domingo, 29 de maio de 2011

As razões da esperança...

'Como ser cristão num ambiente paganizado?'

O mundo em que vivemos, muitas vezes chamado de aldeia global pela diversidade de culturas que convivem com a proximidade oferecida pelos meios de comunicação, traz consigo o desafio da tolerância nas relações humanas e, ao mesmo tempo, a possibilidade de nos manifestarmos legitimamente, a fim de que tudo o que nos é próprio se transforme em dom a ser compartilhado.

Constata-se que o Cristianismo é hoje alvo de repetidas investidas, com as quais é questionado em seus princípios e orientações morais. Num tempo em que as espécies animais, as árvores e as águas são valorizadas como nunca – e com razão! – ser a favor da vida desde a concepção até a morte natural é considerado conservadorismo! As chamadas questões de gênero encontram artilharia pronta para mirar a Igreja e os cristãos, a ponto de os conceitos oriundos da Sagrada Escritura não poderem ser oferecidos para a formação das consciências. É possível que o relato da criação que afirma ter Deus criado homem e mulher seja censurado por aí! Um rolo compressor pretende calar a voz da pregação corajosa do Evangelho, quando personalidades da Igreja se levantam para denunciar o tráfico de pessoas e de drogas. Em nossa região, chega-se ao ponto de personalidades eclesiásticas necessitarem de esquemas especiais de segurança para exercerem o direito de ir e vir.

Como ser cristão num ambiente paganizado? O primeiro passo é a certeza nascida da escolha de Deus, no seguimento de Jesus Cristo, não se envergonhando d'Ele nem de Seu Evangelho. A coerência com as opções feitas conduz ao respeito nas relações interpessoais. Já ouvi, de algumas pessoas, a manifestação de apreço aos cristãos que, mesmo debaixo de saraivadas de acusações, se mantêm firmes. Depois, a verdade vem a ser oferecida e não imposta, acreditando na voz da consciência, muitas vezes abafada, mas sempre presente, por meio da qual o Espírito Santo suscita em todas as pessoas a busca do bem. Em algum momento as pessoas se sentirão provocadas pela força da retidão! Além disso, respeitar as opções dos outros não significa obrigatoriamente apoiá-las. Ninguém pode nos obrigar a assinar um manifesto a favor do erro patente, cujos frutos se fazem imediatamente notar!

E por falar em frutos, não é difícil notar a quantidade de crianças, adolescentes e jovens sem referências familiares sólidas, como resultado de algumas gerações até estimuladas ao divórcio. Vale continuar, de nossa parte, a fazer propaganda da família estável, dos filhos considerados dom de Deus, do relacionamento entre homem e mulher vivido segundo a lei de Deus. Retrógados? Tradicionais? Antes, corajosos, sem medo de pôr à disposição nosso modo de viver e entender a existência humana.

Mas as incompreensões são inevitáveis. Com o Apóstolo São Pedro, podemos tomar posição: "Quem é que vos fará mal, se vos esforçais por fazer o bem? Mais que isso, se tiverdes que sofrer por causa da justiça, felizes de vós! Não tenhais medo de suas intimidações, nem vos deixeis perturbar. Antes, declarai santo, em vossos corações, o Senhor Jesus Cristo e estai sempre prontos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que a pedir. Fazei-o, porém, com mansidão e respeito e com boa consciência. Então, se em alguma coisa fordes difamados, ficarão com vergonha aqueles que ultrajam o vosso bom procedimento em Cristo. Pois será melhor sofrer praticando o bem, se tal for a vontade de Deus, do que praticando o mal. De fato, também Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na existência humana, mas recebeu nova vida no Espírito" (I Pd 3, 15-18).

Para dar razões da esperança que em nós existe, é preciso não fugir da convivência com o que é diferente. Antes, com a necessária formação, aprender a dialogar, escutando as motivações das outras pessoas. O respeito mútuo fará vir à tona os verdadeiros valores. Aos cristãos caberá estar atentos ao que existe de mais humano, o mistério mais profundo da consciência.
Pode também acontecer que a brecha aberta pelo próprio Deus nos corações seja o mistério da dor. Por ela só pode passar o amor gratuito, livre, que ilumina todos os espaços. Muitas pessoas, aguerridas em suas batalhas verbais, escondem angústias terríveis, para as quais não há resposta senão no mistério de Cristo morto e ressuscitado, o Senhor em quem acreditamos. Ele é o melhor e definitivo presente que podemos oferecer a todos. O Espírito da verdade, prometido por Jesus, nos dê, também na atual geração, a necessária lucidez para o testemunho corajoso do Evangelho.

Dom Alberto Taveira Corrêa

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Um coração ferido não ama a si próprio...

'Quem não ama a Deus não se ama e não ama ninguém...'

A marca registrada do cristão é a sua capacidade de viver o amor. Amar é a única opção que temos quando queremos viver conforme Jesus. Ou aprendemos a amar ou não podemos dizer que somos cristãos. Amar é imperativo, categórico. Por isso a cura dos ressentimentos também torna-se um imperativo para nós. Ou nos curamos e assim conseguimos amar, ou não amamos e não podemos nos dizer cristãos.

Ser cristão é ser diferente. O mundo não pode acolher nem compreender a serenidade do coração cristão. Jesus deixou bem claro que a paz que Ele nos dá, o mundo não pode receber nem entender. E o que somente a partir dessa paz é que podemos viver sem temor.

O cristão é alguém que assume no mundo a missão de amar sempre. A partir da experiência de Deus por nós somos chamados a testemunhar para o mundo a possibilidade de um relacionamento diferente, no qual ninguém oprima ninguém.

A grande causa dos problemas de relacionamento entre as pessoas está no distanciamento do amor de Deus. Ninguém consegue amar uma pessoa, limitada e fraca, se não tiver a experiência do amor de Deus. Quem não ama a Deus não se ama e não ama ninguém.

Para curar o ressentimento é preciso fazer uma operação fundamental pelo amor. Num mundo onde as pessoas só amam aqueles que lhes parecem bons, Jesus nos chama a amar a todos, como Ele nos amou.

A primeira coisa que Deus faz em nossa vida é nos animar com um espírito novo. Sem esse jeito novo de enxergar a vida, a si mesmo e as outras pessoas, nunca teremos esse coração curado.

É preciso tocar no ponto crucial: o coração empedernido! Coração de pedra é uma expressão que nos revela a dureza que nosso coração vai experimentando e adquirindo à medida que deixamos de amar.

O ódio produz essa dureza. E esse coração precisa ser substituído mesmo, agora por um coração de carne, um coração manso e humilde, semelhante ao Coração de Jesus.

Somente a partir dessa experiência é possível observar a lei de Deus, guardar e praticar Seus mandamentos e ser cristão de fato.
Se não consigo amar, a partir de mim mesmo, já sendo ferido e machucado me é impossível amar o próximo. Eu posso e devo amar segundo o Coração de Jesus.

Um coração ferido e machucado não ama a si mesmo e não consegue amar mais ninguém.

Pe. Léo

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Espírito Santo só vem aos humildes...

'Duas coisas são necessárias...'

O Espírito Santo é um dom de Deus, não pode ser comprado; ninguém O merece; foi por isso mesmo que Jesus Cristo trabalhou uma vida inteira a fim de pagar o preço, e por último deu a moeda final: derramou todo o Seu Sangue numa cruz e deu-nos Sua vida. No alto da cruz, conta-se que Ele expirou, pôs para fora o Seu último sopro. Depois de ter ressuscitado, Jesus apareceu aos discípulos e também soprou sobre eles dizendo: “Recebei o Espírito Santo!” Assim aconteceu...

Se o Espírito Santo é dom, só pode ser dado. Se por um lado não O merecemos, por outro podemos nos preparar melhor para recebê-Lo. Cristo fala de duas condições para receber o Espírito Santo: pedir e querer.

Pedir:

O Espírito Santo só vem aos humildes. Quando elevamos ao céu a nossa oração, somos nós que tomamos consciência das necessidades que temos e do quanto precisamos de Deus em nossa vida. Humildade é reconhecer o nosso lugar como criaturas e sujeitarmo-nos a Deus. Não existe melhor ambiente para propiciar isso do que a oração.

O Senhor quer nos dar a Sua graça, mas quer que a peçamos; quer até mesmo ser importunado e como que constrangido com nossas orações: “Pedi e recebereis...”. Mas quando vamos rezar, não devemos fazê-lo como os pagãos que acreditam que serão ouvidos à força dos gritos. Devemos pedir com o coração cheio de amor e confiança. Deus quer cumprir o que prometeu, mas para satisfazer Sua promessa, quer que Seus filhos peçam. Ele está à nossa espera, quer ouvir nossa oração.

A experiência do Espírito Santo é pessoal, única. Há pessoas que viveram nas mais diferentes circunstâncias e lugares, apesar disso é certo que Ele [Espírito Santo] gosta de se derramar no meio da comunidade, quando os membros desta oram juntos. “Se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está no céus. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18, 19-20).

Querer:

A ajuda de Deus nos será concedida quando a desejarmos. Quanto mais forte for o seu desejo, tanto mais intensa será a sua oração. O Espírito Santo vem onde Ele é querido. Deus não quer que O busquemos apenas pelas graças que nos pode conceder, mas quer que o façamos por ser Ele quem é: o nosso maior bem, a maior de todas as graças. O Esṕirito Santo é o companheiro que todos sonham ter, é o melhor amigo, nunca dá conselhos "furados". Apesar de ser hóspede, não deixa faltar nada em casa, está sempre perto para enxugar nossas lágrimas. Quem O tem não fraqueja; Ele transforma o medo em coragem, dá-nos já uma sabedoria que muitos só experimentam na velhice. Torna solido nosso caráter e alicerça nossa família, pois coloca Jesus no centro de nossas vidas como pilar fundamental, que sustenta nossa existência para Deus.

Márcio Mendes

domingo, 22 de maio de 2011

Irmã Dulce é beatificada em Salvador...

“Salve! Salve! Salve, Irmã Dulce do amor”. Enquanto o hino da religiosa era entoado por um coral de mais de 200 vozes, o cardeal Dom Geraldo Majella, representante do Papa Bento XVI na cerimônia, proclamava-a beata. Cerca de 70 mil fiéis acompanharam emocionados o evento no Parque de Exposições de Salvador (BA), munidos de faixas, lenços brancos e imagens da freira. A partir deste domingo, a religiosa será chamada 'Bem-Aventurada Dulce dos pobres'.

A Santa Missa começou com a leitura do pedido de beatificação, feito pelo Arcebispo da capital baiana, Dom Murilo Krieger. “O Arcebispo Metropolitano de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil pede a Vossa Eminência Reverendíssima de proclamar Bem-Aventurada a Venerável Serva de Deus Dulce Lopes Pontes, professa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus”, solicitou o prelado.

Logo em seguida, o bispo da diocese de Irecê (BA), Dom Tommaso Cascianelli, leu uma resumida biografia da Bem-Aventurada e, Dom Geraldo, a Carta Apostólica (carta na qual o Papa autoriza a beatificação), primeiro em latim e depois em português. No documento, Bento XVI afirmou que “tendo consultado a Congregação das Causas dos Santos, por nossa autoridade apostólica, damos a faculdade para que a Venerável Serva de Deus Dulce Lopes Pontes (…) seja chamada de hoje em diante com o nome de Bem-Aventurada, com sua festa fixada no dia 13 de agosto”.

Após a leitura, a foto de Irmã Dulce foi descerrada, levando a multidão a euforia. Paralelamente, a miraculada Cláudia Cristiane Santos de Araújo, seu marido Francisco Assis de Araújo e o filho Gabriel entraram em procissão para apresentar aos fiéis a relíquia da nova beata. A sobrinha de Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, e a voluntária mais antiga das Obras Sociais da freira, Iraci Lordello, também entraram em procissão. O rito de beatificação terminou com o agradecimento de Dom Murilo ao representante do Papa.

Na homília, Dom Geraldo enfatizou que viver a santidade não é privilégio para algumas pessoas, mas é dever de todo cristão batizado. “Eu não disse alguns, disse todos os cristãos. Estamos celebrando a santidade que o Senhor deseja ver reproduzida em cada um de Seus filhos. Todos os fiéis devem ser santos em sua conduta moral, devem agir em conformidade com que o são: filhos de Deus”, ressaltou.

O prelado também desejou que a beatificação de Irmã Dulce seja um momento de reflexão para que, entregando-se e confiando no Senhor, os cristãos possam viver o amor e a caridade. “Agradecemos de coração comovido ao Santo Padre por ter levado as honras dos altares essa nossa irmãzinha. Que possamos realmente também viver a santidade em nossa vida”.

Entre as autoridades religiosas presentes, destaque para o Núncio Apostólico do Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, o Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer e os postuladores da causa de beatificação e canonização, frei Paolo Lombardo e Paolo Vilotta. Além deles, a cerimônia contou ainda com mais de 500 religiosos, entre padres, arcebispos, bispos, diáconos e seminaristas.

A presidente Dilma Rousseff também participou da cerimônia, assim como o senador José Sarney, devoto da freira, o ex-governador de São Paulo, José Serra, o governador da Bahia, Jaques Wagner, e o de Sergipe, Marcelo Déda.

Mensagem do Papa

Após a oração do Regina Coeli, deste domingo, 22, o Papa Bento XVI dirigiu uma saudação aos fiéis de língua portuguesa e recordou a beatificação da Irmã Dulce Lopes Pontes. "Ao saudar os peregrinos de língua portuguesa, desejo também unir-me à alegria dos pastores e fiéis reunidos em São Salvador da Bahia para a beatificação da Irmã Dulce Lopes Pontes, que deixou atrás de si um prodigioso rastro de caridade ao serviço dos últimos, levando o Brasil inteiro a ver nela 'a mãe dos desamparados'", destacou.

Em busca da canonização

Para que Irmã Dulce passe de beata a santa é preciso que outro milagre seja comprovado pela Igreja. Mas, ele só é validado se acontecer a partir de 10 de dezembro do ano passado, quando o Papa Bento XVI assinou a beatificação. Desde o anúncio de que o “Anjo bom da Bahia” seria beatificada, foram enviados para as Obras Sociais Irmã Dulce mais de 400 relatos de graças atribuídas à religiosa.

Canção Nova Notícias

sexta-feira, 20 de maio de 2011

'Cuidado para que ninguém vos engane...'

'Quem não se prostra diante de Deus, é prostrado diante da vida...'

Muitas pessoas perderam a referência de suas vidas. Muitas não sabem o que querem, não sabem se estão no relacionamento certo, se vivem para si ou para os filhos. As pessoas vivem uma confusão no âmbito pessoal, e isso acontece também em nossa fé. Hoje existem muitas seitas, e se a pessoa não se cuida, ela se perde.

O medo nos engana, fazemos muitas coisas por causa desse sentimento, prejudicamos e agredimos pessoas. Muitas pessoas por medo de serem enganadas, enganam os outros primeiro. E para que não nos deixemos ser enganados, o Senhor nos deixa esta mensagem.

"Cuidado para que ninguém vos engane! Pois muitos virão, usando o meu nome e dizendo: ‘Eu sou o Cristo! ’ E enganarão muita gente" (Mateus 24,4-5).

Precisamos nos fortalecer espiritualmente. As pessoas hoje se preocupam mais com a sua saúde, com a aparência. Fazem de tudo para fortalecer o corpo, mas o escândalo é que não fazem nada para fortalecer o espírito. Quantas privações fazem para manter o corpo por meio de regimes rigorosos. Fazemos de tudo para nos apresentarmos bem fisicamente, mas nos descuidamos do que nos fará feliz.

Se não queremos ser enganados, arrancados da nossa fé e das mãos de Jesus, precisamos aprender a nos fortalecer no Senhor. É ótimo ser do Senhor quando tudo vai bem, quando eu oro e sou atendido. Mas quando somos surpreendidos por uma doença, ou um filho é apanhado por uma enfermidade incurável ou quando nasce um criança especial e o casal se questiona: “Por que, meu Deus?". Então muitas vozes aparecem dizendo: "O que você está fazendo na Igreja? Se Deus é tão bom, por que Ele permitiu que isso lhes acontecesse?"

Provações sempre virão, a vida é assim, não é a sua vida que é assim, a de todos é assim. Quando uma pessoa não aprende a se prostrar diante de Deus, para n'Ele obter a força, a vida o coloca prostrado. Quem não se prostra diante de Deus, é prostrado diante da vida. E hoje o Senhor quer fortalecê-lo.

É Jesus quem nos socorre, nos levanta, nos atende. Ele quer cuidar de você, Ele quer fortalecê-lo para você conseguir ser fiel ao seu caminho, resistir a essas dúvidas que estão em seu coração.

O que é uma cilada? Para se fazer uma boa armadilha, ela não pode parecer ser armadilha. O demônio é “expert” em montar armadilhas, as coisas que ele constrói em sua vida não se parecem com ciladas, e quando você cai nelas, não consegue sair. Por isso, Jesus diz que ele é mentiroso, ele sabe como fazer as coisas e, às vezes, ele monta tramas na nossa vida que não sabemos como sair delas. Para algumas pessoas, essas ciladas são os vícios, para outras é uma doença ou tristezas, depressão. E chega um momento em que a pessoa não sabe como sair, e aí vai precisar passar por um processo de libertação. Todos nós precisamos passar por esse processo.

O inimigo oferece o que a gente quer, quem gosta de sexo, é com sexo que será tentado; quem é carente, ele o pegará nisso; para outros, a isca é a farra, a bebedeira, o desejo do perigo. O demônio oferece o que a pessoa quer, e depois ele tira tudo o que pode e deixa a pessoa sem nada.

Quantas pessoas resolveram dar uma pausa para Deus, dizendo: "Depois a gente confessa". Feliz de você que escolheu este dia para se santificar, não é que você vá se preservar das coisas más, isso é muito pobre, você veio para se encher das coisas boas.
Abra seus olhos, nossa luta não é contra homens de carne, mas contra forças espirituais espalhados pelos ares!

Para quem não entende, parece que estamos lutando contra o vento, mas o espírito, para agir, precisa de uma pessoa que aceite seus comandos, precisa de uma pessoa para tocar, falar... Deus se vale de meios humanos, você reza e uma pessoa vem lhe trazer a resposta para sua prece. E do mesmo jeito que acontece por meio do Espírito Santo, acontece com o espírito maligno, ele se utiliza de pessoas que estão a seu serviço.

Esta é uma luta verdadeira que se manifesta de maneiras humanas, mas tem raízes espirituais. Temos três inimigos, um dentro de nós, que é o "homem velho", que é malicioso; um inimigo à nossa volta, que é o espírito mundano, espírito pervertido que este mundo vive. Muitas vezes, é vergonhoso ligarmos o televisor, pois o que vemos não deveríamos ver nem no nosso particular, espírito de sedução barata, espírito de competição, é uma coisa diabólica, que diz que quem acredita na família é ultrapassado. Existe também um inimigo acima de nós, uma força maligna que quer atuar sobre nós.

Há uma arma para vencer esses três inimigos, que é a oração, ela pode parecer pouco, mas ela é tudo. Ela tem força para vencer o inimigo de Deus nos piores dias de nossa vida.

Existe uma mão sempre pronta a nos segurar e nos colocar de pé; nos dias maus, precisamos nos revestir da armadura de Deus. Ninguém pode pôr o capacete da salvação se não rezar. Só tem fé quem reza. Você sabe que uma pessoa acredita em Deus se ela recorre a Ele. Quem não confia entra em desespero. Você sabe que uma pessoa confia no Senhor quando ela ora e sabe que será atendida, pois é impossível uma oração feita com fé não ser atendida. Quando você ora com fé, Jesus intercede por você ao Pai; e o Pai do Céu não nega algo que Seu Filho peça a Ele.

Nós temos que aprender a reabastecer a lamparina da nossa fé, pois chegará o dia em que virão trevas e, nesse dia, não só você será iluminado, mas todos os que estão à sua volta. Quem tem sido atacado, creia que, pela sua fé, todos os dardos do inimigo serão desmontados!

Márcio Mendes

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Vocações: sinal da vitalidade da Igreja.

'Devemos rezar pelas vocações sacerdotais e religiosas...'

Como é belo quando se percebe, nas nossas comunidades, a estima e o carinho que se tem em relação aos seus padres. São tantas as comunidades que manifestam a vontade de ter um padre mais perto e de se tornar paróquias para poder contar com a presença do sacerdote.

Jesus, antes de escolher e chamar Seus apóstolos do meio dos discípulos, retirou-se em oração para escutar a vontade do Pai (cf. Lc 6,12). Por isso, assim como Cristo rezou, também nós somos convidados a orar para que o Senhor da Messe suscite mais jovens generosos para aceitar o chamado de Deus. O dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover, sobretudo, mediante uma vida plenamente cristã.

Em nossas igrejas, devemos constantemente fazer preces e súplicas pelas vocações sacerdotais e religiosas. O Santo Padre Bento XVI nos diz: "Os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo em época do predomínio da técnica no mundo e da globalização – do Deus que se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja, para aprendermos, com Ele, a verdadeira vida, e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade".

O Sumo Pontífice também orienta: "Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por outras vozes e a proposta de seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu 'sim' a Deus e à Igreja".

A história de toda vocação está interligada, quase sempre, com o testemunho de um sacerdote que vive com alegria a doação de si mesmo aos irmãos pelo Reino dos Céus. Isso porque a proximidade e a palavra de um padre são capazes de fazer despertar interrogações e de conduzir realmente a decisões definitivas. Assim podemos afirmar que as vocações sacerdotais nascem do contato com os sacerdotes, quase como uma herança preciosa comunicada com a palavra, o exemplo e toda a existência.

Para promover as vocações específicas ao ministério sacerdotal e a vida consagrada, para tornar mais forte e eficaz o anúncio vocacional, é indispensável o exemplo daqueles que já disseram o próprio “sim” a Deus ao projeto de vida que Ele tem para cada um. Que o Dia Mundial das Vocações possa ser, mais uma vez, uma preciosa ocasião a muitos jovens para refletir sobre a própria vocação, respondendo com simplicidade, confiança e plena disponibilidade. A Virgem Maria, Mãe da Igreja, guarde cada pequena semente de vocação no coração daqueles que o Senhor chama a segui-Lo mais de perto.

Dom Alfredo Scháffler

domingo, 15 de maio de 2011

As "Nossas Senhoras" são a mesma Mãe de Deus.

'A Virgem Maria assume várias realidades, situações, raças...'

Maria de Nazaré foi escolhida por Deus para ser a Mãe do Salvador: “Quando Isabel estava no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria” (Lucas 1,26-27).

A quantidade de títulos e nomes para a mesma pessoa são fruto das experiências que os povos fazem da intercessão e da maternidade da Virgem Maria. Em seus títulos Nossa Senhora assume várias realidades, situações, raças, apelos e clamores da humanidade. Alguém muito humana e próxima às realidades do nosso povo, por isso, tão popular.

São vários títulos e nomes, mas uma e mesma pessoa. Maria de Nazaré da Galileia, esposa de José e Mãe de Jesus Cristo, das Graças, das Dores, de Fátima, de Lourdes, da Conceição, dos Aflitos Auxiliadora, Mãe Rainha e Aparecida do Brasil a mulher do Gênesis ao Apocalipse. Todas as "Nossas Senhoras" são a mesma Mãe de Deus!

Nossa Senhora do Equilíbrio, você conhece? Precisamos deste dom que é o santo equilíbrio. Com sabedoria e discernimento colocar as coisas no devido lugar e tomar as decisões certas. Maria é nossa formadora, por excelência, e clama o Espírito Santo sobre nós como o fez quando estava no cenáculo com os Apóstolos.

Lembrei-me de uma devoção que eu trazia e rezava quando ainda era seminarista, a Nossa Senhora do Equilíbrio. Pouco conhecida, mas deste então eu rezo a Virgem Maria, que tem muitos títulos e como nenhum outro ser humano foi equilibrada e controlada pelo Espírito Santo de Deus.

Oração a Nossa Senhora do Equilíbrio

Virgem Mãe de Deus e dos homens, MARIA. Pedimos-vos o dom do equilíbrio cristão, hoje tão necessário à Igreja e ao mundo. Livrai-nos de todo o mal; salvai-nos do egoísmo, do desânimo, do orgulho, da presunção e da dureza de coração. Dai-nos tenacidade no esforço, calma no insucesso, humildade no êxito feliz. Abri nossos corações à santidade. Fazei que pela pureza de coração, pela simplicidade e amor à verdade, possamos conhecer nossas limitações.

Alcançai-nos a graça de compreender e viver a Palavra de Deus. Concedei-nos que, pela Oração, Amor e Fidelidade à Igreja na pessoa do Sumo Pontífice, vivamos em comunhão fraterna com todos os membros do Povo de Deus, Hierarquia e fiéis. Despertai-nos profundo sentimento de solidariedade entre irmãos, para que possamos viver, com Equilíbrio, a nossa Fé, afetividade e sexualidade na Esperança da eterna salvação. Nossa Senhora do Equilíbrio, a Vós nos consagramos, confiantes na ternura da vossa maternal Proteção.

Divino Espírito Santo, que deste a Maria todo o equilíbrio emocional e físico, dai-nos a graça de abandonar em vós nossos sentimentos e emoções, desejos e aspirações, a amar acima de tudo a Deus e não querer nada que nos prejudique nem nos afaste da Sua Vontade. Dai-nos a graça da paciência nas demoras, do discernimento para procurar as pessoas certas que nos ajudem, da cura de nossas feridas emocionais provocadas pela falta do amor verdadeiro e de escolhas erradas.

Padre Luizinho, Missionário Canção Nova

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Há 94 anos o céu visitou a terra...

'A mensagem de Fátima ecoa hoje com ainda mais vigor...'

Era 13 de maio de 1917, uma manhã de domingo como tantas outras, quando o céu se abriu e Nossa Senhora veio visitar a terra, trazendo um apelo de conversão para toda a humanidade. Escolheu como mensageiros os humildes pastorinhos da Serra de Aire, Jacinta de 7 anos, seu irmão Francisco, de 9, e sua prima Lúcia, de 10 anos.

O lugar escolhido também surpreende pela simplicidade. A Cova da Iria era uma terra de pastagens para o rebanho de ovelhas, coberta de uma vegetação rasteira, pedras e algumas árvores, como a azinheira, utilizada por Nossa Senhora do Céu como púlpito, para falar aos pequeninos e por intermédio deles ao mundo inteiro.

O fato é que, há 94 anos, o 13 de Maio é um marco na história de Portugal, da Igreja e do mundo. A vida daquelas crianças também mudou completamente depois daquele dia. Fiéis ao apelo de Nossa Senhora: «Oferecei a Deus todos os sofrimentos que Ele vos enviar, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores».

Os Três Pastorinhos entregaram-se a esta sua grande missão, principalmente pela recitação diária do terço e a prática de sacrifícios, de tal modo que já em 1919 e 1920, respectivamente, Francisco e Jacinta foram levados ao céu. E depois de a Santa Igreja ter reconhecido as virtudes heroicas deles e um milagre por meio da intercessão deles, o Papa João Paulo II – no dia de 13 de maio de 2000 – declarou-os beatos, reconhecendo assim o cumprimento heroico da missão que receberam de Nossa Senhora.

Na terceira aparição da Virgem Maria às crianças – em julho de 1917, Lúcia recebeu de Nossa Senhora uma missão específica: «Jesus quer servir-Se de ti, para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração». Missão que ela assumiu com muito empenho durante toda a vida.

Em outubro daquele mesmo ano, conforme a Senhora havia prometido, concluiu-se o ciclo das aparições. Aquele dia ficou marcado com o surpreendente “Milagre do Sol” – historicamente certo e reconhecido inclusive pela ciência. Diante deste sinal de Deus, o bispo D. José nomeou, em maio de 1922, uma Comissão Canônica para o processo Diocesano das Aparições e em 13 de outubro de 1930 declarou como dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria, permitindo oficialmente o culto a Nossa Senhora de Fátima que, a esta altura, já atraía milhares de peregrinos de diversas partes do mundo ao local.

A essência da Mensagem de Fátima é chamar a atenção dos homens para as verdades eternas da salvação. Sua primeira exigência é a reparação das ofensas cometidas contra Deus, contra Jesus e contra o Imaculado Coração de Maria.

Jacinta Marto, a mais nova entre os três videntes, expressava esta verdade quando já enferma – e totalmente absorvida pelo desejo do Céu – vivia seus últimos dias aqui na terra. «Se os homens soubessem o que é a eternidade, faziam tudo para mudar de vida», proclamava ela.

Francisco, que tinha caráter firme e era, segundo relatos, o mais radical nas penitências, era de poucas palavras e de muita oração. Sabendo que seria logo levado ao Céu pela Branca Senhora, não queria outra coisa senão consolar o coração de Jesus com suas orações e penitências. Enquanto a sua irmã e a prima iam à escola, ele aproveitava para ficar com “Jesus Escondido”, como costumava referir-se à Santíssima Eucaristia.

À Lúcia foi confiada – pela Virgem de Fátima – a missão de nos transmitir a Mensagem de Fátima, guardar por um tempo “o Segredo de Fátima” e ser, durante sua vida na terra, um sinal concreto de fé e esperança para os peregrinos e devotos de Nossa Senhora. Faleceu aos 98 anos, em 13 de fevereiro de 2005.

Noventa e quatro anos já se passaram e a Mensagem de Fátima parece-nos ecoar com ainda mais vigor. As inúmeras graças alcançadas e o número cada vez maior de peregrinos que vêm à Cova da Iria são sinais evidentes da presença real da Mãe de Deus neste lugar.

Apoiemo-nos com fé na promessa que Nossa Senhora nos fez: «Por fim meu Imaculado Coração triunfará» e caminhemos como fiéis peregrinos rumo à salvação eterna.

Dijanira Silva

terça-feira, 10 de maio de 2011

A intimidade com Deus...

'Se você quer ter intimidade com Deus, aprenda a não julgar...'

Quero partilhar com você algo sobre intimidade com Deus. Sobre a importância de poder ter um amigo, alguém íntimo, com o qual não precisamos usar máscaras e podemos contar as nossas fraquezas, e mesmo nos conhecendo a fundo não nos abandona. Mas, por mais que tenhamos alguém com o qual conversamos e o consideramos nosso melhor amigo, haverá um momento em que esse amigo não estará, e nessa hora fica de pé aquele que tem a Deus.

Intimidade quer dizer: meter, colocar algo para dentro. Ter intimidade com alguém é colocá-lo dentro do coração, intimidade com Deus e deixá-Lo nos colocar em Seu Coração e colocá-Lo dentro do nosso coração.

Eu quero ter intimidade com Deus Pai, que Ele me atraia, me guarde em Seu Coração. Para que no momento em que eu não tiver nenhum nome para chamar aqui na terra, eu possa clamar: "Pai!", e Ele estará ali para me colocar no colo.

Mas para ter intimidade com Deus há um preço. Só existe uma escola onde se aprende a ter intimidade com Deus e esse lugar é a cruz. A cada dia que passa, o caminho vai se estreitando até que só caiba você, e ali você se deparará com a cruz. E nesse momento você vai passar a ser amigo de Deus. Não dá para ter intimidade com o Senhor sendo apenas um espectador da cruz; isso só ocorrerá ao subimos nela. É nessa hora que aprendemos a ser amigos de Deus Pai. Existem caminhos e passos que nos ensinam a estar grudados no Coração do Senhor.

O primeiro passo está em Lucas 22,39-45: "Conforme o seu costume, Jesus saiu dali dirigiu-se para o monte das Oliveiras, seguindo dos seus discípulos. Ao chegar àquele lugar, disse-lhes: 'orai para que não caiais em tentação'".

Quando Jesus tinha que tomar uma decisão, passar por um momento difícil, Ele saía de onde estava e ia a um lugar para orar. Como Ele sabia que estava chegando o momento da cruz Ele foi buscar força. E a Palavra diz que Cristo começou a entrar em agonia, e isso quer dizer que dentro d'Ele havia uma luta interior. Nessa hora a humanidade de Jesus começa a tremer, Ele estava com medo, mas queria fazer a vontade do Pai.

E naquele momento Ele faz esta linda oração: "Pai, se é do seu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua". A oração do Senhor era aquilo que estava em Seu Coração.

Se você quer ter intimidade com Deus busque a vontade d'Ele na sua vida.

Talvez o Pai queira que você busque aquela pessoa para lhe pedir perdão. Talvez você esteja numa situação em que queira jogar tudo para o alto, mas Deus lhe pede que aguente firme. Ou talvez o Senhor tenha lhe pedido que você aguente firme na sua enfermidade, dizendo-lhe: "Aceita-a, confie em mim!".

Eu não sei qual é o "cálice" que Deus lhe pede que beba no dia de hoje, mas aceite-o. Todos os dias Deus Pai nos oferece um cálice para que o bebamos. Existem dias em que o cálice é doce, e até o bebemos com gosto, mas há dias em que o Pai nos oferece um cálice amargo. Mas se ele vem das mãos do Pai, beba-o, aceite-o, pois não é veneno; o Senhor não quer o nosso mal, quer apenas nos curar.

Cálice doce é motivo de gratidão; cálice amargo é cura. Ainda que o cálice amargo venha das mãos do Pai, aceite-o, deixe Deus ser Deus em sua vida. Se você quer ter intimidade com o Senhor, aprenda a não julgar, a não matar as pessoas que lhe fazem mal dentro do seu coração.

Quem quer ter intimidade com Deus? Precisa aprender a perdoar.

Padre Antonio José

sábado, 7 de maio de 2011

Mãe: Dom e Mistério



'O dom da vida humana sempre passa pelo sagrado ventre de uma mãe...'

Todos nós, com certeza, já tivemos a grata experiência de ganhar um presente. Mas, o que acontece, de fato, numa situação dessa? Em primeiro lugar, poderíamos dizer que o presente é algo que (exceto algumas vezes) não escolhemos nem merecemos. Ele surge da gratuidade e benevolência do doador que, por vários motivos, é levado a dar um presente a alguém querido e amado. Assim, o presente é um dom, isto é, sinal de um amor gratuito e benevolente. Em segundo lugar, muitas vezes o presente encerra um aspecto misterioso e de surpresa para aquele que vai recebê-lo. Aí está uma das funções das embalagens: criar a sensação de mistério que deixa entrever que o presente é muito mais do que aquilo que parece ou, em outras palavras, que o presente mesmo ultrapassa a sua aparência externa, a sua embalagem. Ser mãe também abrange estas duas facetas: dom e mistério.

A maternidade é um dom de Deus. Antes de tudo, um dom de Deus à mulher: pela maternidade, esta participa de modo singular e especial do poder gerador de Deus. Torna-se sacramento da paternidade de Deus, manifestando ao mundo que Deus é Pai e doador de toda vida. Ser mãe também é um dom de Deus ao marido: somente através da maternidade da esposa o homem pode realizar de fato a sua paternidade e vice-versa. Cada um é um dom de Deus para o outro. Deus que concede à esposa ser mãe, concede ao esposo ser pai. Paternidade e maternidade humanas são uma única participação na eterna atividade geradora do Pai. E, por fim, ser mãe é um dom de Deus para o filho: ela é que, pelo poder de Deus e em comunhão de amor com o seu esposo, lhe concede a vida. O dom da vida humana sempre passa pelo sagrado ventre de uma mãe!

A maternidade também é um mistério. Nunca compreenderemos totalmente o seu alcance e a sua plenitude. Ainda que esteja numa dimensão humana, o ser mãe ultrapassa este plano meramente natural e atinge o seu significado último no desígnio de salvação de Deus. Por isso, a maternidade está inserida no mistério de Deus e, deste jeito, ela mesma se torna um mistério para todos nós. É o mistério da vida humana, da existência irrepetível de cada pessoa humana, querida e amada eternamente por Deus.

Hoje, dia das Mães, é dia de ação de graças. É o dia de dobrar os joelhos diante do Pai do qual toda maternidade e paternidade recebe nome (cf. Ef 3,14-15). Todas as mães deveriam, hoje e sempre, elevar os olhos aos céus e clamar junto com a Mãe de Deus, dizendo: A minha alma engrandece o Senhor e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador porque o Poderoso fez em mim maravilhas (cf. Lc 1,46-47.49a). Modelo de toda maternidade, Maria agradece a Deus pelo dom inefável de ser mãe, reconhecendo a grandeza deste mistério. Gostaria de terminar citando as seguintes palavras de João Paulo II: «Obrigado a você, mulher-mãe, que se faz ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência única, que a torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz, que a faz guia dos seus primeiros passos, amparo de seu crescimento, ponto de referência por todo o caminho da vida» (Carta às mulheres, 2). Não percamos esta oportunidade: demos graças a Deus Pai pelo Dom da maternidade e nunca nos cansemos de perscrutar o seu Mistério e de defender a sua inestimável dignidade. Não seria talvez esse o melhor presente? Feliz Dia das Mães!

Pe. Placimario Ferreira

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Parabéns Dizimistas...



A Comunidade Santa Teresinha tem a alegria de festejar o aniversário dos dizimistas aniversáriantes do mês de maio:



06/05 Edineuza Costa carneiro


07/05 Simone Celina Fernades Costa


10/05 Celeste de Jesus Pinho Padinha


10/05 Araci Cordeiro Lima


14/05 Lusinete da Silva Souza


20/05 Alexandra Vieira Santos


20/05 Daiana Aparecida Brito Miranda


25/05 Maria Margarida Bezerra


31/05 Sinalva Campos Rocha Silva



"Que Deus em sua imensa bondade vos abençoe e vos guarde, que Nossa Senhora interceda sempre por vós e que Santa Teresinha faça cair sobre vós e vossas famílias uma chuva de rosas de bençãos do céu!"

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ser sal e luz nos relacionamentos...

'Não podemos exigir do outro apenas atitudes de perfeição...'

Podemos achar que estabelecer um relacionamento duradouro é algo impossível de ser vivido. Por isso, corremos o risco de considerar que viver separados, no nosso mundinho, é a melhor opção. Pensamos que viver isolados é a melhor opção quando deparamos com as dificuldades próprias das situações com as quais vivemos. Apesar de convivermos com pessoas a quem amamos, nem por isso outros sentimentos deixaram de existir. Continuamos a sentir raiva, impaciência, incompreensão e alguns desses sentimentos, quando aflorados, provocam os abalos em nossos convívios. Temos dificuldades na amizade, no namoro, no casamento e também na relação com os filhos. São crises que assolam a nossa vida, mas a boa notícia é que nenhuma delas são eternas. Pouco a pouco, vamos aprendendo a enfrentar aquilo que nos coloca em xeque.

Você pode se lembrar de situações que pareciam difíceis e que você até chegou a pensar que não iria aguentar, mas elas passaram, já não fazem mais parte desse tempo. Mas, elas passaram por que você se esqueceu delas? Não. Elas passaram porque você aprendeu uma maneira de contornar e superar o problema. Todas as crises são passageiras somente quando você aprende a trabalhar com elas. No entanto, diante delas [crises], o mundo quer nos mostrar o caminho mais fácil para enfrentar essas situações ensinando-nos a descartar pessoas que nos trazem dificuldades. Contudo, quem se isola não cresce, não progride, nem amadurece.

As pessoas, por saberem que estamos nos esforçando na caminhada, muitas vezes, nos julgam por não conseguirem ver em nós alguém que elas idealizaram. Muitas vezes, fantasiam um personagem longe da nossa realidade. Mas o que elas querem ver na verdade? João Paulo II, no livro "Words of inspiration", nos responde: O mundo quer ver Jesus em você! "Muitos sabem o que você faz e o admiram e o valorizam por isso. Mas a sua verdadeira grandeza está naquilo que você é. O que você é na essência talvez seja menos conhecido e pouco entendido. Essa verdade só pode ser compreendida à luz da nova vida, revelada em Cristo. Somente n'Ele você será uma nova criatura".

E como podemos fazer com que esse novo homem se revele à luz dessa nova vida? Todos nós temos alguém a quem admiramos. Eu admiro o senso de responsabilidade e de compromisso que meus pais têm. Mas apenas admirar essas virtudes de alguém em nada vai repercutir em minha vida. Então porque eu os admiro, eu quero imitá-los. Essa nova vida revelada não compreende apenas o conhecer um Jesus histórico, mas o meu ser precisa imitá-Lo.

Em que momento, nas Sagradas Escrituras, encontramos alguma ação de Jesus em que Ele condena aquele que ia ao Seu encontro? Se nós fizermos o esforço de imitar essa atitude do Senhor - de não condenar ninguém - já estaremos deixando o "novo homem" emergir com as características de quem precisa ser sal e luz em nossos relacionamentos.

Sabemos que não somos perfeitos e, ao entendermos que um relacionamento acontece numa "via de mão dupla", precisamos estar atentos para não exigir do outro somente atitudes de perfeição, quando reconhecemos em nós os mesmos defeitos trazidos pelo outro.

Dado Moura

domingo, 1 de maio de 2011

Reze oração para pedir graças por intercessão de João Paulo II.

Agora os católicos de todo o mundo podem rezar ao Senhor por intercessão do Papa João Paulo II. Com a cerimônia de beatificação realizada na manhã deste Domingo da Misericórdia, 1º, o culto ao Pontífice é inscrito no calendário próprio da Diocese de Roma e de todas as da Polônia, terra natal de Karol Wojtyla, com a memória celebrada no dia 22 de outubro (dia da primeira Missa de seu Pontificado).

A seguir, confira a oração própria para pedir graças por intercessão do novo Beato.

Oração

Ó Trindade Santa, nós Vos agradecemos por ter dado à Igreja o Beato João Paulo II e por ter feito resplandecer nele a ternura da vossa Paternidade, a glória da cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de amor.

Confiando totalmente na vossa infinita misericórdia e na materna intercessão de Maria, ele foi para nós uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade como a mais alta medida da vida cristã ordinária, caminho para alcançar a comunhão eterna Convosco. Segundo a Vossa vontade, concedei-nos, por sua intercessão, a graça que imploramos, na esperança de que ele seja logo inscrito no
número dos vossos santos. Amém.

João Paulo II é proclamado Beato...

"E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato! João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica". Quando Bento XVI pronunciou essas palavras, a Praça de São Pedro estremeceu neste Domingo da Misericórdia, 1º de maio, data escolhida para a Beatificação do Papa polonês. Cerca de 1 milhão e meio de peregrinos dirigiram-se a Roma para fazer parte da cerimônia, uma das maiores da história da Igreja.

Após os ritos iniciais da Santa Missa, o Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, apresentou o pedido de Beatificação do até então Venerável Servo de Deus João Paulo II. Em seu pedido, o Cardeal lembrou João Paulo II como um homem que "mirava sempre o horizonte da esperança, convidando os povos a derrubar os muros das divisões". Logo após, Bento XVI pronunciou a fórmula que tornou João Paulo II Beato da Igreja e, da mesma janela onde foi apresentado como Papa ao mundo, em 1978, foi desvelada a imagem oficial do novo Beato.

Bento XVI recordou que, embora a tristeza pela perda de João Paulo II fosse profunda no dia de sua morte, a sensação de que uma graça especial envolvia o mundo todo era ainda maior. "Já naquele dia sentíamos pairar o perfume da sua santidade, tendo o Povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele. Por isso, quis que a sua Causa de Beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade. E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato! João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica", exclamou.

O Santo Padre ressaltou que a bem-aventurança eterna de João Paulo II é a da fé, dom que recebeu do Pai para edificar a Igreja. Nessa perspectiva, também a Mãe do Redentor revela-se como ponto fundamental da vida e espiritualidade do Papa polonês. "Hoje diante dos nossos olhos brilha, na plena luz de Cristo ressuscitado, a amada e venerada figura de João Paulo II. Hoje, o seu nome junta-se à série dos Santos e Beatos que ele mesmo proclamou durante os seus quase 27 anos de pontificado, lembrando com vigor a vocação universal à medida alta da vida cristã, à santidade", explicou.

As palavras memoráveis pronunciadas por João Paulo II na sua primeira Missa solene, na Praça de São Pedro - "Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!" - foram vividas por ele em primeira pessoa. "Aquilo que o Papa recém-eleito pedia a todos, começou, ele mesmo, a fazê-lo: abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e econômicos, invertendo, com a força de um gigante – força que lhe vinha de Deus –, uma tendência que parecia irreversível. Com o seu testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana, este filho exemplar da Nação Polaca ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho. Numa palavra, ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia de liberdade. Sintetizando ainda mais: deu-nos novamente a força de crer em Cristo, porque Cristo é o Redentor do homem", salientou Bento XVI.

Por fim, o Bispo de Roma agradeceu a Deus também pela experiência de colaboração pessoal que teve longamente com o Beato Papa João Paulo II, já que foi chamado por Wojtyla como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé ainda em 1982, somando 23 anos de amizade e colaboração.

"O meu serviço foi sustentado pela sua profundidade espiritual, pela riqueza das suas intuições. Sempre me impressionou e edificou o exemplo da sua oração. E, depois, impressionou-me o seu testemunho no sofrimento. A sua humildade profunda, enraizada na união íntima com Cristo, permitiu-lhe continuar a guiar a Igreja e a dar ao mundo uma mensagem ainda mais eloquente, justamente no período em que as forças físicas definhavam. Assim, realizou de maneira extraordinária a vocação de todo o sacerdote e bispo: tornar-se um só com aquele Jesus que diariamente recebe e oferece na Eucaristia. Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus. Amém".

Ao final da celebração, Bento XVI, juntamente com os cardeais, bispos e concelebrantes, dirigiu-se em procissão ao interior da Basílica de São Pedro, para rezar diante do caixão de João Paulo II, que continua exposto para veneração.

Saiba mais

Neste Domingo da Misericórdia, às 5h (em Roma - 00h no horário de Brasília), uma vela acesa foi colocada em recordação a Karol Wojtyla junto à janela na qual o Papa aparece para a oração mariana do domingo. A data escolhida para a festa litúrgica de João Paulo II - 22 de outubro - faz referência ao dia da primeira Missa de seu Pontificado.

Nos últimos mil anos, nenhum Papa havia proclamado seu predecessor como beato. O Papa Bento XVI usou uma casula e uma mitra que pertenciam ao Papa Wojtyla. Da mesma forma, o cálice utilizado durante a Missa foi aquele usado por João Paulo II nos últimos anos de seu Pontificado.

A seguir, a oração de Coleta da Santa Missa em memória do Beato:

Ó Deus, rico de misericórdia, que escolhestes o beato João Paulo II para governar a Vossa Igreja como papa, concedei-nos que, instruídos pelos seus ensinamentos, possamos abrir confiadamente os nossos corações à graça salvífica de Cristo, único Redentor do homem. Ele que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos

CN Notícias

Papa João Paulo II - Bem-aventurado...

'O peregrino de Deus...'

No dia 2 de abril de 2005, véspera do 2º Domingo da Páscoa, o “Domingo da Divina Misericórdia”, o Papa João Paulo II, homem de Deus e da Igreja, homem simples do povo, entregou sua alma a Deus, após muitos sofrimentos físicos e depois de quase 27 anos à frente da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O lema que o Cardeal Woytila, de Cracóvia na Polônia, tinha escolhido era composto de duas palavras “totus tuus”, início de um hino de louvor e súplica a Santíssima Virgem Maria, a quem o Papa dedicara sua vida e a consagrou.

Todo teu sou, ó Maria! Assim ele viveu e, quando sofreu o atentado que quase o matou na Praça São Pedro, era 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima, a quem o Pontífice atribuiu “a mão que desviou o projétil” para que ele não morresse.

Quantos trabalhos e viagens pelo mundo! O Papa João Paulo II foi chamado “o Peregrino de Deus, o Peregrino da Paz”. A muitíssimos países, povos e nações visitou e a todos fazia ecoar as suas primeiras palavras na homilia do início do seu pontificado em outubro de 1978: “Abri as portas para o Senhor!”. E ele ainda reforçava: “Abri as portas, ou melhor, escancarai as portas para o Senhor. Não tenhais medo de Jesus Cristo”.

João Paulo II, na sua primeira visita ao Brasil, foi recebido com o canto: “A bênção, João de Deus, nosso povo te abraça. Tu vens em missão de paz. Sê bem-vindo e abençoa este povo que te ama. A bênção João de Deus”. E a cada vez que grupos de peregrinos ou mesmo nós, Bispos do Brasil, em Roma, cantávamos este refrão, João Paulo II parava e dirigia um sorriso ou um gesto carinhoso para aquele grupo no meio de tantos outros que o saudavam.

No ano de 2000, o ano do Grande Jubileu e do Perdão, ele convidou a todos para entrarem no terceiro milênio da encarnação e nascimento de Jesus Cristo, com festas e solenidades, mas sem deixarem de lembrar o perdão, a reconciliação com Deus e com os irmãos. Ele mesmo foi ao encontro dos judeus e colocou no muro do templo em Jerusalém o pedido de perdão e reconciliação de toda a Igreja. Convidou as religiões e igrejas cristãs ao encontro da paz e devoção em Assis, pondo em prática os documentos do Concílio Vaticano II, do qual era fiel sustentáculo e incentivador. Durante seu pontificado convidava a todos a buscar e a viver a santidade.

João Paulo II foi o homem da paz ao proclamar contra os que diziam que faziam a guerra em nome de Deus. Ele dizia “Guerra nunca mais! Eu o proclamo em nome da humanidade”. O único que poderia falar em nome de Deus não usurpou este direito e preferiu falar em nome das pessoas e dos pequeninos: “Guerras nunca mais”.

No dia do seu sepultamento, juntou-se em Roma uma multidão de mais de quatro milhões de pessoas vindas de todas as partes do mundo. Era bela e inusitada a afluência de tantos jovens no enterro do velho Papa.

Na frente da Basílica de São Pedro, junto ao corpo de João Paulo II, os Bispos, Sacerdotes, Religiosos e quantas autoridades de tantos países. Ele, ainda na sua morte, trouxe para junto de si governantes ou representantes de países que estavam em conflitos. O Sumo Pontífice morto ainda falava e ensinava a paz.

O povo aclamava “Santo Súbito”, isto é, que ele seja declarado Santo já, agora. Santo Imediatamente.

O cardeal que presidiu no dia 8 de abril de 2005 a Missa Solene de Exéquias, Joseph Ratzinger, foi eleito o sucessor de João Paulo II com o nome de Bento XVI, e será ele que ouviu a aclamação do povo: “Santo Súbito”, que neste domingo da Divina Misericórdia, 1º de maio de 2011, Dia do Trabalhador, proclamará Bem-aventurado o Bispo da Santa Igreja, o Papa João Paulo II.

E nós, felizes e sinceros, na verdade da nossa fé, faremos ecoar por todo o mundo: Bem-aventurado João Paulo II.

Rogai por nós.

Amém! Aleluia!

Dom Bruno Gamberini