sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Providência ou previdência?

'Feliz quem teme o Senhor e segue seus caminhos...'

"Por que ficar tão preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo. Não trabalham, nem fiam. No entanto, eu vos digo, nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um só dentre eles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje está aí e amanhã é lançada ao forno, não fará ele muito mais por vós, gente fraca de fé? Portanto, não vivais preocupados, dizendo: ‘Que vamos comer? Que vamos beber? Como nos vamos vestir?’ Os pagãos é que vivem procurando todas essas coisas. Vosso Pai que está nos céus sabe que precisais de tudo isso" (Mt 6, 28-32).

Das pessoas sábias e maduras se diz serem capazes de prever e prover o necessário à própria vida e de sua família. Seu equilíbrio na administração dos bens lhes possibilita olhar com serenidade o futuro e manter a necessária serenidade. São ideais que atraem a todos e podem ser chamados de sonhos de estabilidade, aqui entendida num sentido amplo, abarcando todas as áreas de atividade das pessoas. Entretanto, sabemos que esse sonho está bem distante de uma grande massa da população, com tantas pessoas esforçando-se para mal e mal sobreviverem, muitas delas vivendo de sobras que as humilham e degradam. Os dois extremos não nos permitem acomodamentos, pois fomos feitos para a dignidade da vida em todos os aspectos e, ao mesmo tempo, é dever de consciência olhar ao redor e empreender todos os esforços para a elevação do nível social e econômico de todos.

E aqui entra a desafiadora pergunta sobre a ação dos cristãos e as possibilidades de anúncio do Evangelho a todos. É necessário aguardar que se eleve o nível sócio-econômico das pessoas, por estarem muito mais preocupadas com a busca do necessário pão de cada dia, para depois falar-lhes de Deus? Não é o caso de estimular nelas a busca do desenvolvimento pessoal, até porque sabemos que Deus também quer que elas cresçam? Sabemos como é traiçoeiro e falso esse raciocínio! O Evangelho é bom e é totalmente necessário que seja anunciado a todos os homens e mulheres de todos os tempos. Seria defraudar um direito fundamental recusar-se a dar a Boa Nova a quem quer que seja! E a Igreja o sabe e quer chegar até os confins da terra, levando a Palavra e o nome de seu Senhor.

Os cristãos querem praticar e propor duas atitudes. De uma parte, como base e fundamento, buscar o Reino de Deus e sua justiça, sabendo que todas as outras coisas são dadas por acréscimo (cf. Mt 6,33). É a certeza que já inspirava o salmista: "Se o Senhor não construir a casa, é inútil o cansaço dos pedreiros. Se não é o Senhor que guarda a cidade, em vão vigia a sentinela. E inútil madrugar, deitar tarde, comendo um pão ganho com suor; a quem o ama ele o concede enquanto dorme" (Sl 126, 1-2). É uma liberdade a ser cultivada no coração e nas atitudes. Ela suscita gestos de generosidade e partilha especialmente naqueles que parecem ter pouco ou menos! Não é raro assistir espetáculos de generosidade entre os mais pobres. Expressão reveladora de tais sentimentos é a tão conhecida “onde uma pessoa pode comer, duas também podem”.

O outro lado da moeda tem o nome de responsabilidade. Confiança em Deus pede fidelidade no cumprimento de todas as suas palavras. "Feliz quem teme o Senhor e segue seus caminhos. Viverás do trabalho de tuas mãos, viverás feliz e satisfeito. Tua esposa será como uma vinha fecunda no interior de tua casa; teus filhos, como brotos de oliveira ao redor de tua mesa. Assim será abençoado o homem que teme o Senhor" (Sl 127, 1-4). Também aqui os exemplos florescem em todas as partes. Quantos são os casais que chegam à plenitude dos anos testemunhando fidelidade, trabalho e esforço, vendo os filhos brotarem como ramos de oliveira! Quantas famílias maravilhosas eu tenho conhecido e visitado, nas quais a confiança absoluta na Providência de Deus estimulou também uma invejável dedicação, seja às próprias atividades laborativas, seja ao compromisso com a sociedade e com a Igreja.

Estas pessoas sabem que o Senhor Deus criou os seres humanos para serem vivos, bonitos e bem tratados. Confiantes em Deus, elas não se preocupam, mas se ocupam, sim, com toda dignidade, de suas tarefas diárias e adquirem o necessário equilíbrio. O cristão não tem direito de ser menos competente em seu campo de trabalho do qualquer outra pessoa. Sua inteligência e seus dotes pessoais foram dados para serem postos a serviço dos outros. Daí a recomendação do Apóstolo São Paulo: "Quando estávamos entre vós, demos esta regra: “Quem não quer trabalhar também não coma”. Ora, temos ouvido falar que, entre vós, há alguns vivendo desordenadamente, sem fazer nada, mas intrometendo-se em tudo. A essas pessoas ordenamos e exortamos no Senhor Jesus Cristo que trabalhem tranqüilamente e, assim, comam o seu próprio pão. E vós mesmos, irmãos, não vos canseis de fazer o bem" (II Ts 3m 10-13).

Dom Alberto Taveira Corrêa

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Nós colhemos o que semeamos...

"Se deseja mais amor neste mundo, semeie amor ao seu redor..."

O quanto e como damos é a medida do que recebemos. O banco da vida é justo e nos devolve o mesmo que antes depositamos. São Paulo nos adverte, baseado em sua própria experiência: "O que alguém tiver semeado, é isso que vai colher. Quem semeia na sua própria carne, da carne colherá corrupção; quem semeia no espírito, do Espírito colherá a vida eterna" (Gal 6, 7-8).

No Cânion do Colorado, um pai passeava com seu filho de sete anos. A manhã estava quente e o sol resplandecia num céu aberto. De repente, o pequeno cai, machuca o joelho e grita: “aaaaaahhhhh!!”

Para sua surpresa, ouve uma voz oculta que também se queixa: “aaaaaaaaahhhhhhh!!”

Curioso o menino grita: “Quem está aí?”

Das profundezas do Cânion, uma voz lhe faz a mesma pergunta: “Quem está aí?”

Irritado com a resposta anônima, o menino grita: “Covarde, por que se esconde?”.

Do outro lado, alguém lhe responde agressivamente: “Covarde, por que se esconde?”.

O menino olha para o pai e pergunta: “Que acontece?”.

O pai sorri e lhe diz: “Meu filho, preste atenção”.

Então, o pai grita para a montanha: “Te admiro”.

Do fundo do Cânion, alguém lhe confessa várias vezes: “te admiro, te admiro, te admiro”.

Mais uma vez o homem exclama: “És um campeão”.

A voz lhe responde: “És um campeão, campeão, campeão”.

O pai sussurra em voz baixa: “Te amo”.

A voz lhe responde com suavidade: “Te amo, te amo, te amo”.

O pequeno fica espantado, porém, não entende.

O pai lhe explica olhando em seus olhos: “Nós chamamos isso de eco, filho, porém, na realidade, é a vida”.

E acrescenta em voz alta: “Ela te devolve o que diz ou faz...”

Cada um colhe e recebe o que tem semeado e feito.

Se desejas mais amor neste mundo, semeia amor ao teu redor. Porém, se desejas pouco amor, dá pouco [amor]. Se esperas felicidade, dá felicidade a quem te cerca. Se queres sorriso e bênçãos, sorri e abençoa. Se gostas de colher desprezo, menospreza. Se desejas bem materiais, compartilha-os. Se busca amigos, faze-os. Se preferes solidão, fecha-te em ti mesmo. Se te interessa o meio ambiente, semeia uma árvore e não contribua com o aquecimento do planeta. Se necessitas que te escutem, escuta os demais.

Se até o dia de hoje tens colhido solidão, enfermidade, tristeza, traições, não culpes os outros. Antes, reveja suas atitudes, as sementes que tens semeado, e mude se preciso for, para que, rápido, muito rápido, possas colher frutos abundantes e permanentes (cf. Jo 16, 8-16).

José H Prado Flores

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Aniversário Sacerdotal Pe. Ataíde...



MENSAGEM EM COMEMORAÇÃO DOS 11 ANOS DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL DO PADRE ATAÍDE RODRIGUES FONTES


Pe. Ataíde,

Feliz o rebanho que o tem como pastor, pregando o Evangelho com amor, um sacerdote vivendo em prol de um mundo melhor. São João Maria Vianney dizia que: “Um bom pastor, um pastor segundo o coração de Deus é o maior tesouro que o bom Deus pode dar a uma comunidade, é uma das dádivas mais preciosas da Misericórdia Divina.”

Gostaria de agradecer em nome de toda comunidade o seu “sim”, em aceitar esta missão tão maravilhosa que Deus lhe confiou e que o senhor vem desempenhando com muito amor. Um amor de pai, que ama os seus filhos e que os mostra o caminho certo a seguir.
Como a música diz:“O vento forte que me leva pra frente é o amor de Deus.” Que o amor de Deus continue guiando seus passos; que Jesus seja seu exemplo de perfeição e de entrega; que o Divíno Espírito Santo seja fonte de tua sabedoria e que Nossa Senhora da Penha seja sua intercessora no céu.

Glorificamos ao Senhor por ter esse amigo, mensageiro da paz. Parabéns Padre Ataíde, pelos seus 11 anos de Ordenação Sacerdotal!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Ama teu próximo e compartilha o teu "milho"...

"O amor começa com as pessoas mais próximas a nós..."

Sabemos que devemos amar, porém, muitas vezes, não encontramos o caminho para começar a fazê-lo. Conhecemos o objetivo, no entanto, nem sempre está em nossas mãos a estratégia.

A resposta achamos no Novo Testamento:

Jesus disse: "Ama teu próximo"... É dizer, ao mais perto, o que está a seu alcance fazer por ele.

São Paulo, por sua parte, expressa: "Ama a todos, porém, especialmente os irmãos na fé" (Gal 6, 10).

São Pedro: quando o pescador de Cafarnaum teve êxito naquela pesca tão abundante, cujas redes quase se romperam, não capturou todos os peixes para si, mas compartilhou seu sucesso com seus companheiros que estavam do outro lado da orla. O milagre consistiu em que a barca dos outros também ficara repleta, sem que a de Pedro tivesse menos peixes.

Em uma ocasião, um jovem repórter perguntou a um fazendeiro na Argentina se ele poderia revelar o segredo do porquê, ano após ano, vencera o concurso nacional para o melhor produtor de milho. O lavrador, muito simples, confessou:

- "É que eu compartilho minhas sementes com os vizinhos".

- "Mas por que você compartilhar suas sementes com seus vizinhos, se eles também entram na mesma competição?", retrucou o repórter.

- "Veja, jovem, - disse o agricultor olhando para aqueles imensos campos – o vento que vai daqui para lá logo regressa de lá para cá e leva o pólem do milho maduro de um campo a outro. Se meus vizinhos cultivassem um milho de qualidade inferior, a polinização cruzada degradaria a qualidade do minha plantação [milho]. Se vou semear um bom milho, devo ajudar para que meus vizinhos também o façam".

O amor começa com as pessoas mais próximas a nós; é com elas que começamos a compartilhar "nossos milhos" para formar um tecido do corpo, onde se vive o Reino de Deus.

O Bom Samaritano não foi chamado para salvar todos os moribundos, apenas um foi encontrado na estrada (cf. Lucas 10, 33-35).

Aqueles que pretendem viver bem, devem apoiar aqueles que estão perto deles. E quem optar por ser feliz deve ajudar seus irmãos e amigos a encontrar a felicidade, porque a fortuna de cada um está hipotecada ao bem-estar daqueles que o cercam. Os países que querem progredir, devem incentivar os seus vizinhos a fazer o mesmo também.

Não é construindo cercas ou muros nas fronteiras que faremos progressos, mas compartilhando o "milho" da nossa alegria, paz e desenvolvimento com o mais próximo. Desta forma, vamos crescer pessoalmente e juntos com mais força.

Senhor Jesus, Tu participaste Tua divindade conosco, para nos ensinar a viver como filhos de Deus. Ensina-nos a partilhar a nossa humanidade com os outros, nossos dons e talentos, o nosso material, espiritual e intelectual.

Eu quero aprender a compartilhar o "milho" do meu tempo, minha capacidade de ouvir, a minha solidariedade, e os segredos de meus sucessos e triunfos com aqueles mais próximos a mim. Não me deixe, Senhor, construir muros para defender-me, porque eles me afastam de meus irmãos, que são Seus filhos.

Que o vento impetuoso do Teu Espírito Santo leve, daqui para lá e de lá para cá, a riqueza do melhor de nós mesmos, começando com aqueles mais próximos a nós.

José H Prado Flores

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Igreja é Comunhão...

Pelo batismo, todos somos chamados à comunhão com Deus, com a Igreja e entre nós mesmos. Todavia, para cada pessoa Deus faz um chamado diferente, ou seja, dá uma vocação. Nas nossas comunidades, é comum chamarmos de ‘vocacionados’ somente aqueles que sentem o chamado à vida sacerdotal, quando na verdade, a maioria das pessoas é chamada à vida matrimonial, que transforma o amor entre dois seres em sacramento do amor. Portanto, poderíamos dizer que todos somos vocacionados, mesmo porque, quem é batizado também participa do sacerdócio comum dos fieis, ou seja, une-se a Cristo sacerdote na oferta e no louvor a Deus.

A diferença do chamado ‘leigo’ para o presbítero, é que “aqueles que recebem o sacramento da ordem fazem parte do sacerdócio ministerial, ou seja, são ministros qualificados de Cristo para dirigir a Igreja, presidir a comunidade e administrar os sacramentos. Pela ação, devem mostrar a presença de Cristo no local onde se encontram”.

Talvez nos falte essa consciência: do quão importante somos na vida da Igreja. No Documento de Aparecida, os bispos afirmam que “os leigos são chamados a participar da ação pastoral, primeiro com o testemunho de vida, e em segundo lugar, com ações no campo da evangelização, da vida litúrgica e outras formas de apostolado, segundo as necessidades locais sob a guia de seus pastores” (no. 211). E os fiéis são importantes porque também levam Jesus Cristo a outros lugares e campos do conhecimento onde, muitas vezes, os religiosos não conseguem chegar, principalmente em matérias ligadas à ciência.

Neste sentido, é importante, interessante e estimulador que cada pessoa se considere em permanente processo de descoberta, mesmo trabalhando numa mesma pastoral há muito tempo, e principalmente, não se sinta ‘dona’ de determinado trabalho. Lembro com muito carinho, neste momento, do bispo emérito de Blumenau, Dom Angélico Sândalo Bernardino, que palestrando no evento “Povo de Deus Em Movimento”, realizado no Santuário Nossa Senhora da Paz, na Cidade Líder, em novembro do ano passado, comparou as comunidades a uma pipoqueira, e afirmou que cada um de nós é uma pipoca cheia de brilho e muito saborosa, mas no meio de nós, pipocas apetitosas, sempre há aquelas que não ‘estouram’. Na ocasião, o bispo também afirmava que se os discípulos de Jesus tivessem passado pelo seminário e ele fosse o reitor, teria mandado alguns deles embora. “Tiago e João pedem que, no Reino dos Céus, um se sente à sua direita e outro à sua esquerda; Pedro era teimoso feito uma porta, e na hora H, negou ter conhecido Jesus”, brincava.

O preparo dos jovens a futura missão presbiteral deve sim ser feito com muita cautela e dedicação. Neste sentido, é bem verdade o que afirmava o papa Paulo VI, em junho de 1968, aos padres da Igreja católica: “vocês não recebem o chamado para si mesmo, mas sim, para os outros. São homens da comunidade. E esse é o aspecto da vida sacerdotal mais bem compreendido nos dias de hoje. O serviço que vocês prestas à comunidade justifica a existência do sacerdócio. O mundo precisa de vocês, e a Igreja também”. Nos dias de hoje, eu diria mais: certamente, não deve haver maior alegria para um padre do que ver suas comunidades caminhando de forma independente, cada uma com as suas respectivas lideranças.

Nossas Igrejas estão repletas de gente talentosa, responsável pelas finanças, pela manutenção elétrica, pela liturgia, pela música, pela acolhida... Cada um exercendo sua vocação e seu papel. Mas aí também se deve ter cuidado: não é à toa que se chama ‘comunidade’. É um todo. Logo, as pastorais devem caminhar juntas. Se uma sofre ou não está indo bem, as demais devem estar ali para dar o apoio e procurar ajudar, caso contrário, criam-se guetos dentro das próprias igrejas.

É comum que, às vezes, não nos sintamos a altura do chamado de Deus: em certos momentos, podemos duvidar e questionar se, de fato, Ele fez a escolha certa para nós. Na dúvida, muitos optam apenas por participam das celebrações nas nossas comunidades e procuram realizar a missão que, certamente, é a mais difícil de todas: testemunhar e anunciar Jesus Cristo com a própria vida.

Perceba, portanto, que a Igreja é comunhão, pois para cumprir a missão com responsabilidade, os leigos precisam de uma sólida formação doutrinal, pastoral e espiritual, e adequado acompanhamento para mostrar o rosto de Deus e pregar os valores do Reino no âmbito da vida social, econômica, política e cultural (DA, no. 212). Por outro lado, se não houver gente nas nossas comunidades, de que adiantará o serviço dos padres? Há, portanto, uma relação de dependência. Sejamos, pois, Igreja, e cada vez mais, irmãos, assembleia reunida para, com alegria, celebrar a Páscoa do Senhor Jesus.

Tiago Cosmo

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Temperança: uma arma contra nossos impulsos...

"Ela assegura o domínio da vontade sobre os instintos..."

Ter domínio sobre os impulsos não é nada fácil. Inúmeras vezes fazemos afirmações que nem sempre somos capazes de cumprir. É um doce que comemos quando estamos fazendo dieta, é um palavrão que falamos, é um julgamento errado que fazemos, enfim, são inúmeros os desvios de conduta que, infelizmente, todos os dias cometemos. Quando menos esperamos estamos desacreditados de nós mesmos, de nossos bons propósitos.

Como é decepcionante cair nos mesmos erros, confessar quase sempre os mesmos pecados, viver como se estivéssemos em uma montanha-russa, ora em cima na busca pela santidade, ora embaixo, humilhados pelos pecados!

Porém, para vencer estes maus hábitos, é necessário uma virtude chamada "temperança", em outras palavras também conhecida como "sobriedade" ou "austeridade", que é a virtude moral que modera a atração pelos prazeres e procura o equilíbrio no uso dos bens criados. Ela assegura o domínio da vontade sobre os instintos e mantém os desejos dentro dos limites da honestidade, ou seja, é o controle sobre nossos impulsos, apetites e desejos, conforme nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, número 1809.

Para se ter uma ideia da importância da temperança no caminho de santidade, o Papa João Paulo II, em uma de suas catequeses sobre as virtudes, nos ensinou que: "O homem temperante é aquele que é senhor de si mesmo, aquele em que as paixões não tomam a supremacia sobre a razão, sobre a vontade e também sobre o coração, assim a virtude da temperança é indispensável para que o homem seja plenamente homem, ou seja, o homem temperante, antes de qualquer outra coisa, respeita a própria dignidade".

A temperança é, portanto, uma virtude indispensável para a maturidade do homem, pois é por intermédio dela que nos tornamos pessoas inteiras, ou seja, capazes de retamente buscarmos a santidade.

Neste processo, é importante reconhecer a nossa condição humana, sobretudo, ter a sensibilidade de identificar nossas fraquezas, investigar as causas de nossas quedas, e não temê-las, pois, na maioria das vezes, elas são mascaradas por prazeres. Assim, muitos se tornam escravos dos desejos e não vencem o desafio da sobriedade.

Ainda nos ensina o Catecismo da Igreja Católica que, para chegarmos à plenitude das virtudes, sobretudo à sobriedade, à temperança, é necessário assumirmos o dom da salvação, trazida por Cristo, suplicando a graça necessária para perseverarmos na conquista das virtudes e sempre recorrendo aos sacramentos. Dessa forma, cooperaremos com o Espírito Santo no intuito de fazer o bem e evitar o mal.

Para vencer nossos impulsos, apetites e desejos, é necessário o esforço humano amparado pela graça de Deus. Com maturidade, reconhecer nossa condição humana e, a partir daí, darmos passos rumo a uma decisão sincera a favor da sobriedade, evitando todos os excessos. Dessa forma, não seremos mais escravos, mas sim homens livres e inteiros, capazes de viver plenamente nossa condição de filhos amados de Deus, criados à imagem e semelhança d'Ele.

Ricardo Gaiotti Silva

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A felicidade mora no lar...

"A maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família..."

"Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles, poucos, que pude passar em minha casa, no seio de minha família" (Tomas Jefferson, ex-presidente dos Estados Unidos da América).

A maior alegria é colhida na família, a cada dia. A realidade que mais nos aproxima da ideia do paraíso é o nosso lar. Um homem não pode deixar ao mundo uma herança melhor do que uma família bem criada.

Alguém disse que o mundo oferece aos homens e aos pássaros mil lugares para pousar, mas apenas um ninho. Um homem que não for feliz no lar, dificilmente o será em outro lugar.

Até quando nos deixaremos enganar querendo ir buscar a felicidade tão longe, se ela está bem junto de nós? A família é o complemento de nós mesmos. Ela é a base da sociedade. Nela somos indivíduos reconhecidos e amados e não apenas um número, um RG, um CPF.

É no seio da família que cada pessoa faz a experiência própria do que seja amar e ser amado; sem o que jamais será feliz. Quando a família se destrói, a sociedade toda corre sério risco; é por isso que temos hoje tantos jovens delinquentes envolvidos nas drogas, na bebida e na violência. Muitos estão no mundo do crime porque não tiveram um lar.

Sem dúvida, a maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família. As separações arrasam os casamentos e, consequentemente as famílias. Os filhos pagam o preço da separação dos pais; e eles mesmos sofrem com isso. Quando as famílias eram bem constituídas não eram tantos os jovens envolvidos com drogas, com a violência e com a depressão.

Mais do que nunca o mundo precisa de homens e mulheres dispostos a constituir famílias sólidas, edificadas pelo matrimônio, nas quais os esposos vivam a fidelidade conjugal e se dediquem de corpo e alma ao bem dos filhos. E é isso que dá felicidade ao homem e à mulher.

Infelizmente, uma mentalidade consumista, egoísta e comodista toma conta do mundo e das pessoas cada vez mais, impedindo-as de terem filhos e famílias sólidas.

A felicidade do lar está também no relacionamento saudável, fiel e amoroso dos esposos. Sem fidelidade conjugal a família não se sustenta. Essa fidelidade tem um alto preço de renúncia às tentações do mundo, mas produz a verdadeira felicidade. Marido e mulher precisam se amar de verdade e viver um para o outro, totalmente, sem se darem ao direito da menor aventura fora do lar. Isso seria traição ao outro, aos filhos e a Deus.

A felicidade tem um preço; e na família temos de pagar o preço da renúncia ao que é proibido. Não se permita a menor intimidade com outra pessoa que não seja o seu esposo ou sua esposa. Não brinque com fogo!

A grande ameaça à família hoje é a infidelidade conjugal; muitos maridos, e também esposas, traem os seus cônjuges e trazem para dentro do lar a infelicidade própria e a dos filhos. Saiba que isso não compensa jamais; não destrua em pouco tempo aquilo que foi construído em anos de luta. Se você destruir a sua família estará destruindo a sua felicidade.

Marido e mulher precisam viver um para o outro e ambos para os filhos. A felicidade do casal pode ser muito grande, mas isso depende de que ambos vivam a promessa do amor conjugal. Amar é construir o outro; é ajudá-lo a crescer; é ajudá-lo a vencer os seus problemas. Amar é construir alguém querido com o preço da própria renúncia. Quem não está disposto a esse sacrifício nunca saberá o que é a felicidade de um lar.

Felipe Aquino

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Campanha da Fraternidade...

FRATERNIDADE E A VIDA NO PLANETA
Diocese prepara a Campanha da Fraternidade



A Campanha da Fraternidade de 2011 terá como tema “Fraternidade e a Vida no Planeta” e como lema “A criação geme como em dores de parto” Rm 8,22.

O texto base da Campanha da Fraternidade justifica a escolha deste tema afirmando que as intempéries climáticas que andam assolando a população de forma cada vez mais intensas e em quantidade sempre crescente, exige de todos nós uma maior reflexão.

Com o objetivo de preparar e motivar as lideranças de nossas comunidades para vivenciar e trabalhar a Campanha da Fraternidade a equipe diocesana coordenada pelo Pe. Ataide Rodrigues Fontes, programou encontros sobre o tema.


Programação

04/02 - 20h00 – Região São Miguel – Catedral

11/02 – 20h00 – Região Penha – Santuário Eucarístico

18/02 – 20h00 – Região Itaquera e Setor C. Líder – Igreja do Carmo

22/02 – 9h00 – Para os padres - Seminário Diocesano

25/02 – 20h00 – Setores Guaianases e C. Tiradentes – São Benedito

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Mentes vencedoras e mentes derrotadas...

"Quando não lutamos estamos nas mãos dos nossos adversários..."

Quando o povo hebreu saiu do Egito, houve dois acontecimentos muito parecidos: a passagem do Mar Vermelho (saída do Egito), e a passagem do Rio Jordão, na fronteira da Terra Prometida.

O primeiro acontecimento foi para levantar o ânimo dos fugitivos escravos, o que chamamos hoje de autoestima. Com esta experiência eles se sentiram capazes de superar problemas invencíveis. Era a gasolina que necessitavam para atravessar as inclemências do deserto e poder vencer o número de obstáculos que ainda se apresentariam.

O segundo acontecimento, a passagem do Rio Jordão, era para que os habitantes de Canaã constatassem que o povo hebreu era acompanhado por um Deus poderoso, fiel à aliança e que cumpriria a promessa de entregar-lhes a Terra Prometida. Os habitantes de Jericó perceberam que se tratava de um Deus poderoso, que caminhava ao lado dos hebreus e era capaz de intervir com uma força sobrenatural para cumprir as promessas.

Josué enviou alguns espiões que exploraram e analisaram cuidadosamente tudo o que se referia aos moradores de Canaã. Os "repórteres" trouxeram duas versões.

A versão pessimista: "São gigantes invencíveis. Suas muralhas chegam ao céu. Somos simples gafanhotos a seus pés". Sim, se tratava de um exército invencível, que tinha armas defensivas (as muralhas) e armas ofensivas (gigantes bem armados).

A versão otimista: "A terra é bela, a mais bela de todas as terras. Vale a pena todo esforço". Mas o mais importante foi que desde antes de entrar em Canaã, Josué já havia imaginado as aspirações dos povos nômades, sedentos de território. Josué realiza então um gesto simbólico e profético: Antes da batalha, divide o território. "Vamos tomar esta terra hoje mesmo. Ela é nossa". Está seguro que vai ganhar a batalha. Quem não tem a certeza da vitória na mente, jamais a conseguirá no campo de batalha da vida.

Assim, quando os hebreus chegaram à fronteira da Terra Prometida, sua fama e façanhas já haviam penetrado as fronteiras de Canaã e haviam conquistado a mente de seus inimigos, pois começaram a ter medo.

Os habitantes de Jericó tinham tudo para derrotar facilmente um exército que ainda estava à sombra da escravidão. Eles [os hebreus] eram nômades, sem armas, sem experiência ou poder militar. No entanto, os moradores de Jericó decidiram não lutar. Diz a Palavra que Jericó "estava trancada dentro de seus muros e barreiras". Eles olhavam uns para os outros e o medo crescia entre si. Já estavam derrotados, porque não queriam lutar.

A tática de Josué: dar 7 voltas ao redor da cidade para fazer crescer o temor de um ataque que não veio.... "De uma forma ou outra, vocês cairão em nossas mãos", disse ele. O medo cresceu tanto que decidiram não se defender. Já tinham renunciado atacar os hebreus. Agora, ruem e caem as muralhas defensivas de suas vidas. Eles foram, então, presas fáceis para os inimigos que eram bem menos fortes e capacitados.

Por que perdeu Jericó? O problema deles foi não atacar e não se defender, pois se deram por vencidos antes da batalha.

Tiveram medo da fama que precedia os hebreus: Seu Deus era um Deus poderoso. Os hebreus conquistaram Jericó não porque suas paredes caíram por milagre, mas porque seus habitantes não queriam lutar, pois se deram por derrotados antes mesmo de entrar na batalha.

Por que ganharam os hebreus?

Eles tomaram posse antes de entrar no território. Eles estavam convencidos da vitória. Sua mente era uma mente vitoriosa. Eles tinham um Deus poderoso ao lado deles, que os fez passar o Mar Vermelho para dar-lhes autoconfiança.

Quando cruzamos os braços e não lutamos, estamos nas mãos dos nossos adversários. Quando decidimos atravessar o "Jordão" não podemos voltar atrás, então não há outra estrada a não ser a luta e a vitória até o fim. Quando conhecemos os pontos fortes e fracos do inimigo ou a empreitada queremos ganhar, estamos mais bem preparados para enfrentar a batalha.

Quando num ato real, tomamos posse do desafio que está diante de nós, então somos capazes de superá-lo. Mas acima de tudo, na vitória ou na derrota existe um fato definitivo: o Deus que nos libertou da escravidão, conduzindo-nos através do deserto, nos prometeu uma terra.

Quando fizemos a experiência da passagem do "Mar Vermelho", a passagem da escravidão, perdemos o medo de outros problemas. Quando escolhemos um largo caminho, já não podemos voltar atrás. Só fica aberta a possibilidade da vitória.

Quando sabemos que tudo depende de uma promessa feita por Deus, as nossas atitudes mudam, porque temos confiança e esperança. Sabemos que alcançaremos a vitória porque Deus prometeu e Ele é fiel.

José H Prado Flores

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A importância de entronizar a cruz de Cristo em sua casa...

"Ela defenderá nossos filhos de tanta imoralidade..."

A cruz é o sinal dos cristãos e sinal do Deus vivo. "Não danifiqueis a terra nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de nosso Deus em suas frontes" (Ap 7,3).

Esse sinal, o profeta Ezequiel já anunciava como sendo a cruz, o Tau. Quando Jerusalém mereceu o devido castigo pela idolatria cometida, esse profeta anunciou que Deus assinalou com a cruz os inocentes para protegê-los. "Percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca com uma cruz na fronte os que gemem e suspiram devido a tantas abominações que na cidade se cometem" (Ez 9,5).

Desde que Jesus libertou a humanidade da morte, do pecado e das garras do demônio, a cruz salvífica passou a ser o símbolo da salvação. A festa em honra da santa cruz foi celebrada pela primeira vez em 13 de dezembro do ano 335, por ocasião da dedicação de duas basílicas de Constantino, em Jerusalém: do "Martyrium" ou "Ad Crucem" sobre o Gólgota; e a do "Anástasis", isto é, da Ressurreição.

Santa Helena, a mãe do imperador [Constantino], foi buscar a cruz de Cristo em Jerusalém. A partir do século VII, comemora-se a recuperação da preciosa relíquia por parte do imperador bizantino Heráclio em 628; pois a cruz de Cristo foi roubada 14 anos antes pelo rei persa Cosroe Parviz, durante a conquista da cidade Santa de Jerusalém.

Nesses dois mil anos, a cruz passou a ser o símbolo da vitória do bem sobre o mal, da justiça contra a injustiça, da liberdade contra a opressão, do amor contra o egoísmo, porque, no seu lenho, o Cristo pagou à Justiça Divina o preço infinito do resgate de toda a humanidade.

Em todas as épocas a santa cruz foi exaltada. O escritor cristão Tertuliano († 200) atesta: "Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando vamos deitar, quando nos sentamos; nessas ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa com o sinal da cruz" (De corona militis 3).

São Hipólito de Roma (†235), descrevendo as práticas dos cristãos do século III, dizia: "Marcai com respeito as vossas cabeças com o sinal da Cruz. Este sinal da Paixão opõe-se ao diabo e nos protege dele se é feito com fé; não por ostentação, mas em virtude da convicção de que é um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o Cordeiro verdadeiro; ao fazer o sinal da cruz na fonte e sobre os olhos, rechaçamos aquele que nos espreita para nos condenar” (Tradição dos Apóstolos 42).

Muitas pessoas importantes se valiam do sinal da Cruz em momentos de perigo, de decisão e na iminência da morte, como forma de alcançar a serenidade necessária em momentos cruciais. Os primeiros cristãos faziam o Sinal da Cruz a cada instante. Assim afirma São Basílio Magno (†369), doutor da Igreja: "Para os que põem sua esperança em Jesus Cristo, fazer o Sinal da Cruz é a primeira e mais conhecida coisa que entre nós se pratica". Santa Tecla, do primeiro século, ilustre por nascimento, foi agarrada pelos algozes e conduzida à fogueira; fez o Sinal da Cruz, entrou nela a passo firme e ficou tranqüila no meio das chamas. Logo uma torrente de água desabou e o fogo apagou. E a jovem heroína saiu da fogueira sem ter queimado um só fio de cabelo. Os santos não deixavam o Crucifixo; em muitas de suas imagens os vemos segurando o crucificado, porque no Cristo crucificado colocavam toda a sua segurança e esperança.

Em 1571, Dom João D'Áustria, antes de dar o sinal de ataque na Batalha de Lepanto, em que se decidia o futuro da cristandade diante dos turcos otomanos agressores, fez um grande e lento sinal da cruz repetido por todos os seus capitães e a vitória logo aconteceu. Por estes e outros exemplos, vemos quão poderosa oração é o sinal da cruz. De quantas graças nos enriquece esse sinal, e de quantos perigos preserva nossa frágil existência.

A cruz de Cristo vence o pecado. À vista d'Ele desaparece todo o pecado. Santa Joana d'Arc morreu na fogueira de Rouen, em 1431, injustamente, segurando um crucifixo, olhando-o e repetindo: "Jesus, Jesus, Jesus...".

Quando Dom Bosco se cansava das artes dos seus meninos e parecia querer desistir da missão, sua boa mãe, Margarida, apenas lhe mostrava o Cristo Crucificado e ele retomava sua luta em prol da juventude desvalida.

Mais do que nunca hoje, quando tantos perigos materiais e espirituais ameaçam a família, atacada de todos os lados pela imoralidade que campeia entre nós, é fundamental que as famílias cristãs entronizem a cruz de Cristo em seus lares, de maneira solene. Ela defenderá nossos filhos de tanta imoralidade.

Desta cruz nasceram os Sacramentos da Igreja, que nos salvam. Desta cruz sairá a força de que pais e mães precisam para educar os filhos na verdadeira fé do Cristo e da Igreja. Olhando a cada momento para o Cristo tão cruelmente crucificado, flagelado, coroado de espinhos, teremos força para vencer as lutas de cada dia.

Diante da cruz de Cristo o demônio não tem poder, porque ele foi nela vencido, acorrentado como um cão, como dizia Santo Agostinho. O exorcista, acima de tudo, empunha o crucifixo. Mais do que nunca hoje, quando as forças do mal querem arrancar o crucifixo de nossas ruas e praças, precisamos colocá-lo em nossas casas, também como prova de nossa fé.

A sua casa precisa ser protegida pela santa cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Felipe Aquino

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Parabéns Dizimistas...


A comunidade Santa Teresinha do Menino Jesus felicita a todos os dizimistas aniversariantes do mês de fevereiro:


01/02 Leo Marcos Santos Lima

01/02 Eglair Veronezi

02/02 Maria Auxiliadora de Brito

02/02 Elizabeth Buzahr

03/02 Maria Aparecida Carvalho Dutra

05/02 Valquiria Barbosa Vasques

09/02 Lazaro Cândido de Souza

12/02 Andrea Hernanz

13/02 Ana Miranda Postigo

15/02 Armindo Carlos Antonio

20/02 Analina Marques Barbosa

21/02 Claudio Frias

23/02 Joana Mileo Ivo Sanches

24/02 Mario Sergio Sani

27/02 Marli Marcondes

27/02 Maria Gerusa Oliveira Santos

28/02 Francisca Benvindo da Costa


Muito obrigado por colaborar na manutenção e edificação da Casa do Senhor!

Que Deus vos abençoe e vos guarde e que Santa Teresinha derrame sobre vós uma chuva de graças e bençãos!