segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Conhecer-se a si mesmo...

'Quando começamos a nos conhecer, vencemos as ilusões sobre nós mesmos...'

Conhecer-se a si mesmo! Essa velha máxima dos gregos atravessou milênios e chegou a nós cheia de vida e de importância. Sem se conhecer você não pode se construir como convém. E esta não é uma tarefa fácil. Ninguém se torna maduro e equilibrado sem se conhecer. Temos que ter coragem de olhar as escravidões e traumas que o passado possa ter deixado em nossa vida, não importa por quem e como, e buscar a liberdade e o equilíbrio.

Vivemos acreditando em um montão de coisas que não podemos ter, que não podemos ser, que não vamos conseguir. A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes!

Reconheça os seus valores e os empregue para o bem dos outros. Isso não é egoísmo nem soberba. Humildade não é ficar se desvalorizando ou pisando em si mesmo, é ser fiel à verdade sobre você.

Quando começamos a nos conhecer, vencemos as ilusões sobre nós mesmos; vamos deixando as máscaras e falsidades; deixamos o “palco” e entramos na vida real.

Quando você olha a vida de frente, toma posse dela. Não tenha medo de constatar as suas forças, fraquezas e erros. Assuma tudo e recomece a corrigir o que estiver errado, com calma e perseverança. Não é fácil se enfrentar e se superar, mas é necessário. É preciso querer. Saiba que os nossos comportamentos têm causas boas ou más; investigue-as; só assim você vai se conhecer. Sem medo. Não se esqueça, é claro, de anotar os seus valores; faça uma contabilidade correta. Na verdade, você vai descobrir que é um pouco santo e um tanto pecador; um tanto sábio e outro tanto tolo; um tanto mentiroso e um tanto honesto; um tanto qualificado e um tanto incompetente; um tanto alegre e um tanto triste... e mais.

Mas aprenda a amar-se e a aceitar-se com a devida tolerância para consigo mesmo. Quando fazemos um exame profundo de nosso interior experimentamos renascer em nós a liberdade e a vida. Assim os fantasmas da alma desaparecem e o seu verdadeiro eu pode erguer-se.

Preste atenção naquilo que as pessoas honestas falam de você, e você se conhecerá um pouco mais.

O que mais acontece nos relacionamentos humanos é o fato de as pessoas não verem e não assumirem as suas falhas, tentando sempre empurrar as culpas das coisas erradas para os outros; é o chamado “bode expiatório”.

Temos também que ter coragem de aceitar as boas críticas, pois nos fazem mais bem aqueles que honestamente nos criticam do que aqueles que nos bajulam. Os primeiros nos ajudam a crescer, os outros nos fazem orgulhosos.

Se você aprender a lidar com você mesmo, lidar com os outros será mais simples e você será feliz.

Felipe Aquino

sábado, 27 de agosto de 2011

Investidura dos novos Acólitos e Coroinhas...



Foi com grande felicidade que no último domingo (21/08/11) na solenidade da Assunção de Nossa Senhora foram investidas 2 acólitas: Thais e Lilian e 8 coroinhas: Gabriela, Larissa, Kaique, Luciano, Sarah, Thayssa, Pamela e Joyce. Em uma belíssima Missa, presidida pelo Pe. Ataíde Rodrigues Fontes.

Após muitos anos de luta e preparação o grande dia enfim chegou, todos muito anciosos e felizes em viver este grande momento em suas vidas, receberam as novas vestes que foram abençoadas e fizeram o juramento do seu serviço ao altar e a santa liturgia diante de toda a comunidade reunida. Por fim, uma mensagem de agradecimento e uma bela homenagem dos padrinhos aos seus afilhados.


Abaixo a mensagem de agradecimento:

Ser acólito e coroinha é estar a serviço: a serviço do altar e do próximo. Servir ao altar não é apenas ajudar o padre, transportar os objetos litúrgicos ou executar as funções que lhe são próprias. Servir ao altar é muito mais: é participar do Mistério Pascal de Cristo, ou seja, da Paixão-Morte-Ressureição de Cristo. Servir ao altar é estar aos pés da cruz, é contemplar o Cristo ressuscitado com os olhos da fé e viver alegremente o Evangelho.

Estar a serviço do próximo é estar pronto para a doação e a entrega, é ser amparo e consolo para os que necessitam, é saber amar e viver a caridade. A vida de Cristo foi dedicada a servir o próximo. Da mesma, forma coroinhas e acólitos são chamados a servir como Cristo.

No seu serviço deve-se buscar sempre a alegria e a disposição, o contato fraterno e amigo, o respeito e a dedicação às coisas sagradas. O jovem deve demonstrar que vive sua fé, que observa os Mandamentos de Deus e que procura sempre ser justo e correto. Deve continuamente dar testemunho de que Cristo é o seu Senhor e Mestre.

Na vida de acólito e coroinha a oração é fundamental. É pela oração que o jovem aprende a se relacionar com Deus, a se tornar íntimo do Senhor. Na oração recebem-se as graças de Deus, o auxílio para os momentos difíceis e a força para superar o pecado e as falhas pessoais. Sem oração não se pode servir ao altar, pois como vamos estar com Cristo se não temos intimidade com Ele? É a oração que permite ao jovem exercer o seu serviço ao próximo e ao altar de forma digna.

Ser acólito e coroinha é viver a Eucaristia, é viver Cristo em todos os momentos da vida. A Eucaristia é a fonte de todas as graças, é alimento que fortalece a alma e nos conduz ao Pai. Ao viver a Eucaristia, os jovens servidores do altar vivem o seu ministério de serviço com mais dignidade, dedicação, oração e amor e, assim, santifica-se e aproxima-se cada vez mais de Deus.

Com esta mensagem gostariamos de agradecer primeiramente a Deus, pela graça de nos chamar a este serviço; a Nossa Senhora, neste dia em especial, por estar sempre junto ao Pai intercedendo por todos nós. E a todos os que nos apoiaram e que nos deram forças para seguir e chegar a esse momento de nossas vidas. Aos padres, nossos pastores, aos nossos pais e padrinhos e ao nosso coordenador que nos instruiu para que empenhados possamos servir o mais dignamente possível o altar de Deus na Santa Missa. Pedimos também a todos vocês, para que sempre nos coloquem em suas orações para que continuemos servindo com grande amor a Jesus na Santa Missa.


Pastoral dos Acólitos e Coroinhas.

domingo, 21 de agosto de 2011

Jornada Mundial da Juventude 2013: Brasil.



Eram 11:39h (6:39h de Brasília) quando o papa Bento XVI, finalmente, anunciou o que todos os brasileiros esperavam: o Rio de Janeiro será sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013. Assim que o papa fez o anúncio, os brasileiros, agitaram suas bandeiras e gritaram o nome “Brasil, Brasil”, que ecoou em meio aos quase dois milhões de pessoas que se reuniram para a missa de encerramento da 26ª JMJ no aeródromo Quatro Ventos, em Madri.

Um grupo de jovens brasileiros recebeu dos madrilenhos a Cruz e o ícone da Jornada, que percorrerão as dioceses de todo o Brasil. A chegada dos símbolos será em São Paulo, no próximo dia 18 de setembro.

Bento XVI chegou a Quatro Ventos ás 8:45h (hora local) e percorreu todo o aeródromo de papamóvel, sendo saudado pela multidão, que não se cansava de gritar seu nome e dizer: “Esta é a juventude do papa”. Cansado, mas feliz, o papa saudava a multidão que passou a noite no local em vigília, iniciada ontem pelo papa. A missa começou por volta das 9:30h.

Em sua homilia, o papa disse aos jovens que “não se pode seguir a Jesus sozinho”. “Quem cede à tentação de ir por sua conta ou de viver a fé segundo a mentalidade individualista, que predomina na sociedade, corre o risco de não de não encontrar nunca a Jesus Cristo, ou de seguir uma imagem falsa dele”, afirmou Bento XVI.

O papa pediu aos jovens que amem a Igreja e os incentivou a participarem nas paróquias, comunidades e movimentos e a participarem da missa aos domingos e se confessarem regularmente, além de uma assídua vida de oração. Ele lembrou que a Igreja não é uma "simples instituição humana, como outra qualquer, mas está "estreitamente unida a Deus".

Bento XVI pediu, ainda, que os jovens deem testemunho de sua fé no mundo. “O mundo necessita do testemunho de vossa fé, necessita certamente de Deus”. Ele os exortou a serem discípulos missionários de Jesus Cristo em outros países “onde há multidão de jovens que aspiram a coisas maiores”.

O papa foi saudado, no final da missa, pelo presidente do Pontifício Conselho para os Leigos que repetiu o lema que mais se ouviu pelas ruas de Madri nesta Jornada: “Esta é a juventude do papa”, ao que os jovens responderam com longo aplauso.

Bento XVI também benzeu o crucifixo, que todos receberam em suas mochilas no início da Jornada. Ele entregou o crucifixo a cinco jovens e fez o envio de todos. Ao se despedir, reforçou o pedido para que os jovens sejam missionários. "Convido-vos a dar um testemuno destemido de vida cristã diante dos outros. Assim sereis fermento de novos cristãos e fareis com que a Igreja se levante robusta no coraçao de muitos", destacou.

Antes do embarque para Roma hoje, o papa tem breve encontro com os voluntários que trabalharam na jornada às 17:30h (hora local). O embarque para a Itália está previsto para as 18:30h.

sábado, 20 de agosto de 2011

Assunção de Nossa Senhora



Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: "A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial."

Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se "Dormição", porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de "Assunção de Nossa Senhora ao Céu", isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte.

É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos.

Esta a fé universal na Igreja desde tempos remotíssimos. A Virgem Maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado. Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio real da glória. Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.

Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dons de Deus...

'O espetáculo da paternidade e da maternidade continue a ser dado a público.'

“Quem herda, não rouba”. Foram inúmeras as vezes em que ouvi de meu pai essa frase, referindo-se às marcas que se transmitem de geração a geração. Se somos únicos quanto à dignidade pessoal, dom irrevogável de Deus (Cf. Rm 11,29), o Senhor nos concedeu uma série de valores, transmitidos de geração em geração, a serem ciosamente guardados, conservados e passados adiante com fidelidade. No varejo dos contatos com as pessoas, tenho aprendido a respigar lições do cotidiano. Não dá para viver distraído, e aproveito o Dia dos Pais para comunicar algumas delas.

“Minha filha está cruelmente atormentada por um demônio” (Mt 15, 21-28) é o grito de uma mãe dirigido a Jesus. “Minha filhinha está nas últimas” (Mc 5, 23), diz ao Senhor um dos chefes de sinagoga, chamado Jairo. Meu filho, minha filha! Nesta relação se encontra a comunicação positiva de uma imagem, a da paternidade e da maternidade. Ao cumprimentar nestes dias um casal amigo que faz festa pelo casamento da filha, faz-se presente em minhas orações o pedido de que o santo orgulho dos pais seja conservado em nossas famílias. Muitos casais possam ostentar, sim, com imensa alegria, um verdadeiro troféu que simboliza o amor vivido, a graça de passar adiante a vida recebida.

Outro casal esperava o filho que estuda fora e conversávamos no aeroporto. Orgulhosamente, ao apresentar-me o rebento, o pai dizia que já começam a referir-se a ele como “o pai” daquele filho médico. E não se sentia diminuído. Sua felicidade é ser pai, e o filho fica maior! E ninguém fica complexado ao mudar de status! É porque pai que se preze quer ver o filho crescer! Já se superou o conflito e a competição tantas vezes presentes quando os filhos são adolescentes. De fato, os pais se perpetuam no crescimento dos filhos, que são diferentes, mas não deixam de ser filhos.

Aproximam-se de mim um homem e uma mulher, ao final da Missa, numa de nossas paróquias. Repete-se um pedido que se faz, graças a Deus, muito frequente, de que toque e abençoe a linda e imensa barriga da mulher que estava para dar à luz nos dias seguintes. Não posso me omitir e faço festa pela vida! Sejam muitas as mulheres grávidas a pedir à Igreja a bênção antes do parto! Muitas vidas sejam preparadas, ainda no ventre materno, para o banho batismal, como expressa o rito desta bênção. Multipliquem-se o rumor, o sorriso e o choro das crianças em nossas igrejas! Vejam-se mulheres amamentando, homens quais marinheiros de primeira viagem, desajeitados com crianças no colo ou aprendendo a trocar fraldas. O espetáculo da paternidade e da maternidade continue a ser dado a público!

Um jovem casal, cujo matrimônio tive a alegria de abençoar, passou por momentos difíceis, pois os médicos previam dificuldades quanto à saúde da criança. Antes de vir à luz a desejada criança, vi os dois se desdobrando em atenções e cuidados. Houve apreensão, medo do futuro, alegria por ver que tudo agora está bem, enquanto aguardam o iminente nascimento da criança. O amor dos dois os faz prontos para enfrentar dificuldades. No correr da vida, serão muitas as surpresas, tantas as noites em claro, muito maiores as alegrias! Aprendizado inigualável, sinfonia executada pelos vários artistas da existência, na mais bonita das escolas, a do lar!

Faço propaganda do casamento! O matrimônio é um sacramento, canal que simboliza e comunica a graça de Deus para duas pessoas chamadas, por vocação, a oferecerem a Deus a capacidade de se amarem mutuamente como matéria a ser transformada em sinal do amor de Cristo e da Igreja. Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (Cf. Ef 5, 21-33), escolhendo a união exclusiva, fecunda e fiel de um homem e de uma mulher como sinal de tal amor. Não se trata de “morar juntos”, mas de transformar a vida dos dois que se casam, de forma a poderem dizer ao mundo: “vejam aqui a presença de Deus”!

A vida digna será sempre cultivada na família. Sonhamos juntos, Igreja e Casais, com a família segundo plano de Deus. Nossa geração seja digna a ponto de não desperdiçar seus valores, mas, antes, transmiti-los aos que vierem depois de nós. É assim que queremos viver a Semana Nacional da Família, que se celebra a partir do Dia dos Pais. E a todos os que receberam a graça da paternidade, o abraço e a bênção!

Dom Alberto Taveira Corrêa.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Como está a nossa vida de católicos?

Como vimos na primeira leitura fazíamos parte do povo excluído, mas por causa do amor de Deus, a salvação foi revelada a todos os povos. O amor de Cristo nos deu a salvação.

"Eis que uma mulher cananeia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” Mas, Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. Jesus respondeu: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. Mas, a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus, e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” Jesus lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”. A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E desde esse momento sua filha ficou curada." (Mateus 15,21-28)

Nesse Evangelho a mulher é desprezada, mas ela reconheceu o Cristo como o Mestre, nós também precisamos viver assim com o Cristo.

Como está sua busca da Santa Missa? Porque o mandamento de Deus diz “guardai os domingos e os dias de festas”. O domingo é o dia de Santa Missa.

A Igreja também nos pede nos confessarmos ao menos uma vez por um ano, mas se podemos fazê-lo mais vezes claro que é muito bom, porque a confissão é para todas as vezes que caímos em pecado mortal.

Como está a nossa vida de católicos?

Padre Rogério Andrade

sábado, 13 de agosto de 2011

Dia dos Pais - Significado e orações...

'Os pais têm um papel importante na formação do caráter dos filhos...'

O mês de agosto é o Mês das Vocações. Dentro da vocação familiar, da feliz união entre um homem e uma mulher, nós celebramos a cada segundo domingo de agosto o Dia dos Pais. Equilibrando erros e acertos, os pais têm um papel importante na formação do caráter e no decorrer da vida dos filhos.

Os pais acompanham seu crescimento, seu desenvolvimento intelectual e se esforçam para dar aos filhos conforto, boa alimentação, educação de qualidade. E, em geral, procuram orientá-los para que possam enfrentar o mundo, com suas alegrias, com seus dissabores. Acompanham-nos em suas vitórias, em seus fracassos, em suas lutas.

É claro que há exceções, mas essas exceções só confirmam a regra porque pais que não se preocupam com seus filhos não estão no seu estado natural, normal. O mundo de hoje apresenta anomalias absurdas. Temos notícia de pais que torturam seus filhos, que os desrespeitam, que espancam ou matam a mãe na presença dos filhos. Mas isso não é o correto, o desejável, a razão pela qual Deus os fez pais.

A família – o Lar cristão – Igreja doméstica – Santuário da vida – é a célula básica da sociedade. Deus nos coloca numa família para que nela aprendamos a amar e, porque aprenderemos a amar sem medidas, Ele espera que extravasemos esse amor para a vizinhança, para o bairro, para toda a cidade, para o mundo.

Dentro da família, o pai é o apoio, o amparo, a proteção, tal como São José o foi na Sagrada Família. Precisamos de muitas orações pelos pais, para que eles tenham saúde, caráter, amor no coração e para que eles sejam amados e respeitados pelos seus filhos, que se espelharão neles [pais] para construir a própria vida.

E, mais importante do que tudo isso, que nossos pais sejam educadores de seus filhos na fé, transmissores da fé católica e deem testemunho de discípulos-missionários de Jesus Cristo.

Uma prece especial fazemos pelos pais e avôs que já nos precederam no convívio celeste da comunhão dos santos. Da mesma maneira, aos pais presentes, que Deus abençoe os pais de todo o mundo. Sendo eles abençoados, as famílias o serão e a humanidade poderá conhecer uma vida melhor.

Dom Eurico dos Santos Veloso

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Medo de Deus...

'Nossa história é parecida com as aventuras dos heróis da fé...'

“Pai, chegou a hora. Glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique, assim como deste a ele poder sobre todos, a fim de que dê vida eterna a todos os que lhe deste. Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste” (Jo 17, 1-3).
“Qual é o teu nome? – Moisés! O que pedes à Igreja de Deus? – A fé! E esta fé, o que te dará? – A vida eterna!” Assim começou a Celebração Eucarística em que um jovem estudante de vinte e um anos recebeu o Batismo, a Crisma e a Primeira Eucaristia. São os Sacramentos da Iniciação Cristã. Na mesma ocasião, seu irmão Henrique foi crismado.

A Assembléia litúrgica era composta de adultos, jovens e uma centena de crianças, que participavam do Festival das Crianças promovido pela Comunidade Sementes do Verbo em Icoaraci, nesta nossa Arquidiocese de Belém. O sorriso e a firmeza com que ouvi estas respostas iniciais do Rito que presidi com alegria me fizeram refletir sobre o nosso contato e o nosso trato com Deus.
O candidato à iniciação cristã ouviu a Palavra de Deus e antes do Batismo renunciou ao pecado, à divisão e ao demônio. Mergulhado na piscina batismal, dali saiu homem novo, foi ungido com o dom do Espírito Santo e admitido pela primeira vez à Ceia Eucarística. O sorriso continuava resplandecente, como, aliás, posso testemunhar nas muitas semelhantes celebrações a que presidi. Não havia tristeza, constrangimento, receio ou medo de Deus.

Quem pede o Batismo não o faz para que alguém controle a sua vida, cerceando seus impulsos em busca de liberdade. Querer ser e viver como cristão eleva a alma humana, faz ser melhor e ser mais livre! Não somos, diante de pessoas que têm outras convicções, homens e mulheres complexados, como se o pensar e o viver mundano fossem melhores. Não há nada mais digno na existência do que fazer a oblação livre da própria liberdade diante de Deus. Vale recordar a palavra de Jesus: “Se permanecerdes em minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8, 31-32).

A Sagrada Escritura reflete o aprendizado de muitas gerações no contato com Deus, superando o medo diante da presença sagrada, que atrai e provoca muitas vezes estupor. Moisés, na montanha sagrada, iniciou seu caminho de intimidade com Deus. Mas começou tirando as sandálias numa terra santa, deu desculpas quando chamado à missão, enfrentou e superou as próprias inseguranças. Foi testemunha de grandes sinais e prodígios. No final, ficou o relacionamento pessoal: “O Senhor falava com Moisés face a face, como alguém que fala com seu amigo” (Ex 33,11). À morte, registra o Livro do Deuteronômio: “Nunca mais surgiu em Israel profeta semelhante a Moisés, com quem o Senhor tratasse face a face, nem quanto aos sinais e prodígios que o Senhor lhe mandou fazer no Egito, contra o Faraó, seus servidores e o país inteiro, nem quanto à mão poderosa e a tantos e tão terríveis prodígios que Moisés fez à vista de todo o Israel” (Dt 34, 10-12).

Elias, cujo ministério representa todo o profetismo do Antigo Testamento, também passou pelo aprendizado do contato com Deus. Vento impetuoso, terremoto, fogo, brisa suave. É diante da brisa leve que ele cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta (cf. I Rs 19,9.11-13). Deus não é encontrado na agitação interior ou exterior, mas quer ouvir e ser ouvido!

Os discípulos de Jesus (cf. Mt 14, 22-33) escutaram do Senhor palavras consoladoras: “Coragem! Sou eu! Não tenhais medo!” e Pedro, tão parecido conosco, é chamado fraco na fé para se tornar rocha! Aprendeu a viver e deu sua vida por Jesus.

Nossa história é parecida com as aventuras dos heróis da fé. Não nascemos heróis, mas podemos, com a graça de Deus, vencer as sombras interiores que nos apavoram. Não custa acender a luz! E a Palavra de Deus é luz para o nosso caminho! E muitas pessoas, ao nosso redor, estão suplicando que sejamos iluminados por Aquele que é Luz do mundo, quais luzeiros que transformam em dia claro as sendas que percorrem.

Dom Alberto Taveira Corrêa

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Colírio da vida...

'Quem vê somente o óbvio não enxerga...'

A vida é sempre imprevisível. Aliás, se fosse programada seria muito triste. Que bom que a vida foge de nossos programas. Ela é sempre maior que nossos planos e projetos. Nem sempre veremos os resultados do que fazemos. Nenhuma semente jamais vê a flor ou o fruto. É bom lembrar essa verdade, especialmente diante dos momentos difíceis que teremos de superar.

Um dos grandes segredos para um coração curado é aprender a enxergar a vida pelo ângulo correto. Ainda que os acontecimentos sejam difíceis, a chave para nossa felicidade está no modo como reagimos.

Do mesmo jeito que a poeira atrapalha nossa visão, e de vez em quando é preciso pingar algumas gotas de colírio para limpar os olhos e tirar o ardume, os olhos do nosso coração precisam receber muitas gotas do colírio da vida, com o qual Jesus veio nos presentear pela graça da cura nterior.

“[...]desvencilhemo-nos das cadeias do pecado. Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus (…) e não vos deixeis abater pelo desânimo (Hb 12,1b.3).

O desânimo que nos abate é muito mais fruto do modo como olhamos para os problemas do que dos problemas em si. Temos aqui dois grandes segredos: enxergar com os olhos do coração e mirar no alvo seguro apontado por Jesus.

Assim como um bom músico educa seu ouvido para perceber as pequenas vibrações dos acordes, precisamos educar nossos olhos e os olhos do nosso coração. Isso requer tempo e persistência. Para isso necessitamos de um bom mestre, tal como um aluno de artes plásticas necessita que seu professor lhe empreste os olhos para observar os detalhes de uma obra: cor, luz, sombra, profundidade, entre outros.

Nosso Mestre é Jesus! Sua postura é sempre de alguém que enxerga além do óbvio. Quem vê somente o óbvio não enxerga. Jesus manda olhar para as coisas, para as pessoas e para os acontecimentos de um jeito novo. Ele tem um olhar que vai além da convenção social. Por isso, enquanto todos viam uma prostituta, Ele enxergava uma discípula. Jesus não olhava a partir dos preconceitos. Ele estava sempre desarmado e ajudava as pessoas a se desarmarem.

O Senhor não tinha medo de se aproximar das pessoas. Permitia que elas O tocassem. Sentava-se com elas. Frequentava a casa até de pessoas de má fama. E se misturava com os pecadores e marginalizados. Sua opção pelos excluídos é um ensino espetacular de cura interior. Jesus enxergava a alma da pessoa. Por isso acreditava na capacidade de mudança. Só quem vê o que está escondido é capaz de projetar algo novo. Quem não vê além do óbvio não sonha.

O colírio de vida, receitado e usado por Jesus, precisa ser empregado com muita frequência por todos aqueles que se encontram sedentos dessas gotas de cura interior.

Padre Leo, SCJ

sábado, 6 de agosto de 2011

Os jovens desejam mudanças...

'Por mais caótica que seja a situação, existe algo bom acontecendo...'

Quando meus olhos miraram 150 mil jovens de braços levantados, pulando e dançando [no PHN 2011], eu, na verdade, contemplei a saúde física, psíquica e espiritual deles. Tanta vida pulsando e existindo diante de mim. Eu tremi, vibrei, chorei, ri e tive a certeza de que, por mais crise que enfrentemos ao longo do caminho da humanidade, existe uma geração que opta por aquilo que realmente faz a diferença na história.

Ao viajar pelo mundo, ao ver bustos de personalidades nas praças, nomes nas placas, penso comigo: "Eles vieram e se foram, e agora é a minha vez de viver. Eu também posso colaborar para um pedaço da história".

O que aconteceu aqui na Canção Nova, no Acampamento PHN (Por Hoje Não), que propõe a ruptura diária com o pecado, realizado há duas semanas, é histórico: jovens entregando drogas em nossas mãos diante de milhares de pessoas, decidindo romper com o vício, a prostituição, a violência, sem deixar a alegria própria de ser jovem.

Passaram por aqui e viram com os próprios olhos também representantes da esfera pública, autoridade eclesial do Vaticano, além de vários veículos de comunicação que vieram fazer a cobertura do evento. Essa boa notícia tem se tornado conhecida por muitos e atende à necessidade de resposta ao mundo diante de novas perguntas: droga, sexualidade, família, violência, corrupção, entre outros.

Pudemos mostrar à sociedade que existe uma geração que realmente quer mudanças. E não se tratam de mudanças irônicas ou desconectadas e sim, coerentes, e são jovens que gritam por isso.

Está na hora de reunir todos aqueles que estão trabalhando de maneira honesta e real na Igreja, na política, na educação, na segurança, na saúde, no esporte etc., para que as famílias, pais e mães desesperados por verem seus filhos engolidos pelas drogas, encontrem um caminho.

Estamos crescendo e nos tornando notícia, algo sonhado e idealizado por nós. Acolhemos os profissionais de mídia de todos os canais de TV, rádio, jornais, sites. Existe uma sede, uma fome de ver o bem acontecendo. Vejo que todos esses profissionais - editores, diretores, produtores, locutores e apresentadores - devem se deixar possuir por este anseio: o de dar uma resposta boa, justa, positiva à humanidade.

Divulguemos com indignação as más notícias, mas com muito mais força, alegria, arte, profissionalismo e amor à boa notícia, pois ela existe! E nossos filhos, netos e todos que vierem vão agradecer o empenho de buscar em tudo um olhar de esperança, pois em todo lugar, por mais caótica que seja a situação, existe algo bom acontecendo. É nosso dever, como profissionais de comunicação, descobrir a esperança e apresentá-la à humanidade.

Cerca de 150 mil jovens de todo o Brasil e alguns países da Europa e América Latina mostraram que existe, é fato, algo novo e lindo acontecendo e os homens de paz e bem estão cada vez mais articulados. Todos seremos atingidos pela força do bem. Eu acredito no ser humano, eu acredito no PHN.

Dunga

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dia do Padre...

Chamado para ser um servo de Deus, um sacerdote, um 'pai'...

O Dia do Padre é celebrado oficialmente em 4 de agosto, data da festa de São João Maria Vianney, desde 1929, quando o Papa Pio XI o proclamou "homem extraordinário e todo apostólico, padroeiro celeste de todos os párocos de Roma e do mundo católico".

Padroeiro é o representante de uma categoria de pessoas, cuja vida e santidade comprovadas estimulam a uma vida de fé em comunhão com a vontade de Deus. Tendo em vista essa explicação, vamos entender por que a Igreja o escolheu como exemplo a ser seguido pelos sacerdotes, na condução de seus rebanhos.

Esse santo homem nasceu na França, no ano de 1786, e depois de passar por muitas dificuldades, por conta das poucas habilidades, foi ordenado sacerdote. Mas o bispo que o ordenou acreditou que o seu ministério não seria o do confessionário, entendendo que sua capacidade intelectual seria muito limitada para dar conselhos.

Então, ele foi enviado para a pequenina Ars, no interior da França, como auxiliar do padre Balley, o mesmo que vislumbrou, por santa inspiração, seu dom de vocação, e por confiar nele o preparou para o sacerdócio. E esse pároco, outra vez inspirado, acreditou que o dom dele [São João Maria Vianney] era justamente o do conselho e o colocou servindo no confessionário.

Assim, padre João Maria Vianney, homem justo, bom, extremado penitente e caridoso, converteu e uniu toda Ars. Amado e respeitado por todos os fiéis e pelo clero da Igreja, sua fama de conselheiro correu por todo o mundo cristão. Assim, ele se tornou um dos mais famosos confessores da história da Igreja. Conhecido também como “Cura d’Ars”, mais tarde, foi o pároco da cidade, onde morreu em 1858, sendo canonizado em 1925.

Sem dúvida, São João Maria Vianney é o melhor exemplo das palavras profetizadas pelo apóstolo Paulo: "Deus escolheu os insignificantes para confundir os grandes". Ser padre é isso, exatamente a vida inteirinha do seu padroeiro.

Ele entende o chamado para ser um servo de Deus, um sacerdote, um "pai" (padre) à semelhança de Cristo, que amou e deu a vida ao povo pobre, simples e marginalizado. Nunca hesita. Tudo aceita, confia e acredita em Deus e na sua Providência, e caminha seguro para missão que lhe é designada.

A vida simples e a simplicidade dos ensinamentos Jesus Cristo são o fundamento do seu ministério, único parâmetro e exemplo a seguir. A sua tarefa é continuar a missão de Jesus Cristo, o único e eterno Sacerdote. É o padre, que através do Evangelho, leva os homens a Deus, pela conversão da fé em Cristo. Por isso, são pessoas que nascem com esse dom e, logo cedo ou no momento oportuno, ouvem o chamado de Deus para se consagrarem a servir à comunidade, nos assuntos que se referem a Ele.

Ser padre é ser "pai" de uma comunidade inteira. Como tal, é o homem da Palavra de Deus, da Eucaristia, do perdão e da bênção, exemplo de humildade, penitência e tolerância; o pregador e conversor da fé cristã. Enfim, um comunicador e entusiasta da Igreja, que luta por uma vivência cristã mais perfeita. Dessa Igreja missionária, que não sobreviveria sem o sacerdote, como indicou o próprio Jesus Cristo, seu fundador pela Paixão por nós.

Sua missão é construir comunidades, entender a alma humana e perdoar os pecados, evangelizar, unir e alimentar a comunidade pela Eucaristia. Entendem, como diz Lucas 21, 15: "Eu vos darei eloqüência e sabedoria, às quais nenhum de vossos adversários poderá resistir nem contradizer" , e são verdadeiras testemunhas da fé, por sua oração, sacrifício e coragem cristã.

Dom Demétrio Valentini

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Parabéns Dizimistas...



A Comunidade Santa Teresinha do Menino Jesus se alegra em celebrar o aniversário dos dizimistas aniversariantes do mês de agosto:

01/08 Agnor Araújo Soares


02/08 José Marcos Carturan


04/08 Tereza Maria de Souza Silva


04/08 Zenita dos Santos Roberto


05/08 Rosa Maria Alvez


06/08 Izabella Ribeiro


06/08 Roseli da Cruz Mollo


06/08 Emariles dos Santos

08/08 Vania Maria Monteiro

08/08 Maria Tereza Lopes Pereira de Melo


10/08 Maria do Carmo Alves



12/08 Sérgio Lopes Pereira de Melo


12/08 Maria Onete Pinheiro Balbo


12/08 Joaquim Luiz da Paz


18/08 Antônio Carlos dos Santos


22/08 Karla Nogueira


23/08 Ana Maria Freitas de Souza


26/08 Josefa dos Santos


26/08 Giovana Setti


26/08 Eraldo Soares Silva Filho




Agradecemos imensamente a todos vocês que colaboram para com esta comunidade, lembrando que a reforma para melhoria da igreja está sendo realizada graças a ajuda de vocês... Que Santa Teresinha derrame uma chuva de rosas de bençãos sobre todos vocês e sobre suas famílias!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nova pintura iconigráfica da igreja...

A Comunidade Santa Teresinha comemora o final de mais uma etapa da reforma!
Com a colaboração dos fiéis está sendo possível reformar e revitalizar nossa igreja, e é com grande alegria que comunicamos a conclusão de mais uma etapa, a nova pintura do altar e da nave da igreja. O projeto iconográfico foi elaborado pelo artista sacro Antônio Batista de Souza Junior.
Abaixo a descrição da pintura segundo o artista: "O projeto iconográfico da igreja Sta. Teresinha do Menino Jesus é Cristocêntrico. Jesus ocupa o eixo central de toda a pintura, toda estrutura de fundo ao Cristo remonta tons de terra siena natural e tem a incumbência de indicar aos que contemplam a sua pequenez diante de Deus e lembrar-nos das soadas palavras do Livro do Gêneses: "Lembra-te que és pó e ao pó hás de voltar" (Gêneses 3,19).

O painel iconográfico apresenta o Cristo Crucificado e destaca o alto da Paixão de Nosso Senhor. O Cristo veste Branco, o puro Linho prescrito no Livro do Apocalipse 19,7-8. Na iconografia o branco não é propriamente uma cor, mas a soma de todas elas. É a luz mesma. É a cor símbolo do Batismo, do novo nascimento para Nova Vida transcendente.


Acima da Cruz é mostrado o Espírito Santo Paráclito, terceira pessoa da Trindade. O Espírito Santo está nesta iconografia em favor da Ação na encarnação do Verbo de Deus "Jesus Cristo" que por sua concepção no seio da Santa Imaculada Virgem Maria foi concebido. E por esta Ação veio desencadear o plano Salvifico do Pai para a salvação da humanidade, o Mistério da Redenção.


O Espírito Santo é mostrado dentro de três semicirculos que surge do céu. O semicirculo branco se incumbe de simbolizar a Divindade de Cristo, o semicirculo amarelo faz alusão ao ouro e simboliza Cristo Rei, o semicirculo vermelho acena para a natureza humana de Jesus e traduz o mistério pascal, (Paixão, Morte e Ressurreição) por meio do qual Cristo realizou a obra da nossa Redenção. A junção dos semicirculos mostra-nos o "DEUS"¹ que veio ao"MUNDO"² e que "MORREU"³ para a salvação de todos.


Em destaque do lado direito do Cristo está a perfuração feita pela lança do soldado romano. Tal perfuração faz com que milagrosamente jorre sangue e água; o "Sangue" revelando a natureza humana e a "Água" a natureza divina de Cristo. João 19,34 Jesus, "um só e mesmo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito em sua divindade e perfeito em sua humanidade; verdadeiro Deus e verdadeiro homem, composto de alma racional e de corpo, consubstancial ao Pai antes de todos os séculos segundo a divindade, 'semelhante a nós em tudo, com exceção do pecado' (Hb 4,15); gerado do Pai antes de todos os séculos segundo a divindade e, nesses últimos dias, para nós e para a nossa salvação, nascido da Virgem Maria, mãe de Deus, segundo a humanidade. (Compêndico do Catecismo da Igreja Católica, p.45, 2005, Loyola)


Como que sustentando a Cruz está uma Videira, pequeno arbusto que traz a representatividade da Igreja Corpo Mistco de Cristo. A árvore tem um grande simbologia nos evangelhos e isto se vê bem expressivo no evangelho de João 15, 1-17: "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o Agricultor". E tal simbologia comporta também as afirmações de São Paulo: De fato, o corpo é um só, mas os membros do corpo formam um só corpo. Assim acontece também com Cristo. I Coríntios 12,12. A árvore traz todo este caráter e particularidade de cada fiel na participação desta Igreja em que Cristo é a cabeça.


Também nesta iconografia a Videira tem outro fundo que foi inspirado no Salmo 1, 3. Este salmo reforça mais ainda a simbologia que esta árvore idealiza na cristandade. nas palavras do salmista lemos: "Árvore plantada junto d'água corrente da fruto no tempo devido, e suas folhas nunca murcham".


Nesta iconografia o exemplo da Cruz faz brotar nossa Santa Madre Igreja que como uma Árvore a beira do rio tem sua vida infalivel sustentada pelo amor de Cristo Jesus por nós.


Por fim, ladeando na direira da cruz está o Arcanho. Em sua vestes a composição de uvas simbolizando o sangue de Cristo. O Arcanjo humildemente incensa o espaço sagrado exprimindo nossa libertação do hálito penitencial do pecado, que pela encarnação e redenção de Cristo fomos perdoados. Em traços sutis estão pintadas as nuvens de fumaça que se eleva, se inclina e desce. isso reflete a nossa oração e louvor a Deus protagonista desta iconografia e da liturgia."


¹ Cor Branca


² Cor Amarelo Ouro


³ Cor Vermelha


Antônio Batista de Souza Junior - Artista Sacro.


"Pedimos agora a colaboração de todos para o término das salas internas e das torres da igreja...Que Deus abençoe a todos!"