Para isso, é necessário que a nossa oração seja um diálogo com Ele, como grandes amigos que se amam e conversam.

Hoje, busquemos momentos para estar com o Senhor por meio da Palavra de Deus, da adoração ao Santíssimo Sacramento e da participação na Missa. Quando temos um relacionamento com o Senhor, nossas ações precisam ser transformadas em atos concretos no nosso dia, como ajudar o outro e ser alegre em todas as atividades que realizamos.

“A Igreja necessita de santos. Todos somos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade” (Papa Emérito Bento XVI).

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago 

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Deus tem uma aliança com os casais


O Senhor se lembra sempre da aliança que Ele fez conosco. E a aliança que Ele fez com os casais é toda especial. Deus, que é o Criador, também resolveu criar outro ser humano com a participação de duas pessoas.

A participação do Senhor no casamento é uma coisa sagrada. Foi Ele quem fez essa aliança com o homem e a mulher para continuar criando por meio deles.

Entre milhões de espermatozóides apenas um é fecundado; somos escolhidos especialmente por Deus. Somos únicos. O Senhor se lembra sempre da aliança que fez com cada um de nós.

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

1° de outubro: Santa Teresinha do Menino Jesus



“Não quero ser santa pela metade, escolho tudo”.

A santa de hoje nasceu em Alençon (França) em 1873 e morreu no ano de 1897. Santa Teresinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, como também sabia que o seu coração – e o de todos nós – foi feito para amar. Nascida de família modesta e temente a Deus, seus pais (Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula Teresa: quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa (Maria, Paulina, Leônia e Celina). Teresinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas em Lisieux, com a autorização do Papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.

Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre, igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e, tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou um lindo e possível caminho de santidade: infância espiritual.

O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária “desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia “História de uma alma” e, como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam a Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra.

Morreu de tuberculose, com apenas 24 anos, no dia 30 de setembro de 1897 dizendo suas últimas palavras: “Oh!…amo-O. Deus meu,…amo-Vos!”

Após sua morte, aconteceu a publicação de seus escritos. A chuva de rosas, de milagres e de graças de todo o gênero. A beatificação em 1923, a canonização em 1925 e declarada “Patrona Universal das Missões Católicas” em 1927, atos do Papa Pio XI. E a 19 de outubro de 1997, o Papa João Paulo II proclamou Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face doutora da Igreja.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Relato do último dia na terra de Santa Teresinha

Relato do último dia na terra de Santa Teresinha , numa quinta-feira do dia 30 de setembro de 1897, feito pela irmã Inês de Jesus: 

“Durante a manhã eu (irmã Inês) a (Santa Terezinha) vigiava durante a Missa. Ela não me dizia nada. Ela estava esgotada, ofegante; seus sofrimentos, eu presumia, eram inexprimíveis. 

Num determinado momento, ela juntou as mãos e olhando à estátua da Virgem Maria disse:- Oh! Eu rezei a ela com grande fervor! Mas é uma agonia pura, sem mistura alguma de consolação.Eu lhe disse algumas palavras de compaixão e de afeição e acrescentava que ela tinha bem me edificado durante sua convalescência.- E você, as consolações que tinha me dado! Ah! Como elas são enormes!

Durante todo o dia, sem um instante de trégua, ela permaneceu, podemos dizer sem exageros, sob verdadeiros tormentos. Ela parecia estar no fim de suas forças e, todavia, para nosso espanto, ela podia se mexer, se sentar no seu leito.- …Veja, nos dizia ela, como tenho forças hoje! Não, eu não vou morrer! Eu ainda tenho forças por vários meses, talvez até mesmo vários anos!E se o bom Deus o quisesse, diz a Nossa Madre, você o aceitaria?

Ela começou a responder, na sua agonia:- Seria bem necessário…

Mas se corrigindo na mesma hora, ela diz com um tom de resignação sublime e caindo novamente sobre seu travesseiro:- Eu quero com certeza!Eu pude recolher essas exclamações, mas é bem difícil de transmitir o seu tom:- Eu não creio mais na morte para mim… Eu creio apenas no sofrimento… melhor assim!- Ó meu Deus!… Eu amo o bom Deus! O minha boa Virgem Maria, venha em meu socorro!- Se isso é a agonia, o que é então a morte?!…- Ah! Meu bom Deus!… 

Sim, ele é muito bom, eu o vejo muito bom…E olhando para a Virgem Maria:- Oh! A senhora sabe que estou me sufocando!Para mim:- Se você soubesse o que é se sufocar!O bom Deus vai ajudá-la, minha pobrezinha, e terminará logo mais.- Sim, mas quando?- …Meu Deus, tenha piedade de vossa pobre menina! Tenha piedade!Para Nossa Madre:- Ó minha Madre, eu vos garanto que o cálice está cheio até a boca!…- …Mas o bom Deus não vai me abandonar, certamente… …Ele nunca me abandonou.- …Sim, meu Deus, tudo o que quiser, mas tenha piedade de mim!- …Minhas irmãzinhas! Minhas irmãzinhas rezem por mim!- …Meu Deus! Meu Deus! Vós que sois tão bom!!!- …

Oh! Sim, vós sois bom! Eu o sei…Depois do ofício de Vésperas, Nossa Madre colocou sobre seus joelhos uma imagem de Nossa Senhora do Monte Carmelo. Ela olhou por um instante e disse o quanto Nossa Madre lhe tinha garantido que ela logo mais iria acariciar Nossa Senhora como também o Menino Jesus nessa imagem:- Ó minha Madre, apresentai-me logo à Virgem Maria, eu sou um bebê que não agüenta mais! … Prepare-me para bem morrer.

Nossa Madre lhe respondeu que tendo sempre compreendido e praticado a humildade, sua preparação já estava feita. Ela refletiu por um instante e pronunciou humildemente essas palavras:- Sim, me parece que nunca busquei outra coisa senão a verdade; sim, eu compreendi a humildade de coração… parece-me que sou humilde.Ela repetiu ainda:- Tudo o que escrevi sobre meus desejo de sofrimento. Oh! É bem verdadeiro!- Eu não me arrependo de me ter entregado ao Amor.Com insistência:- Oh! Não, eu não me arrependo, muito pelo contrário!Um pouco depois:- Eu nunca teria crido que era possível sofrer tanto [nota: nunca aplicamos nela injeção alguma de morfina]! Nunca! Nunca! Eu não posso compreender tal coisa senão pelos desejos ardentes que tive de salvar as almas.Por volta das 5 horas, eu estava sozinha perto dela. Seu rosto mudou de repente, compreendi que era a última agonia. 

Quando a Comunidade entrou na enfermaria, ela acolheu todas as irmãs com um doce sorriso. Ela segurava seu Crucifixo e o olhava constantemente. Durante mais de duas horas, a respiração rouca arranhava seu peito. Seu rosto estava congestionado, suas mãos roxas, ela tinha os pés congelados e tremia todos seus membros. Um suor abundante caia em gotas enormes sobre seu rosto e inundava suas bochechas.

Ela estava sob uma opressão cada vez maior e lançava às vezes pequenos gritos involuntários para respirar. Durante esse tempo tão cheio de agonia para nós, escutávamos pela janela – e eu sofria bastante – o canto de vários pássaros, mas tão fortemente, de tão perto e durante tanto tempo! Eu rezava para o bom Deus de os fazer calar, esse concerto me perfurava o coração e tinha medo que ele cansasse nossa Terezinha.Durante outro momento, ela parecia ter a boca tão ressecada que a irmã Genevieve, achando que a aliviaria, lhe colocava nos lábios um pequeno pedaço de gelo.Ela o aceitou lhe fazendo um sorriso que nunca me esquecerei. Era como um supremo adeus.

Às 6 horas o Angelus soou, ela olhou longamente para a estátua da Virgem Maria.Enfim, às 7 horas e pouco, Nossa Madre tendo despedido a Comunidade, ela suspirou:- Minha Madre!? Não é isso a agonia?… Não irei morrer?…Sim, minha pobrezinha, é a agonia, mas o bom Deus quer talvez prolongá-la por algumas horas. Ela retoma com coragem:- Ora bem!… Vamos!… Vamos!… Oh! Eu não quereria sofrer menos tempo…E olha seu Crucifixo:- Oh! Eu o amo!

Meu Deus… Eu vos amo…

De uma hora para outra, após ter pronunciado essas palavras, ela caiu suavemente para trás, com a cabeça inclinada para a direita. Nossa Madre fez soar imediatamente o sino da enfermaria para chamar a Comunidade. “Abram-se todas as portas” dizia a Madre no mesmo instante. 

Essas palavras tinha algo de solene, e me fizeram pensar que no Céu o bom Deus o dizia também a seus anjos.As irmãs tiveram o tempo de se ajoelhar em torno do leito e foram testemunhas do êxtase da pequena Santa que morria. Seu rosto tinha tomado a cor de uma flor-de-lis que tinha quando em plena saúde, seus olhos estavam fixados no alto, brilhantes de paz e de alegria. Ela fazia alguns movimentos de cabeça, como se Alguém a tivesse divinamente ferido com uma flecha de amor, depois retirado a Flecha para a ferir novamente… 

A irmã Maria da Eucaristia se aproximou com uma vela para ver de mais perto seu olhar sublime. Diante da luz dessa vela, não houve movimento algum de suas pálpebras. Esse êxtase durou o tempo de um “Credo”, e ela deu seu último suspiro.Após sua morte, ela conservou um sorriso celeste. Ela estava com uma beleza encantadora. Ela segurava tão forte seu Crucifixo que foi necessário arrancá-lo de suas mãos para enterrá-la. A irmã Maria do Sagrado-Coração e eu fizemos tal serviço, com a irmã Amada de Jesus, e notamos que ela não parecia ter mais do que 12 ou 13 anos. Os membros do seu corpo permaneceram flexíveis até o dia do seu enterro, numa segunda-feira, no dia 4 de outubro de 1897.”

Equipe do site do Pe. Paulo Ricardo

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Fazer o bem nas coisas simples



O amor consiste em fazer o bem. Para amar é preciso “fazer-se um” com todos, em tudo aquilo que os outros precisam, mesmo nas coisas mais simples do dia a dia. Façamos o bem a todos, principalmente naquelas situações que talvez não tenham importância para nós, mas são importantes aos outros.

“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (I Jo 4 7-8).

Peçamos a Jesus hoje a graça de fazer o bem a todos para que se sintam amados, confortados, aliviados e compreendidos por nós.

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Por que tanta fragilidade nos relacionamentos?


Vivemos num mundo no qual todos somos treinados a não revelar quem somos. Temos medo de nos machucar, de que descubram nossas fraquezas, que saibam quem, de fato, somos.

Dessa forma, acostumamo-nos a pensar assim: "E para que ninguém me conheça, não vou revelar meus sentimentos!" É por isso que nossos relacionamentos andam tão frágeis. Escondemos o que sentimos.

Minhas ideias e conhecimentos jamais poderão revelar quem sou; apenas meus sentimentos revelam minha vida. Se continuarmos assim, estaremos cada vez mais sozinhos!

Por favor, pense sobre isso e mude o que tem de ser mudado!

Com carinho e orações, 


Seu irmão,

Ricardo Sá

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Não desista diante das dificuldades



Aguente firme, meu filho, por mais duro que tudo esteja! Lembre-se de que o próprio Jesus foi perseguido.

Aguente firme, meu filho! Aguente firme, minha filha! Eu sempre costumo dizer isso para que você não desista diante das dificuldades.

Preste atenção! À medida que nós resistimos às provações, nós recebemos mais e mais o Espírito Santo para enfrentá-las.

Foi no momento em que a lança transpassou o coração de Jesus que foi derramado todo o Seu Espírito Santo. Por isso é no momento de sofrimento e de dor que você mais vai se encher do Espírito Santo de Deus. E tenha a certeza de que, ao aguentar firme, nessa hora sua “caixa vai se encher” das graças d’Ele.

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Adorar a Deus



“Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o «nada da criatura», que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que o seu Nome é santo” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2.097).

Hoje é um dia especial dedicado ao Santíssimo Sacramento. Reconhecendo a nossa pequenez e dependência do Senhor, paremos um momento do nosso dia para estar diante do Senhor, com o coração grato, porque pertencemos a Ele e nascemos para adorá-Lo e glorificá-Lo.

Rezemos ao longo do dia: “Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos; peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam”.

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Como renunciar o sentimento de revolta?


Muitas pessoas têm o coração bloqueado e não conseguem se abrir ao amor de Deus e à ação do Espírito Santo. Esse bloqueio é causado, muitas vezes, por revoltas que ficaram armazenadas no coração delas.

Nosso grande erro é pensar, em nosso senso de justiça, que é justo nos revoltarmos contra as pessoas e as situações. Esse é um grande erro! Mas de onde vem nossa revolta? Ela vem do diabo! Ele se revoltou contra Deus e consigo mesmo, porque, por orgulho, perdeu tudo. Ele é o revoltado contra tudo e contra todos, e seu objetivo é nos transmitir esse mesmo “vírus”.

Além de compreendermos a verdade, também é preciso renunciarmos ao mal. Diga ao Senhor, agora, de coração:

“A revolta, que está no meu coração, não é minha, por isso eu a rejeito, a refuto e a renuncio. Não quero mais saber dela. Ela não veio de Deus, mas do demônio. Eu renuncio, agora, a toda revolta! Não a quero mais, não vou mais dar lugar a esse sentimento. Perdoe-me, Senhor, eu não sabia o que estava fazendo. Limpe, Senhor, o meu coração”.

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Ame e perdoe sempre


“Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3,13-14).


Diante de todos os sofrimentos pelos quais você já passou pelo mal que alguém lhe causou, é preciso ter uma atitude de compaixão para com esta pessoa.


Decida-se hoje a perdoar a todas as pessoas que o feriram e contra as quais você guarda algum ressentimento, para viver a verdadeira liberdade em Jesus. Ao se determinar a tomar essa direção, você encontrará a verdadeira liberdade do amor, da alegria e da paz. Por isso o perdão é essencial para que vivamos como filhos de Deus.


Reze ao longo do dia: “Pai nosso, que estais no Céu, perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.


Jesus, eu confio em Vós!



Luzia Santiago

terça-feira, 9 de setembro de 2014

FESTA DA PADROEIRA 2014



Nossa Comunidade está desde 2010 sob responsabilidade dos padres do Santuário Eucarístico Diocesano Nossa Senhora da Penha. Pe. Ataíde R. Fontes foi nomeado Administrador da Comunidade Santa Teresinha do Menino Jesus, pelo bispo Dom Manuel Parrado Carral e juntamente com o Pe. Edmílson Dias, Vigário Colaborador, conduz com amor, carinho e humildade o povo de Deus. 

Por isso convidamos a todos a fazer parte das Festividades da Padroeira 2014, venham conhecer e fazer parte desta belíssima devoção a Santa Teresinha do Menino Jesus, a Santa da Pequena Via, proclamada Doutora da Igreja por São João Paulo II.


Você se critica muito?



Como você está em seu autoconhecimento? É muito crítico? Conhece muito ou pouco de si mesmo e de suas características?

Quantos de nós já não nos pegamos avaliando nossas atitudes e nosso jeito de ser, e, muitas vezes, “exagerando” na dose? Poderíamos chamar esse exagero de autocrítica excessiva.

No entanto, em muitas situações por diversos motivos, temos uma visão distorcida dos fatos e de nós mesmos – devido à forma como fomos criados e à influência das pessoas com as quais convivemos – e adotássemos um comportamento perfeccionista e preocupado em realizar tudo da melhor maneira possível.

Muitas vezes, torna-se difícil aceitar algo que não saia de forma correta (pelo menos na nossa forma de ver o mundo) e também de aceitar que não somos perfeitos, que somos passíveis de erro.

Mas, então, ser perfeccionista é um erro!? Características como zelo, responsabilidade, empenho em fazer tudo bem feito são boas, claro, mas podem esconder uma imensa dificuldade em errar e um sofrimento exagerado quando isso acontece. Podemos estender esta exigência não só com relação à visão que temos de nós, como também com relação à crítica excessiva ao outro, fato que acabo criando dificuldades em nossos relacionamentos.

E o que pode gerar essa crítica excessiva? Mau humor, pensamentos negativos, baixa autoconfiança, dificuldade para decidir. Como um círculo vicioso, estas características alimentam umas às outras, se não aceito um erro, fico de mau humor, penso negativamente e cada vez mais deixo de ter confiança em mim.

Uma ótima possibilidade para mudar este quadro é a ampliar sua capacidade de autocompreensão e de avaliação mais clara e objetiva das situações e com uma maior dose de racionalidade. Pergunte-se: “Será que, de fato, eu não posso errar?” e “Será que meus resultados realmente são ruins ou eu sempre estou insatisfeito com tudo?”.

Outro passo importante para superar esse sentimento é reconhecer seus pontos fortes, suas qualidades. Nossos amigos e pessoas com as quais convivemos podem ser ótimas fontes de referência para estas perguntas, quando nós mesmos não conseguimos respondê-las. Muitas vezes, o olhar do outro é muito mais claro e desprovido de crítica do que nosso próprio olhar.

Por mais que estejamos errados, se nossa visão não é tão distorcida, conseguimos ter, até mesmo no erro, uma visão mais adequada, uma capacidade de corrigir-nos sempre que errarmos sem sofrer exageradamente e ter um diálogo interno positivo, com menos punição e mais ação em busca de novas possibilidades.

Cuidado ainda com as pessoas que têm esta opinião crítica em excesso. Já imaginou dois críticos juntos?

Você acredita mesmo que não tem nada de bom ou que tudo aquilo que faz está ruim ou não tem valor? Se você se identificou com estas características, experimente este exercício de reflexão e de cuidado consigo e com as qualidades, que certamente, você possui. Não se trata de negar o que é ruim, mas dar o peso adequado para as situações e comportamentos e, especialmente, de compreender que falhamos, mas que temos a possibilidade de dar a volta por cima.

Elaine Ribeiro

Precisamos resgatar o interesse pela boa política, diz padre


“Padre, eu não gosto de política e acho que a Igreja não deveria falar de política”

Algumas vezes, já escutei de cristãos católicos: “padre, eu não gosto de política e acho que a Igreja não deveria falar de política”. Até entendo estas pessoas. Este tipo de política que vemos em nosso país, marcada pela corrupção, desvio de dinheiro, violência, injustiças, busca de interesses pessoais, etc., realmente nos provoca certa aversão. Portanto, devemos entender que a política faz parte da nossa realidade, da nossa estrutura de vida. Ela está presente no governo, nas famílias, Igrejas, na sociedade… O cristão realmente comprometido com o Reino de Deus não fica fora desta realidade.

O cristão comprometido com a vida do povo sabe, sente e compreende o que significa a fé para a luta pela libertação. Salvação e libertação de toda e qualquer opressão, dominação e exploração humana, seja em qualquer tipo de regime político ou condição. Muita gente ainda tenta separar a fé da política, a vida da realidade.

Os cristãos não querem uma vida fora do mundo concreto, fora dos fatos sociais. Os cristãos querem o céu na terra e a terra no céu, sempre. O cristão deve ser fermento, sal, caminho e luz. Deve lutar pelos princípios básicos da mensagem cristã, como defesa da ética, da vida desde a concepção, da família, da democracia, da participação social e da liberdade, assumindo responsabilidade social e política.

Nossa fé precisa capacitar-se para criticar, avaliar, comparar e intervir na realidade à luz do Evangelho, fazendo uma política com ética, compromisso, reforma, transformação e realização de justiça social. A fé e a política devem ajudar os cristãos a decidir, optar e assumir os compromissos que nos são dados viver e transformar, historicamente.

Precisamos resgatar o interesse do povo, eu diria até o encantamento, pela boa política. Resgatar a esperança através de políticos comprometidos. Hoje se torna necessário organizar ações e práticas sociais como instrumentos de concretização para construção de uma sociedade solidária conforme a proposta cristã.

Os Bispos do Estado do Rio de Janeiro e a Pastoral Fé e Política do Regional Leste 1, prepararam a cartilha cívica contendo recomendações para os eleitores das próximas eleições do presente ano.

Configura numa lista de 10 critérios, são eles:

1. Votar é um exercício importante de cidadania, por isso, não deixe de participar das eleições. Seu voto contribui para definir a vida política de nosso país.
2. Verifique se os candidatos estão comprometidos com a superação da pobreza, com a educação, saúde, moradia, saneamento básico, respeito à criação e ao meio ambiente.
3. Veja se seus candidatos estão comprometidos com a justiça, segurança, combate à violência, dignidade da pessoa, respeito pleno pela vida humana desde a sua concepção até a morte natural.
4. Observe se os candidatos representam o interesse apenas de seu grupo ou partido e se pretendem promover políticas que beneficiam a todos. O bom governante governa para todos.
5. Dê o seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”. O homem público deve ter honestidade (idoneidade moral).
6. Fique atento à prática de corrupção eleitoral, ao abuso de poder econômico, à compra de votos. Voto não é mercadoria.
7. Procure conhecer os candidatos, sua conduta, suas ideias e seus partidos. Voto não é troca de favores.
8. Vote em candidatos que respeitem a liberdade religiosa e de consciência, garantindo o ensino religioso confessional e plural.
9. Escolha candidatos que promovam e defendam a família, segundo sua identidade natural conforme o plano de Deus.
10. Acompanhe os políticos depois das eleições, para cobrar deles o cumprimento das promessas de campanha e apoiar suas opções políticas e administrativas.

Para terminar, reflitam esta frase do Papa Francisco: “É muito difícil que um corrupto consiga voltar atrás”. Vote certo, vote bem, somos responsáveis pelo futuro de nossa pátria. Não esqueça que seu voto terá consequências, um novo mundo e uma nova sociedade ou a mesmice da corrupção e do terror e insegurança diários.

Nestas eleições de 2014, mais do que em qualquer outra será necessário identificar os programas de governos e os candidatos que se comprometam a priorizar a defesa da vida desde a concepção, o combate à fome, à miséria, à corrupção, à violência no nosso país. O povo brasileiro deverá escolher o Presidente da República, os Governadores dos Estados, Senadores, Deputados Federais e Estaduais.

Fonte: Canção Nova 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Vença o medo diante das escolhas...


"A juventude não pode ter medo de fazer suas próprias escolhas".  

Muitas vezes, ao partilhar algo com os jovens, que, assim como eu, se sentem chamados a uma vocação, escuto sempre esta frase: “Eu tenho medo de errar, de não ser esse o lugar que Deus quer para mim!”. Este é um questionamento que sempre aflige o coração daqueles que estão descobrindo sua vocação.

Olhando para a minha curta caminhada vocacional, percebo que eu também me fiz esse questionamento, e que ele nada mais é do que o medo disfarçado de preocupação. Isso mesmo: medo.

O jovem tem medo de decidir-se por algo, de tomar uma decisão definitiva, pela qual somente ele vai arcar com as consequências. Muitos buscam pessoas, palavras e sinais para confirmar a sua vocação, o que, em muitas situações, pode significar o desejo de responsabilizar alguém pelas suas atitudes. O jovem tem medo de decidir-se por sua vida.

Esse medo começa a partir do momento em que ele percebe que está crescendo, amadurecendo, comprometendo-se. É neste momento que, na grande maioria das vezes, Deus entra na vida dele e faz o chamado. Agora ele tem de se decidir!

Vivemos em uma sociedade que já não acredita nas escolhas definitivas, não crê em tudo o que é para sempre. É nessa sociedade que os jovens hoje se veem.

Mas há um caminho! Deus, quando escolhe alguém, o faz de forma definitiva. A escolha d’Ele independe do seu querer, do seu medo. Claro, é Ele quem o escolhe, mas é você quem Lhe dá o ‘sim’. No entanto, mesmo que você fuja, corra, o chamado vai sempre estar no coração do Pai. Se você mudar de ideia, Ele estará pronto a conquistá-lo novamente.

Não tenha medo de se arriscar no caminho que leva à vontade de Deus. Não tenha medo de errar, de perceber, mais na frente, que não era bem aquele o lugar que o Senhor havia preparado para você. Deus vai aproveitar-se de todas as suas experiências para fazê-lo crescer. Se não for aquele o ponto de chegada, durante a corrida Deus vai lhe mostrar o desvio. Não tenha medo de se arriscar!

Independente da vocação – matrimônio, sacerdócio, vida consagrada ou até mesmo uma vocação profissional –, no mundo sempre existirão dois tipos de pessoas vocacionadas por Deus: as que se arriscaram e descobriram a verdade do Senhor para elas, e as que nunca deram passos e ficaram sempre se questionando: “E se eu tivesse dado passos nesta direção?”. Você é quem escolhe que tipo de pessoa quer ser.

Medos todos os temos. Eu os tive. Eu os tenho. Mas, cada vez que esse medo salta em meu coração, eu me lembro de Quem me chamou. Lembro-me de que foi Deus quem fez o chamado, e Ele pode cuidar de tudo, basta que eu permita e dê passos na fé.

O segredo é arriscar-se! Ninguém erra por buscar a vontade de Deus. Se você se lançar, tudo o mais Ele fará!

Deus abençoe a sua vocação!

Renan Félix
Renan Félix é bacharel em história, missionário e seminarista da Comunidade Canção Nova. Outros temas do autor: blog.cancaonova.com/renanfelixTwitter:

Divulgada logomarca da JMJ Cracóvia 2016!



A logo é composto por três cores: azul, vermelho e amarelo que se referem ao tema da JMJ: “Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia” (Mt 5,7). A gráfica da logo representa o formato geográfico da Polônia, com uma cruz que retrata Jesus Cristo, centro do encontro. Os raios da Divina Misericórdia saem da cruz, com as mesmas cores e formas da pintura “Jesus confio em Ti”, realizado por pedido de Jesus Cristo quando da Sua aparição à Santa Faustina Kowalska. Cracóvia é assinalada com um ponto circular que representa também os jovens e que foi usado muitas vezes com o mesmo significado nas logos das JMJ anteriores. A JMJ Cracóvia 2016 acontecerá entre 26 e 31 de julho.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Corpus Christi... Participem conosco!


Como preparar-se para a Comunhão?


“A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra”, por isso devemos nos preparar para recebê-la.

Jesus, na noite de Sua Paixão, instituiu o sacramento da Eucaristia, a comunhão. Este é o sacramento dos sacramentos, por meio do qual estamos sempre em profunda comunhão com o Corpo e o Sangue de Cristo.

Para meditar sobre esse grande mistério da fé [a Eucaristia] e saber como podemos nos preparar para recebê-Lo, gostaria de apresentar alguns textos do Magistério da Igreja que nos serão de grande proveito:

A Eucaristia é “fonte e ápice de toda a vida cristã”. “Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e todas as tarefas apostólicas ligam-se à Sagrada Eucaristia e a ela se ordenam, pois a Santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa” (Catecismo da Igreja Católica, 1324).

“A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra; é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho” (Ecclesia de Eucharistia, João Paulo II, § 19).

O Senhor nos convida, insistentemente, a recebê-Lo no sacramento da Eucaristia: “Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a Carne do Filho do homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53). Para responder o convite, devemos nos preparar para este momento tão grande e tão santo. São Paulo nos exorta a um exame de consciência: “Todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor, indignamente, será réu do Corpo e do Sangue do Senhor. Por conseguinte, que cada um examine a si mesmo antes de comer desse pão e beber desse cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação” (1Cor 11,27-29). Quem está consciente de um pecado grave deve receber o sacramento da reconciliação antes de receber a comunhão” (Catecismo, 1384-1385).

“Conforme o mandamento da Igreja, ‘todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar seus pecados graves, dos quais tem consciência, pelo menos uma vez por ano’. Aquele que tem consciência de ter cometido um pecado mortal não deve receber a Sagrada Comunhão, mesmo que esteja profundamente contrito, sem receber previamente a absolvição sacramental, a menos que tenha um motivo grave para comungar e lhe seja impossível chegar a um confessor” (Catecismo, 1457).

“Diante da grandeza desse sacramento, o fiel só pode repetir humildemente e com fé ardente a palavra do centurião: ‘Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo’ (Mt 8,8)” (Catecismo, 1386).

“A Igreja obriga os fiéis ‘a participar da divina liturgia aos domingos e nos dias festivos’ e a receber a Eucaristia pelo menos uma vez ao ano, se possível no tempo pascal, preparados pelo sacramento da reconciliação. Mas recomenda vivamente aos fiéis que recebam a Santa Eucaristia nos domingos e dias festivos, ou ainda com maior frequência, e até todos os dias” (Catecismo, 1389).

“A fim de se preparar convenientemente para receber esse sacramento, os fiéis observarão o jejum prescrito em sua Igreja” (Catecismo, 1387). “Quem vai receber a Santíssima Eucaristia abstenha-se de qualquer comida ou bebida, excetuando-se somente água e remédio, no espaço de, ao menos, uma hora antes da sagrada comunhão” (Cân. 919, § 1). “Pessoas idosas e enfermas, bem como as que cuidam delas, podem receber a Santíssima Eucaristia, mesmo que tenham tomado alguma coisa na hora que antecede” (Cân. 919, § 3).

Com relação aos divorciados novamente casados, o Magistério da Igreja afirma que “são numerosos, hoje, em muitos países, os católicos que recorrem ao divórcio segundo as leis civis e contraem civilmente uma nova união. A Igreja, por fidelidade à Palavra de Jesus Cristo (‘Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e desposar outro comete adultério’: Mc 10,11-12), afirma que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro casamento foi válido. Se os divorciados tornam a casar-se no civil, ficam numa situação que contraria objetivamente a lei de Deus. Portanto, não podem ter acesso à comunhão eucarística enquanto perdurar essa situação” (Catecismo, 1650). Esses cristãos, no entanto, mesmo não tendo acesso aos sacramentos, não devem se considerar separados da Igreja, “pois, como batizados, podem e devem participar da vida dela” (cf. Catecismo, 1651).

“A atitude corporal (gestos e roupas) há de traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste momento em que Cristo se torna nosso hóspede” (Catecismo, 1387).

Outro conselho de grande valor é chegarmos à Santa Missa com alguns minutos de antecedência, para depositarmos aos pés de Nosso Senhor as nossas intenções e preocupações, e, assim, estar mais atentos e participar com maior fruto da Liturgia da Palavra e da Liturgia Eucarística. Após a comunhão, é importante também termos um tempo de ação de graças, para agradecermos a Jesus por Seu Corpo e Sangue, que recebemos, e por todas as graças que nos são dadas por meio dessa comunhão. A cada Eucaristia, Jesus vem habitar em nós para nos santificar, curar e salvar. Temos, pois, muito para agradecer cada vez que O recebemos.

Não existe sobre a terra momento mais intenso de comunhão com Jesus do que quando recebemos Seu Corpo e Seu Sangue. Por isso, cada vez que vamos participar da Santa Missa, queremos nos preparar para esse encontro com Cristo, para que Ele nos conduza a uma amizade cada vez mais íntima e intensa com Ele. O nosso amor por Jesus e a observância de tudo aquilo que o Magistério da Igreja nos pede será sempre a melhor maneira de nos prepararmos para receber Cristo com dignidade. Procuremos, pois, fortalecer, cada vez mais, os nossos laços de amizade com Jesus, pois é Ele quem nos conduz com alegria em meio às muitas provações da nossa vida.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Participem:


A unidade perfeita


Estamos vivendo às vésperas de Pentecostes, ouvindo o capítulo 17 de São João, no qual lemos a oração que o Senhor fez ao Pai antes de ser entregue aos soldados. A característica dessa oração de Jesus ao Pai é de intercessão, sendo Ele o grande intercessor da humanidade. 

Nesta semana, temos a oportunidade de rezar pela unidade dos cristãos; e é desejo do Senhor que nós estejamos assim, em unidade, como Ele esteve em unidade perfeita com o Pai. Que nós também possamos viver como um único rebanho, com Jesus sendo o Bom Pastor. 

“Pai Santo, não rogo somente por eles, mas por aqueles que virão para ouvir a Tua Palavra.” Somos chamados a viver essa unidade até mesmo dentro de nossa casa. A primeira coisa que somos convidados a viver é a unidade para gerar o testemunho: aquilo que falo deve ser seguido por aquilo que faço e vice-versa. 

Jesus é o Senhor, não por que nós assim O fizemos, mas porque Ele o é. Jesus já intercedia por nós, pois acreditava no nosso testemunho. Mas será que, realmente, estamos vivendo essa união? Amados, quantas guerras temos feito entre nós mesmos! Estar unido não é acertar tudo, mas ter o mesmo objetivo, partindo da crença em Jesus Cristo. 

Há outras denominações cristãs que acreditam em Jesus, por isso precisamos estreitar o caminho do diálogo. Mas como vamos viver essa realidade com os outros se, dentro de nossa casa, isso não existe? Como vamos querer que nossos filhos acreditem em Jesus se não somos os primeiros a caminhar com Ele, a ir além na nossa fé, abraçando o modo de viver de Cristo. O seu modo de viver é o de Jesus Cristo? Se as religiões estão divididas, é porque nós, participantes delas, já estamos vivendo a desunião entre nós. A unidade perfeita é para que nós possamos ser unidos no que cremos e no que vivemos. A nossa religião não é feita de conveniência, ou seja, não vivemos aquilo que queremos crer. Não! Nós devemos assumir o compromisso de viver ao modo de Cristo. 

A unidade perfeita vai acontecer a partir do momento em que nós pararmos para viver aquilo em que cremos. Se creio em Jesus, serei impulsionado por Ele, que rezou e ainda reza por nós. 

Você conhece a sua fé? Se você a conhecer, de fato, não viverá contra aquilo que a Igreja está dizendo. Muita coisa mudou, mas os valores não mudam. 

Se, na época dos apóstolos, eles deixassem de pregar e anunciar aquilo que o Espírito Santo os impulsionava, nós não viveríamos a religião nos dias atuais. E nós estamos preocupados com as gerações futuras? Jesus rezou por nós para que acreditássemos e vivêssemos a unidade perfeita e a testemunhássemos às gerações futuras. 

A nossa unidade deve revelar Jesus Cristo, mas que não aconteça apenas no fato de irmos à Igreja, mas que seja anunciada entre aqueles a quem somos enviados. Esta será a unidade perfeita. Viver como Jesus, nos unirmos a Ele e revelar ao mundo a pessoa de Cristo.

Há pessoas, meus amados, que ainda não conhecem Jesus. Permita, portanto, que, no seu modo de viver, Ele seja conhecido. 

Padre Anderson Marçal 
Missionário da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Convite: Jubileu de Prata da Diocese de São Miguel Paulista

Convidamos a todos para este momento importantíssimo:

Comemoramos os 25 anos da Diocese de São Miguel Paulista, e também a Canonização de São José de Anchieta, que fundou o bairro de São Miguel em 1560 e de São João Paulo II, que criou nossa Diocese.


Por que intercedemos?


“A intercessão é uma oração de petição que nos conforma de perto com a oração de Jesus” 

Quando falamos de oração de intercessão, é possível nos lembrarmos de grandes homens e mulheres da Bíblia, dos santos e da nossa própria oração. Já reparou que sempre rezamos por alguém? Sempre nos pedem oração ou a pedimos para alguém?

Primeiramente, ao falar de intercessão, lembremo-nos de Abraão. A cidade de Sodoma estava para ser destruída, mas devido à intervenção e à intercessão desse homem que “negocia” com Deus – “Se houver cinquenta justos… quarenta… dez justos” –, o Senhor lhe responde: “Por causa dos dez não a destruirei”(cf. Gn18,16-33). Assim, graças à intercessão de Abraão, a cidade não foi destruída.

O grande Moisés foi outro homem que se colocou em defesa do povo. Deus o havia chamado para ir à frente, para libertar os filhos de Israel da escravidão do faraó. Primeiro, Moisés, em nome do Senhor, foi até o faraó e pediu a liberdade de seu povo (cf. Êx 5,1). Vários sinais foram realizados para que ele se convencesse de que aquela era a vontade de Deus: o cajado que se transformou em serpente, a água que virou sangue, além de pragas como rãs e gafanhotos (cf. Êx 7-12). Apenas com a morte do seu primogênito o faraó deixou o povo partir, mas, depois, o perseguiu (cf. Êx 14).

Num segundo momento, Moisés já não mais pedia ao faraó, mas passou a pedir a Deus pelo povo. Após a libertação, infelizmente, esse manifestou a sua ingratidão a Deus e a Moisés, pois passou a murmurar por causa do alimento (16,3), reclamar pela falta de água. Moisés clamou ao Senhor e, então, puderam beber da água (17,2-7). O profeta intercedia, pedia e colocava-se diante do Senhor em favor de seu povo.

Temos também mulheres que intercederam, que se colocaram em favor do povo, como Ester que orou pelos seus (cf. Est 4, 17n-17kk). Judite fez o mesmo (cf. Jd 9). Maria, na festa das bodas em Caná, disse: “Fazei tudo o que ele vos disser!” (cf. Jo 2,5).

“A intercessão é uma oração de petição que nos conforma de perto com a oração de Jesus” (cf. Catecismo da Igreja Católica n. 2634). “Ele é o único intercessor junto ao Pai em favor de todos os homens” (cf. Rm 8,34). Ele é o Cristo, o enviado de Deus para interceder por todos até as últimas consequências ao viver a Paixão. Jesus intercedeu tanto por nós, que deu a vida d’ele para que vivêssemos.

Ora, os intercessores foram homens e mulheres que se colocaram diante de Deus em favor dos necessitados, como fez Jesus. Assim, se pedirmos oração ou se orarmos pelo outro, já estaremos vivendo a intercessão. Temos ainda a riqueza, como nos ensina a Igreja, de pedir a intercessão daqueles que morreram santamente, que estão com Deus: os santos. Na profissão de fé, rezamos “creio na comunhão dos santos”, ou seja, esses que estão com o Senhor podem pedir por nós que estamos aqui, e é necessário deixar bem claro que é sempre Jesus quem realiza os feitos.

Por fim, a oração de intercessão é confiante e dirigida ao Senhor em favor do outro, do necessitado. Foi isso o que os homens da Bíblia fizeram e, por excelência, Jesus fez por nós pecadores. Fomos salvos ou somos salvos pela intercessão d’Ele junto ao Pai.

Por que intercedemos? Primeiro, para imitar Cristo, que intercede por nós junto do Pai. Ele quer a nossa salvação e, uma vez que fomos alcançados e amados por Ele, passamos a segui-Lo e imitá-Lo.

Mas como O imitamos? Intercedendo pelo nosso próximo, confiando que Ele pode tudo, que nada Lhe é impossível (cf. Lc 1,37). Oramos em favor do outro, porque também entendemos que não devemos pedir apenas para nosso próprio benefício. A oração de intercessão não é passiva – o necessitado lá e eu aqui –, mas ativa como Jesus, que ia ao encontro de Seus semelhantes, que nada quis para si, mas se entregou pelo outro, “amou-os até o fim” (cf. Jo 13,1). Ativamente, intercedamos pelo próximo indo ao encontro dele.

Padre Marcio

Catequese com o Papa Francisco



CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 21 de maio de 2014

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Queridos irmãos e irmãs, bom dia

Hoje gostaria de destacar outro dom do Espírito Santo, o dom da ciência. Quando se fala de ciência, o pensamento vai imediatamente à capacidade do homem de conhecer sempre melhor a realidade que o cerca e de descobrir as leis que regulam a natureza e o universo. A ciência que vem do Espírito Santo, porém, não se limita ao conhecimento humano: é um dom especial, que nos leva a entender, através da criação, a grandeza e o amor de Deus e a sua relação profunda com cada criatura.

1. Quando os nossos olhos são iluminados pelo Espírito, abrem-se à contemplação de Deus, na beleza da natureza e na grandiosidade do cosmo, e nos levam a descobrir como cada coisa nos fala Dele e do seu amor. Tudo isto suscita em nós grande admiração e um profundo sentido de gratidão! É a sensação que experimentamos também quando admiramos uma obra de arte ou qualquer outra maravilha que seja fruto da invenção e da criatividade do homem: diante de tudo isso, o Espírito nos leva a louvar o Senhor do fundo do nosso coração e a reconhecer, em tudo aquilo que temos e somos, um dom inestimável de Deus e um sinal do seu infinito amor por nós.

2. No primeiro capítulo do Gênesis, propriamente no início de toda a Bíblia, coloca-se em evidência que Deus se alegra com a sua criação, destacando repetidamente a beleza e a bondade de cada coisa. Ao término de cada dia, está escrito: “Deus viu que era coisa boa” (1, 12. 18. 21. 25): se Deus vê que a criação é uma coisa boa, é uma coisa bela, também nós devemos assumir esta atitude e ver que a criação é coisa boa e bela. Eis o dom da ciência que nos faz ver esta beleza, portanto louvamos a Deus agradecendo-lhe por ter nos dado tanta beleza. E quando Deus terminou de criar o homem não disse “viu que era coisa boa”, mas disse que era “muito boa” (v. 31). Aos olhos de Deus nós somos a coisa mais bela, grande, boa da criação: mesmo os anjos estão abaixo de nós, nós somos mais que os anjos, como ouvimos no livro dos Salmos. O Senhor nos quer bem! Devemos agradecer a Ele por isto. O dom da ciência nos coloca em profunda sintonia com o Criador e nos faz participar da clareza do seu olhar e do seu juízo. É nesta perspectiva que conseguimos entender no homem e na mulher o vértice da criação, como cumprimento de um projeto de amor que está impresso em cada um de nós e que nos faz reconhecer como irmãos e irmãs.

3. Tudo isto é motivo de serenidade e de paz e faz do cristão um testemunho alegre de Deus, nos passos de São Francisco de Assis e de tantos santos que souberam louvar e cantar o seu amor através da contemplação da criação. Ao mesmo tempo, porém, o dom da ciência nos ajuda a não cair em algumas atitudes excessivas ou erradas. A primeira é constituída pelo risco de nos considerarmos donos da criação. A criação não é uma propriedade, na qual podemos mandar de acordo com a nossa vontade; nem, tão pouco, é uma propriedade somente de alguns, de poucos: a criação é um presente, é um presente maravilhoso de Deus que nos deu para que cuidemos dela e a utilizemos em benefício de todos, sempre com grande respeito e gratidão. A segunda atitude errada é representada pela tentação de nos pararmos nas criaturas, como se estas pudessem oferecer a resposta a todas as nossas expectativas. Com o dom da ciência, o Espírito nos ajuda a não cair neste erro.

Mas gostaria de retornar ao primeiro caminho errado: dominar a criação em vez de protegê-la. Devemos proteger a criação porque é um presente que o Senhor nos deu, é um presente de Deus para nós; nós somos guardiães da criação. Quando nós exploramos a criação, destruímos o sinal do amor de Deus. Destruir a criação é dizer a Deus: “não gosto”. E isto não é bom: eis o pecado.

A proteção da criação é justamente a proteção do presente de Deus e é dizer a Deus: “obrigado, eu sou o guardião da criação, mas para fazê-la progredir, nunca para destruir o teu presente”. Esta deve ser a nossa atitude diante da criação: protegê-la, porque se nós destruímos a criação, a criação nos destruirá! Não se esqueçam disso. Uma vez eu estava no campo e ouvi um dito de uma pessoa simples, que gostava tanto das flores e cuidava delas. Disse-me: “Devemos proteger estas coisas belas que Deus nos deu; a criação é para nós a fim de que nós a aproveitemos bem; não explorar, mas protegê-la, porque Deus perdoa sempre, nós homens perdoamos algumas vezes, mas a criação não perdoa jamais e se você não a protege ela te destruirá”.

Isto deve nos fazer pensar e pedir ao Espírito Santo o dom, o dom da ciência para entender bem que a criação é o mais belo presente de Deus. Ele fez tantas coisas boas para a melhor coisa que é a pessoa humana.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Missa em louvor a São Peregrino Laziosi (intercessor contra o mal do câncer)

Informamos a todos que, por motivo da festa de São Peregrino (04/05/2014) cair em um Domingo (Dia do Senhor), a Santa Missa em Louvor a São Peregrino Laziosi será celebrada no dia 03/05/2014 (sábado) às 17:00hs! Esperamos por você e sua família...


Papa fala de comportamentos que comunidade cristã deve ter...


"Viver em harmonia, testemunhar Cristo e ajudar os pobres são atitudes que comunidades cristãs devem preservar, explicou Francisco"

Papa Francisco celebrou Missa, na manhã desta terça-feira, 29, na Casa Santa Marta, colocando, no centro de sua homilia, a comunidade cristã. Para o Santo Padre, cada comunidade deveria verificar a própria capacidade de viver em harmonia, testemunhar a Ressurreição de Cristo e ajudar os pobres.

Francisco recordou o exemplo das primeiras comunidades cristãs, conforme retratadas na Primeira Leitura do dia. Ele se concentrou em três comportamentos desse grupo: ser capaz de plena concórdia, dar testemunho de Cristo aos de fora e impedir que seus membros sofram com a miséria.

Essas comunidades tinham um só coração e uma só alma, destacou Francisco. Havia nelas a paz, o que significa que não havia lugar para fofocas, invejas, calúnias e difamações.

“Paz e perdão. O amor cobria tudo. Para qualificar uma comunidade cristã com base nisso, devemos nos perguntar como é o comportamento dos cristãos. São mansos e humildes? Naquela comunidade, há brigas entre eles pelo poder? Brigas com inveja? Há fofocas?”

O Santo Padre reconhece que, nessas primeiras comunidades, também existiam problemas, como as disputas internas, as lutas doutrinárias e pelo poder. Mas aquele momento do início fixava para sempre a essência da comunidade nascida do Espírito, uma comunidade de testemunhas da fé. O Papa nos convidou a comparar toda comunidade de hoje com essas primeiras comunidades.

“É uma comunidade que dá testemunho da Ressurreição de Jesus Cristo? Essa paróquia, essa comunidade, essa diocese crê, realmente, que Jesus Cristo ressuscitou? Dar testemunho de que Jesus está vivo, está entre nós. E assim se pode verificar como vai uma comunidade”.

O terceiro traço sobre o qual mensurar a vida de uma comunidade é, segundo o Papa, os pobres. Francisco fala que isso pode ser feito sob dois pontos de vista.

“Primeiro: como é o seu comportamento ou o comportamento dessa comunidade com os pobres? Segundo: essa comunidade é pobre? Pobre de coração, pobre de espírito? Ou coloca a sua confiança nas riquezas, no poder? Harmonia, testemunho, pobreza e coração de pobres, é isso que Jesus explicava a Nicodemos, esse nascer do Alto. (…) Que o Espírito Santo nos ajude a caminhar nesse caminho de renascidos pela força do batismo”.

Fonte: Canção Nova 

domingo, 27 de abril de 2014

Papa Francisco canoniza João Paulo II e João XXIII



São João Paulo II e São João XXIII. Na manhã deste domingo, 27, festa da Divina Misericórdia, Papa Francisco canonizou os Papas beatos João Paulo II e João XXIII. A cerimônia acontece na Praça São Pedro e conta com a presença do Papa Emérito Bento XVI.

A cerimônia teve início às 10h (em Roma, 5h no horário de Brasílial). O rito de canonização aconteceu logo no início da Missa. O Santo Padre fez as petições, seguido do Cardeal Angelo Amato, que é o presidente da Congregação para a Causa dos Santos.

“Lemos nossa oração a Deus Pai, por meio de Jesus Cristo, para que por intercessão da Virgem Maria fortaleça com sua graça o que estamos para realizar”, disse Francisco.

Após a leitura da fórmula de canonização, com a qual os dois beatos se tornaram santos, foi realizada a procissão das relíquias dos dois santos. O momento foi sucedido pelo agradecimento dirigido ao Santo Padre pelo Cardeal Amato, que pediu a redação da carta apostólica referente à canonização, pedido ao qual Francisco já respondeu: “Ordenamos”.

Após a canonização, Francisco dá sequência à cerimônia com a celebração da Santa Missa.

Na homilia, o Santo Padre lembrou que, neste dia em que se encerra a Oitava de Páscoa, encontram-se as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado, chagas que, segundo o Papa, constituem também a verificação da fé, o sinal do amor de Deus. Ele destacou que João Paulo II e João XXIII tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus e tocar as suas mãos chagadas.

“Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão (cf. Is 58, 7), porque em cada pessoa atribulada viam Jesus. Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, da sua misericórdia, à Igreja e ao mundo”.

Francisco recordou que esses dois santos foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Embora tenham conhecido tragédias, não foram vencidos por elas, pois Deus era mais forte neles. Ele também destacou a esperança viva que revestia João Paulo II e João XXIII, uma esperança vinda da ressurreição de Cristo.

“A esperança e a alegria pascais, passadas pelo crisol do despojamento, do aniquilamento, da proximidade aos pecadores levada até ao extremo, até à náusea pela amargura daquele cálice. Estas são a esperança e a alegria que os dois santos Papas receberam como dom do Senhor ressuscitado, tendo-as, por sua vez, doado em abundância ao Povo de Deus, recebendo sua eterna gratidão”.

Enfatizando que são os santos que levam a Igreja adiante e a fazem crescer, Francisco lembrou que, na convocação do Concílio Vaticano II, João XXIII demonstrou delicada docilidade ao Espírito Santo. “Este foi o seu grande serviço à Igreja; foi o Papa da docilidade ao Espírito”.

Já João Paulo II, em seu serviço ao Povo de Deus, foi o Papa da família. “Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa da família. Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu”.

Francisco encerrou a homilia pedindo a intercessão dos dois santos para que, nesses dois anos de caminho sinodal, a Igreja seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família. “Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo, a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama”.

Na canonização dos dois beatos, estavam presentes mais de 120 delegações, das quais 24 são entre chefes de Estado e monarcas e 10 chefes de governo. O número de voluntários chegou a 26 mil e o de policiais, 10 mil.

Ao final da celebração e antes de rezar o Regina Coeli, oração mariana no tempo pascal, Francisco saudou e agradeceu a todos os que se empenharam nos preparativos da canonização e a todos os que participaram, inclusive pelos meios de comunicação.

“O meu reconhecimento vai às delegações oficiais de tantos países, que vieram para prestar homenagem aos dois Pontífices que contribuíram de maneira indelével para a causa do desenvolvimento dos povos e da paz”, disse.

Fonte: Canção Nova 

quarta-feira, 26 de março de 2014

Soberba, a “cultura do ego...


A soberba é o pior de todos os pecados. É o que levou os anjos maus a se rebelarem contra Deus, e levou Adão e Eva à desobediência e ao pecado original. Alguém disse que o orgulho é tão enraizado em nós, por causa do pecado original, que “só morre meia hora depois do dono”. 

Por outro lado, por ser o oposto da soberba, a humildade é uma grande virtude, a que mais caracterizou o próprio Jesus, “manso e humilde de coração” (Mt 11,29), e também marcou a vida de Maria, “a serva do Senhor” (Lc 1, 38); José e todos os santos da Igreja. 

São Vicente de Paulo ensinava a seus filhos que o demônio não pode nada contra uma alma humilde, uma vez que, sendo ele soberbo, não sabe se defender da humildade. Por isso, com esta arma, o maligno foi vencido por Jesus, por Maria, José, São Miguel e os santos. A soberba consiste em a pessoa sentir-se como se fosse a “fonte” dos seus próprios bens materiais e espirituais. Acha-se cheia de si mesma, mas se esquece de que tudo vem de Deus e é dom do Alto, como disse São Tiago: “Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes” (Tg 1,17).

O soberbo se esquece de que é uma simples criatura, que saiu do nada pelo amor e chamado de Deus, e que, portanto, d'Ele depende em tudo. Como disse Santa Catarina de Sena, ele “rouba a glória de Deus”, pois quer para si as homenagens e os aplausos que pertencem somente ao Senhor. 

São Paulo lembra aos coríntios que: “nossa capacidade vem de Deus” (2Cor 3,5). Aos romanos ele disse: “Não façam de si próprios uma opinião maior do que convém, mas um conceito razoavelmente modesto” (Rm 12,3). “Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisas modestas. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos” (Rm 12,16). Aos gálatas, Paulo diz: “Quem pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo” (Gl 6, 3). A soberba tem muitos filhos: orgulho, vaidade, vanglória, arrogância, prepotência, presunção, autossuficiência, amor próprio, exibicionismo, egocentrismo, egolatria etc.

Podemos dizer que a soberba é a “cultura do ego”. Você já reparou quantas vezes por dia dizemos a palavra 'eu'? Eu vou, eu acho, eu penso que…, mas eu prefiro… A luta do cristão é para que essa “força” o puxe para Deus, e não para o ego. Jesus, nosso Modelo, disse: “Não busco a minha glória” (Jo 8,50). São Paulo insistia no mesmo ponto: “É porventura, o favor dos homens que eu procuro ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar os homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Deus” (Gl 1,10). 

A soberba é o oposto da humildade. Essa palavra vem de “humus”, aquilo que se acha na terra, o pó. O humilde é aquele que reconhece o seu “nada”, embora seja a mais bela obra de Deus sobre a terra, a Sua glória, como dizia santo Irineu, já no século II. São Leão Magno, Papa e doutor da Igreja, no século V, disse que “toda a vitória do Salvador, dominando o demônio e o mundo, foi iniciada na humildade e consumada na humildade!” 

Adão e Eva, sendo criaturas, quiseram “ser como deuses” (Gen 3,5); Jesus, sendo Deus, fez-se criatura. Da manjedoura à cruz do Calvário, toda a vida de Jesus foi vivida na humildade e na humilhação. Por isso Jesus afirmou que, no Reino de Deus, os últimos serão os primeiros e quem se exaltar será humilhado. Façamos como Santa Teresinha, que procurava o último lugar.

Felipe Aquino